terça-feira, março 31, 2009

Morre o ex-presidente argentino Raúl Alfonsín


Alfonsín tinha 82 anos e tinha câncer de pulmão.
Ele foi o primeiro presidente após a ditadura que governou até 1983
Do G1, em São Paulo
O ex-presidente argentino Raúl Alfonsín morreu nesta terça-feira (31) em Buenos Aires, aos 82 anos, vítima de uma pneumonia agravada por um câncer pulmonar que o afetava desde 2007.
O anúncio oficial da morte de Alfonsín foi feito por seu médico, Alberto Sadler. Nos últimos dias, o estado de saúde dele se agravara muito. A última aparição pública havia sido em outubro passado, quando foi à inauguração de um busto com sua imagem no salão que lembra os ex-presidentes na sede do governo, homenagem liderada pela chefe de Estado, Cristina Fernández.
Alfonsín foi o primeiro chefe de Estado eleito após a última ditadura argentina, que ficou no poder até 1983. Apesar de estar doente há anos e de não ter nenhum cargo público, ele continuava sendo uma figura influente no partido União Cívica Radical, que faz oposição ao governo.

Ele governou até 1989 e ganhou admiração mundial por levar a julgamento líderes militares que torturaram e mataram ativistas de esquerda durante a chamada "guerra suja" da ditadura.
Brasil
O governo de Alfonsín ficou marcado por acordos com o Brasil que formaram o embrião do atual Mercosul. O presidente argentino assinou junto com o então presidente brasileiro, José Sarney, um acordo de integração econômica entre os dois países. Foi uma retomada na parceria política entre as duas nações que acabavam de sair de longos períodos autoritários.
Os dois assinaram, em 30 de novembro de 1985, na fronteira entre os dois países, a Declaração de Iguaçu, que colocou fim a décadas de desconfiança recíproca e estabeleceu as bases para a criação do futuro Mercosul. Por mais que o atual bloco de países (que hoje inclui ainda Paraguai e Uruguai) tenha um foco maior na economia, a parceria política também era discutida na época em que o acordo foi firmado.

Gabriel García Márquez não voltará a escrever, diz agente literária

Em fevereiro, autor colombiano disse que escrever livros 'dá trabalho'.
Segundo seu biógrafo, ele tem inéditos, mas não decidiu se vai publicar

Da EFE, em Santiago

A agente literária Carmen Balcells, uma das mais atuantes no meio literário de língua espanhola, previu o silêncio definitivo do escritor colombiano Gabriel García Márquez, de 82 anos, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1982.

"Acho que García Márquez não voltará a escrever nunca mais", disse Balcells em entrevista ao jornal chileno "La Tercera", na qual assegurou que o escritor representava 36,2 % do faturamento de sua agência literária.

O escritor Gerald Martin, autor da única biografia autorizada de García Márquez, concordou com Balcells.

"Eu também acho que (García Márquez) não escreverá mais livros, mas isso não me parece lamentável. Como escritor, foi seu destino ter uma trajetória literária totalmente coerente", declarou Martin.

No mês passado, durante a Feira do Livro de Guadalajara, no México, o autor de "Cem Anos de Solidão" chegou a declarar que "escrever livros dá trabalho".

Segundo Martin, García Márquez tem alguns livros completos guardados, mas ainda não decidiu se vai ou não publicá-los.

O teatro romano

O teatro romano teve diferentes géneros. Misturando influências etruscas (influenciados pelos gregos) e de espécie de representações religiosas de carácter sério ou satírico itálicas (curiosamente de forma semelhante ao aparecimento do teatro grego), os romanos tinham uma forma embrionária de teatro quando entraram em contacto com a Grécia: esse contacto significou a morte do primitivo teatro romano, que imediatamente copiou as formas gregas (tragédia, comédia).

Começaram por traduzir peças gregas (séc. III AC), depois estrangeiros radicados em Roma e depois romanos escreveram peças, adaptando temas gregos, ou inventando mesmo temas romanos (normalmente baseado na História); o apogeu do teatro romano dá-se no séc. III-II A.C com Plauto e Terêncio. Quer a comédia, quer a tragédia romana, tinham diferenças com os seus modelos gregos: insistiam mais no horror e na violência no palco que era representada, grande preocupação com a moral, discursos elaborados; mesmo do ponto de vista formal existiam diferenças (na divisão em actos, no coro, etc).

Com o tempo (final da república), o público perdeu interesse pelo teatro tradicional, pois a concorrência dos espectáculos com mais acção (gladiadores, corridas de carros), e a criação de géneros teatrais mais simples como as pantominas (representação de um único actor de uma peça simples e de fácil reconhecimento pela audiência, em que não falava, dançava, fazia gestos, e era acompanhado por músicos e um coro) e mimos (historias também simples mas com vários actores, em que normalmente se satirizava tipos sociais de forma mesmo obscena), levaram ao seu quase abandono.

No período imperial, se na parte oriental do império se continuaram a representar as peças tradicionais (sobretudo de autores da chamada nova comédia como Menandro e não Esquilo e Sophocles), no ocidente mau-grado uma tentativa de autores como Séneca de ressuscitar o género, o público preferia os espectáculos de mimos e pantominas (outro motivo apresentado era a dificuldade dos latinos menos instruídos de compreenderem peças complexas, e preferirem espectáculos simples e que apelassem aos sentidos).

Com o advento da Igreja, esta viu com maus olhos géneros artísticos que ou se referiam a deuses pagãos ou troçavam abertamente dela (como os espectáculos de mimos), levando à sua progressiva perseguição, para além dos aspectos que considerava imorais (representação de cenas licenciosas ou mesmo nudez).

A última referência que existe de uma representação de uma peça de teatro é do séc. VI (e sabe-se que Teodora a imperatriz esposa de Justiniano fora actriz de teatro). Depois disso, só se ouve falar dos artistas de teatro pelas proibições sucessivas e sermões de membros da igreja que referem mimos que andam de terra em terra espalhando a imoralidade.

Os romanos construíram vários teatros (especificamente para representações), mas na maioria dos casos nas pequenas cidades utilizavam edifícios para vários usos (anfiteatros), usando para espectáculos de gladiadores, corridas, representações.

Dedicar-se ao teatro era muito mal visto: os actores eram normalmente escravos ou ex-escravos; raramente mulheres representavam, tendo má reputação as que o faziam (os papéis femininos eram feitos por homens). Ficaram conhecidos imperadores com uma enorme paixão pelo teatro. Nero é o mais conhecido: adorava espectáculos de mimos (acabou por casar com um depois de se livrar de Pompeia) e representava ele próprio; dado o baixo estatuto dos actores (normalmente escravos ou ex-escravos), isso foi motivo de escândalo.

De se notar também, que vários imperadores apresentados como crueis ordenavam que os os espectáculos se tornassem realistas: quando aparecia no guião que o personagem era morto, substituia-se o actor por um condenado à morte (existe registado o caso de uma representação de uma peça que relatava a união entre Europa e Zeus sobre a forma de touro e uma condenada à morte foi de facto unida a um touro).

sexta-feira, março 27, 2009

Bravo, Academia!

O 13 de março deste ano caiu justamente em uma sexta-feira. Caso fosse uma criatura supersticiosa, José Carlos Sousa Silva assumiria em outra data a cadeira 33 da Academia Maranhense de Letras. No entanto, alguém que coleciona corujas desde os 16 anos definitivamente não teme influências sobrenaturais no destino dos homens.

“Cumpre-me esclarecer-vos” - anotou Josué Montello em seu discurso de posse na Academia Brasileira -, “no início deste exame de consciência, que, se me faltam os motivos para dizer que em verdade mereço a honra de pertencer a esta Academia, por outro lado não me assistem razões, ante a consagração dos sufrágios recebidos, para imitar aqueles penitentes da Idade Média que vinham para a porta das igrejas apinhadas de povo e confessavam aos gritos os seus pecados”.

Acredito que o advogado, jornalista e professor universitário José Carlos (se o mesmo por acaso permitir este tratamento coloquial de quem não faz parte de seu círculo de amizades) não iria para a porta das igrejas berrar as próprias falhas. Na verdade, contaria para os que estivessem dispostos a ouvi-lo uma autobiografia repleta, da primeira à última linha, de lutas e superação. Porque neste país abençoado por Deus e bonito por natureza a ascensão social é uma tarefa árdua e cheia de espinhos. Está aí Gonçalves Dias, que não me deixa mentir com sua Canção do tamoio: “Não chores, meu filho;/ Não chores, que a vida/ É luta renhida:/ Viver é lutar./ A vida é combate,/ que os fracos abate,/ Que os fortes, os bravos/ Só pode exaltar”.

E José Carlos soube combater o bom combate. Na sexta-feira, enquanto caminhava pelo salão nobre da AML, recebendo os merecidos aplausos afetuosos, com certeza retornou à sua infância em Pau d’Água, seguindo o pai pela roça, até ouvir dele esta pergunta, a princípio casual: “Está gostando?” E o menino: “Sim”. O pai deve ter movido a cabeça para os lados, em um franco gesto de desagrado. “Mas eu não estou gostando”, disse seu Raimundo Nonato. “Não quero para você o que eu sou. Estou aqui porque errei o caminho. Quero que você vá para a cidade estudar para ser doutor”. Muitos anos depois, ao ler seu discurso de posse para a platéia numerosa e interessada, o novo imortal muito provavelmente reconheceu, de coração iluminado, ter obedecido à mais importante das determinações de seu pai.

Passo novamente a palavra a Josué Montello, agora em seu Diário da manhã (1984). Na passagem de 5 de julho de 1956, ele observa que, nas sessões ordinárias, notou um “pendor permanente para fazer da morte o tema eletivo da Academia”. E informa que a ABL aceitou um “legado fúnebre”, o do doutor Gastão da França Amaral, que deixara para a Academia, por testamento, uma casa em Copacabana, com a condição de que a instituição estabelecesse um prêmio de dez mil cruzeiros, “destinado ao melhor estudo filosófico sobre a morte”.

E, solicitando a José Carlos reflexão a respeito, aqui vai o reparo seguinte do grande romancista: “Ora, a Academia, pelos seus estatutos, tem dois objetivos básicos: a cultura da língua e da literatura nacional. Ou seja: as boas letras, no sentido de prestigiá-las e ampará-las, e a disciplina gráfica e conceptual da língua. Mas como obra sua. Com a cooperação sistemática das sucessivas gerações acadêmicas, tal como fazem a Academia Francesa e a Real Academia Espanhola”. Logo, aumenta a responsabilidade do recém-chegado à AML de contribuir, dentro de suas possibilidades, para o desenvolvimento da cultura nacional.

Para encerrar, aplausos para a Academia Maranhense pela eleição de José Carlos Sousa Silva. Ao novo imortal, um pequeno reparo particular, pessoal e intransferível. Você e eu temos a mesma opinião a respeito do que significa um jornal. É, de fato, uma escola especial, porque nele se aprende a escrever. Também concordo que, para que tenhamos a perfeita consciência da comunidade em que vivemos, devemos comprar um jornal. Ou, como no meu caso, recebê-lo logo depois de impresso, a caminho da Kombi da meia-noite.

O novo acadêmico trabalhou como revisor no “Jornal do Dia”. A mesma tarefa que tento realizar, talvez não com a mesma competência, em “O Estado” - sucessor do primeiro diário. Estará a Academia também em meu futuro? Quem sabe? A sorte está lançada. Ainda estamos vivos. Deus tem planos para cada um de nós. Compreendo que José Carlos realizou a maioria desses projetos. Com distinção e louvor.

terça-feira, março 24, 2009

PSB vai ao STF contra posse de segundos colocados em eleição para governador

Partido defende inconstitucionalidade em decisões recentes do TSE.PSB se refere às decisões favoráveis a não eleitos na PB e MA.

Diego Abreu
Do G1, em Brasília
O PSB protocolou ação no Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta terça-feira (24), contra as recentes decisões da Justiça Eleitoral de diplomar os segundos colocados nas eleições para governador, em substituição a governadores que tiveram os mandatos cassados.
Na ação direta de inconstitucionalidade, o partido questiona o fato de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “entregar cargos a candidatos derrotados”. A legenda se refere às decisões em que a Corte determinou a posse dos segundos colocados nas eleições de 2006 no lugar dos governadores cassados da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), e do Maranhão, Jackson Lago (PDT).
O PSB pede ao Supremo que reconheça a inconstitucionalidade da interpretação que o TSE tem dado ao artigo 224 do Código Eleitoral, que prevê que se a maioria dos votos for de sufrágios nulos, deve-se realizar nova eleição dentro do prazo de 20 a 40 dias.
Nos julgamentos referentes aos governadores do Maranhão e Paraíba, a maior parte dos ministros do TSE afastou a aplicação do artigo 224, sob a alegação de que nenhum dos candidatos atingiu mais de 50% dos votos no primeiro turno das eleições. Por isso, os magistrados defenderam que a nulidade dos votos em virtude da cassação não atingiu mais de 50% da totalidade.
“Se um dos candidatos teve mais da metade dos votos, no primeiro ou no segundo turno, ele teve a maioria absoluta”, disse o advogado do PSB, José Antonio Almeida. Ele argumentou que os ministros deveriam levar em consideração que o segundo turno é uma nova eleição, na qual um dos candidatos atinge mais de 50% dos votos válidos, ou seja, a maioria absoluta.
Segundo Almeida, o PSB não tem nenhum governador na iminência de ter o mandato cassado. Ele, porém, explicou que o partido foi à Justiça por entender que a interpretação que o TSE tem adotado é irregular. “Quem tem direito de escolher o chefe do Executivo é o povo e não a Justiça Eleitoral”, defendeu.

segunda-feira, março 23, 2009

No ES, alunos erram no português em faixa contra aumento de carga horária


Estudantes do ensino médio da rede estadual de Vila Velha (ES) voltaram a protestar nesta segunda-feira (23) contra a ampliação da carga horária nas aulas. Eles reclamam da falta de infraestrutura das escolas. Numa faixa, deslizes de português chamaram a atenção. Na frase 'Porque almentar (sic) a carga horária??', aumentar aparece com a letra L no lugar do U e 'por que' deveria ter sido escrito separado, além de ter faltado acento na palavra 'horária'. O protesto ocorreu em frente ao Ministério Público. (Foto: Guido Nunes/Gazeta Online)

quarta-feira, março 11, 2009

Cristiano Ronaldo desencanta e United se vinga de Mourinho

Artilheiro da última edição da Copa dos Campeões e eleito melhor jogador do mundo pela Fifa, o português Cristiano Ronaldo desencantou somente nesta quarta-feira, no torneio deste ano, e comandou uma vingança do Manchester United sobre o seu compatriota, o técnico José Mourinho, da Inter de Milão. Com a vitória por 2 a 0 no Old Trafford, os atuais campeões eliminam da competição um dos grandes problemas da equipe nas últimas temporadas.
Em 2004, na mesma fase de oitavas-de-final, época em que dirigia o Porto, o treinador liderou no mesmo local a equipe visitante no empate por 1 a 1 com os donos da casa, resultado que eliminou os ingleses e deu um importante passo na conquista do título. Além disto, Mourinho ostentava um retrospecto favorável contra o rival na época em que ocupava o cargo de comandante do Chelsea.
A vingança do Manchester United sobre Mourinho também deve ser comemorada de forma especial pelo técnico Alex Ferguson. Em 14 disputas entre os dois profissionais, foram seis vitórias do português, seis empates e agora dois triunfos para o treinador escocês. Com o histórico de rivalidade com o treinador da Inter, a torcida inglesa não ficou de fora e, ao final da partida, não poupou provocações ao antigo carrasco.
Além da garantir a vaga nas quartas-de-final e manter vivo o sonho do bi, o time de Manchester encerra um jejum que atinge os atuais campeões do torneio, já que desde a temporada de 2005, o detentor do troféu da competição continental cai logo no primeiro mata-mata na edição seguinte.
Líder do Campeonato Italiano, a Inter de Milão se despede da competição, no entanto, mais uma vez viu brilhar a estrela do goleiro Júlio César. O brasileiro fez grandes defesas e evitou um placar ainda mais elástico no Old Trafford. Outro representante nacional que esteve em campo pelo time italiano foi Adriano, que começou no banco, mas quase marcou um golaço de voleio do segundo tempo, em lance que parou na trave.
Porém, com a vantagem de ter empatado sem gols em Milão, o Manchester tratou de abrir o placar logo no início e dar um passo importante em busca da vaga nas quartas. Aos 3min de bola rolando, Giggs bateu escanteio e Vidic apareceu bem entre os zagueiros da equipe italiana para testar e estufar as redes de Júlio César.
Na etapa final, também aos 3min, o português Cristiano Ronaldo, autor de oito gols no torneio em 2008, enfim desencantou na edição deste ano. Depois de receber ótimo cruzamento de Rooney pelo lado esquerdo, o atacante se antecipou e deu números finais ao placar.

terça-feira, março 10, 2009

Liverpool faz quatro e Real volta a cair nas oitavas


Duas semanas depois de superar a pressão no Santiago Bernabéu e sair da Espanha com uma vitória por 1 a 0, o Liverpool mais uma vez comprovou a sua fama nas disputas de mata-mata e decretou nova eliminação do Real Madrid nas oitavas-de-final da Copa dos Campeões. No Anfield Road, os ingleses bateram os rivais por 4 a 0 e garantiram presença mais uma vez entre os oito principais times da Europa.
Depois do gol marcado por Benayoun em território espanhol, a equipe comandada pelo técnico Rafa Benítez soube administrar a vantagem e definiu a classificação ainda no primeiro tempo da partida. Eliminada na última edição pelo rival inglês Chelsea, nas semifinais, o time luta para conquistar o seu sexto título da principal competição do continente.
Para superar o Real, o Liverpool contou com uma legião de espanhóis, que já conheciam bem o adversário desta tarde. Além do técnico Benítez, que foi formado nas bases de Madrid, outros três atletas da seleção estiveram em campo pelo time inglês, o goleiro Reina, o volante Xabi Alonso e o atacante Fernando Torres, que retornou de lesão sofrida no jogo de ida e abriu o placar do duelo.
Já o time de Madri, maior vencedor da história do torneio, mais uma vez pára no primeiro mata-mata da Copa dos Campeões, assim como ocorreu nos últimos quatro anos. Com nove títulos, o Real não chega à decisão desde 2002, quando bateu o Bayer Leverkusen. Nos outros anos, a equipe espanhola foi eliminada por Juventus, Arsenal, Bayern de Munique e Roma, todas na fase de oitavas.
Com boa vantagem obtida no jogo de ida, o Liverpool apostou nos contra-ataques e não demorou para ter sucesso. Aos 15min, depois de um chutão que veio da defesa, a dupla de zaga do Real falhou e deixou a bola nos pés de Gerrard, que só cruzou para Fernando Torres tirar o zero do placar. Após o gol, os jogadores da equipe espanhola ficaram pedindo falta sobre o luso-brasileiro Pepe.
A equipe do técnico Juande Ramos, que teve o lateral Marcelo no banco de reservas, pareceu sentir o golpe e voltou a ter a sua meta vazada aos 28min, em novo lance que gerou polêmica. Depois de cortar um cruzamento com o ombro, o argentino Heinze viu o árbitro assinalar toque de mão dentro da área, para novo protesto dos madrilenos. Na cobrança do pênalti, Gerrard não deu chances de defesa para Casillas.
Logo no início do segundo tempo, sem dar tempo para os rivais se organizarem em campo, o Liverpool manteve a postura agressiva e voltou a balançar as redes, novamente com o meia Gerrard. No primeiro minuto de bola rolando, o camisa oito completou um cruzamento de Babel, que veio da esquerda, e completou de primeira, fazendo um golaço.
Já nos minutos finais, após ver Casillas evitar um placar ainda mais elástico, o time mandante encerrou o passeio em um rápido contra-ataque. Aos 43min do segundo tempo, Babel abriu no lado direito do ataque para o argentino Mascherano, que só serviu Dossena no meio da área. Livre de marcação, o jogador completou para as redes e deu números finais ao confronto.

segunda-feira, março 09, 2009

POBRES ALAMBRADOS!

Alambrados de todos os estádios do Brasil, uni-vos! No domingo das mulheres, o do Estádio Prudentão não suportou o peso de tanta felicidade.

A maldade é mesmo gratuita. Pelo menos Ronaldo não há de ler a minha. Não enquanto o Fenômeno estiver preocupado em assistir e ler — a se considerar o rapaz chegado à leitura de jornais ou qualquer outro gênero literário — comentários a respeito de sua vida e de sua carreira. Não necessariamente nesta ordem, claro. Depende do aspecto em questão: a carreira atribulada do jogador ou o boêmio danadão em que às vezes se transforma, longe dos gramados.

Como o assunto desta crônica refere-se ao planeta futebol, afirmo que faço parte do time daqueles que não agüentam mais o superdimensionamento ronaldístico na mídia. O gol de empate do Corinthians no fim do jogo exagerou ainda mais a exposição. E ainda durante a partida. Impossível esquecer o delírio de Luciano do Valle ao narrar a comemoração de Ronaldo: “Deus existe! Deus existe!”

Entendo perfeitamente a importância do indivíduo em questão. Impossível ignorar os eventos a ele referentes ou relacionados. Afinal, trata-se do principal artilheiro da história das Copas. Eleito nada menos que três vezes o melhor jogador do mundo. Alguém que superou duas gravíssimas contusões — com variados graus de sucesso, como provaram as fotos em que ele mostra uma barriga semelhante à de Daniel Matos. No entanto, as manchetes espantam. Quatro horas após o fim da partida em Presidente Prudente, acessei a internet.

No site do Terra: “Ronaldo supera contusão e tem dia de talismã ao salvar o Corinthians”. O Lance!: “R9: ‘Eu domino a perfeição’”. Uol: “Atacante diz que domina o ‘momento do gol’”. Sem falar nas expressões entusiasmadas dos mais afoitos (Globo, principalmente), como mostrou o Fantástico com seu cone de luz sobre o atacante — a mostrar que é “iluminado”.

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Um pouco de equilíbrio não faria mal a ninguém. Além do mais, todo esse bombardeio midiático tem seu aspecto descartável. Há algum tempo, cercava-se Romário para cima e para baixo e em todos os cantos do Rio de Janeiro até ele finalmente marcar seu bendito milésimo gol. Em seguida, o foco mudou, e um dos principais responsáveis pelo tetra passou a ser chamado de “ex-jogador em atividade”. Assim é a fama, com seu verso e reverso. Com seu lado A e o lado B — como os saudosos discos de vinil.

Até agora, vi apenas um exemplo de sobriedade. Foi no site do G1: “Ronaldo marca no fim e Corinthians e Palmeiras empatam”. Exemplo perfeito de como um determinado assunto deve ser tratado, sob o ponto de vista jornalístico. A emoção deve ser deixada para os amigos e familiares do jogador. E, é claro, para o torcedor corinthiano (passional por natureza) e aqueles que admiram Ronaldo como alguém que, seguindo a composição inesquecível, levantou, sacudiu a poeira e deu a volta por cima.

O Ronaldo que se deu mal com travestis pode ser aplaudido ou condenado? Ao repórter global Mauro Naves, ele disse: “Que me taque uma pedra quem nunca chegou atrasado ao serviço ou participou de alguma farra, à noite”. Apesar do perigo das generalizações insustentáveis, interpretamos essa declaração da seguinte forma: ele não se coloca como um cristão melhor do que “meus leitores” e eu. Assim, afirma que está longe de se considerar um santo. Tem pés de barro, como as imagens barrocas.

Ronaldo continuará encantando o planeta futebol por mais algum tempo. Aí, sua carreira chegará ao fim. Enquanto isso não ocorre, um espectro gorducho ameaça os alambrados de todos os estádios do país.

sábado, março 07, 2009

Sonda Kepler parte à procura de vida em planetas parecidos com a Terra


Telescópio foi lançado sexta-feira (6), de Cabo Canaveral.Equipamento vai monitorar mais de 100 mil estrelas e planetas.
A Nasa lançou o telescópio Kepler, o maior já enviado ao espaço, que partiu sexta-feira (6) de Cabo Canaveral, no foguete Delta II. A missão é ambiciosa: buscar planetas parecidos com a Terra, que possam abrigar alguma forma de vida.
A missão deve durar cerca de três anos e meio, e vai permitir que os cientistas monitorem mais de 100 mil estrelas e planetas da nossa galáxia, a Via Láctea.
O projeto custa quase US$ 600 milhões, e é considerado um do mais importantes da Nasa.

sexta-feira, março 06, 2009

Sem Barrichello, substituta da Honda vai à pista pela 1ª vez


O piloto Jenson Button colocou o BGP 001, carro da Brawn GP, antiga equipe Honda, pela primeira vez nas pistas na manhã desta sexta-feira. Ele estreou o monoposto no autódromo de Silverstone.
A montadora japonesa Honda Motor anunciou nesta sexta, a menos de três semanas do início do Mundial, a venda de sua escuderia de Fórmula 1 para seu até então diretor, o britânico Ross Brawn, que confirmou como pilotos Rubens Barrichello e Jenson Button.
"A propriedade da escuderia foi transferida para Brawn, que tem a intenção de que a nova equipe esteja preparada para o campeonato mundial de Fórmula 1", destacou a Honda em comunicado.
Pouco tempo depois do anúncio oficial, o carro preto, branco e amarelo já estava nas pistas para seus primeiros testes.
A empresa confirmou também a Mercedes-Benz como fornecedora dos motores para os seus monospostos nesta temporada.
A Honda anunciou em 5 de dezembro sua saída da Fórmula 1 em consequência da crise econômica mundial. Em 2008, a escuderia japonesa ficou na nona posição na classificação dos construtores, com 14 pontos.
A Brawn GP informou que pretende participar nas últimas sessões de treinos, de 9 a 12 de março em Montmeló (Barcelona) e de 15 a 17 em Jerez, antes de viajar para a Austrália.

quinta-feira, março 05, 2009

Jovem pega prisão perpétua por assassinar ator de "Harry Potter"


da France Presse, em Londres
O jovem Karl Bishop, 22, foi condenado nesta quinta-feira à prisão perpétua, com um mínimo de 20 anos na prisão, pelo assassinato, no ano passado, do ator britânico Rob Knox (à direita na foto), então com 18 anos, e que participou no mais recente filme da saga de Harry Potter, ainda por estrear.
O crime ocorreu em maio de 2008, na saída de um bar do bairro de Sidcup, sudeste de Londres. O ator tentou defender seu irmão, Jamie, de 17 anos (à esquerda), que havia sido insultado por Bishop. O réu também foi condenado por ter ferido quatro amigos do ator.
Knox foi atacado com cinco facadas antes da prisão de Bishop no local do crime. A notícia abalou a opinião pública no Reino Unido, onde se multiplicaram os ataques com facas na capital britânica.
Bishop disse durante o julgamento que pegou duas facas da cozinha da mãe porque "duas facas dão mais medo do que uma".
Knox vive o estudante Marcus Belby no sexto episódio das aventuras do aprendiz de feiticeiro, "Harry Potter e o Enigma do Príncipe", que deve estrear no segundo semestre deste ano.

quarta-feira, março 04, 2009

Governo concede anistia a Jango após 32 anos de sua morte

Após 32 anos da morte do ex-presidente João Goulart o governo concedeu a ele status de anistiado político "post mortem". A decisão, assinada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, foi publicada na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União.

De acordo com a portaria, a viúva de Jango, Maria Thereza Fontella Goulart, vai receber uma indenização "mensal, permanente e continuada" de R$ 5.425. O governo também vai pagar valores retroativos - referentes ao período entre setembro de 1999 e novembro de 2008 - que somam R$ 643.947,50.

Jango foi presidente da República entre setembro de 1961 e março de 1964. Após o golpe militar, ele deixou o governo e se refugiou no Rio Grande do Sul. Posteriormente, seguiu para o exílio no Uruguai e na Argentina, onde morreu aos 57 anos, vítima de um infarto.

É difícil enfrentar as elites do MA, diz governador cassado

Eveline Lopes
Direto de São Luís

O governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), lamentou na noite de terça-feira, depois de anunciada a cassação de seu mandato pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a dificuldade em "enfrentar as elites" do Estado e do País. "Nós acabamos de ver mais uma vez quanto é difícil enfrentar as elites do nosso Estado e as elites do nosso País", afirmou.

Jackson Lago acompanhou o julgamento em um telão colocado em frente ao Palácio dos Leões, sede administrativa do governo do Estado. Ele estava ao lado da mulher, Clay Lago, do prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), de manifestantes e políticos de sua base de apoio.

Ao fim do julgamento, ele discursou para os manifestantes que continuavam no local após mais de cinco horas de sessão e garantiu que vai recorrer da decisão do TSE.

"Os nossos advogados vão entrar com as medidas judiciais cabíveis. Vamos pois, aguardar os resultados das ações dos nossos advogados. Mas quero dizer também que tenho consciência de nossa responsabilidade com a maioria da população do nosso estado. Aqueles que entendem que nós devemos lutar também para defender o voto de cada mulher e cada homem, contem comigo", afirmou Lago.

Disputa política

Jackson Lago é um rival político histórico da família Sarney. Eleito prefeito de São Luís por três vezes, antes de 2006, ele havia tentado a chefia do governo do Estado três vezes, sendo derrotado.

José Reinaldo Tavares (PSB), governador apoiado durante as eleições pelo grupo de Sarney, passou a apoiar Lago para sua sucessão. No primeiro turno do pleito em 2006, Lago ficou em segundo lugar, mas virou o quadro, vencendo Roseana Sarney (PMDB) numa disputa acirrada.

Lago foi acusado de cometer irregularidades durante as eleições de 2006, como abuso de poder e compra de votos. A senadora Roseana Sarney deve assumir o governo do Estado, juntamente com seu vice, João Alberto de Souza (PMDB), mas não de forma imediata. Isso porque ainda cabe recurso por parte da defesa de Lago. Contudo, a realização de um novo pleito está descartada.