segunda-feira, setembro 30, 2013

João Paulo 2º e João 23 serão proclamados santos em 2014, diz papa Francisco

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2013/09/30/joao-paulo-ii-e-joao-xxiii-serao-proclamados-santos-em-27-de-abril-de-2014.htm







EFE 
Na Cidade do Vaticano

Os papas João Paulo 2º (1920-2005) e João 23 (1881-1963) serão canonizados no dia 27 de abril de 2014 e se tornarão assim outros dois pontífices proclamados santos nos últimos cem anos junto com Pio 10, segundo anunciou nesta segunda-feira (30) o papa Francisco.
Pio 10 foi canonizado em 3 de setembro de 1954. O anúncio do papa foi feito em latim durante o consistório realizado hoje junto com os cardeais e no qual exaltou a vida de ambos.
O dia eleito pelo papa argentino é o primeiro domingo depois das celebrações da Semana Santa, quando a Igreja Católica comemora a festa da Divina Misericórdia, instituída por João Paulo 2º após a santificação da freira polonesa Faustina Kowalska, em 2000, conhecida como a Santa Teresa de Jesus polonesa.
O caminho rumo à santidade tem várias fases: nos casos mais tradicionais, primeiro é necessário ser nomeado Venerável Servo de Deus, título dado após a morte e concedido para quem reconhecidamente viveu as "virtudes de maneira heroica".
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Conheça os candidatos a santo do Brasil46 fotos

Padre Francisco de Paula Victor nasceu em 1827, em Campanha (MG). Era filho de escrava, mas não foi criado como propriedade, pois sua madrinha, dona da fazenda onde vivia, era abolicionista. Cresceu muito pobre e exerceu desde cedo a humildade. Ordenado padre aos 24 anos, fundou o Colégio Sagrada Família de Três Pontas (MG), onde foi professor e diretor por 30 anos. Morreu em 1905, aos 78 anos. É servo de Deus Leia mais Reprodução/paulavictor.com.br
Depois é necessário, após uma espécie de "julgamento", que um milagre seja reconhecido para que o indivíduo se torne beato e em seguida mais um para a canonização, embora o papa possa saltar algum destes passos, como no caso de João 23.

O CAMINHO PARA VIRAR SANTO

Servo de Deus
Título recebido logo que a causa é iniciada. A vida do servo de Deus é minuciosamente investigada a fim de se comprovar sua fama de santidade
Venerável
O candidato recebe o decreto de "virtudes heróicas" ou "martírio". A vida continua sendo pesquisada para se encontrar milagres ou comprovar que a morte foi santa
Beato
Se ao menos um milagre é comprovado pelo postulador e reconhecido pelo Vaticano, o venerável é beatificado
Santo
Se dois milagres, ou mais, forem comprovados, o beato é finalmente canonizado e se torna um santo

Os milagres de João Paulo 2º

O canonização de João Paulo 2º chegou em tempo recorde, mas seguiu todos os passos estipulados pela Igreja. Bento 16, no entanto, retirou uma norma que determinava um período de espera de cinco anos antes do início dos trâmites da canonização.
A subida ao altar do papa polonês, cujo mandato durou quase 27 anos, foi quase por aclamação popular após o Santo Súbito, que durou vários dias na praça São Pedro, no Vaticano.
Em maio de 2011, a Congregação para as Causas dos Santos, o organismo do Vaticano que avalia os candidatos à santidade, elegeu como primeiro milagre o caso da freira francesa e enfermeira Marie Simon Pierre, de 51 anos, que segundo a comissão médica se curou de maneira inexplicável de mal de Parkinson.
O episódio ocorreu em 2005, dois meses depois da morte do papa polonês. A doença da freira tinha sido diagnosticada em 1988 e ela praticamente não podia escrever e caminhar.
Em 2 de junho de 2005, a freira pediu a sua superiora que a substituísse de suas funções no hospital onde trabalhava, mas foi convencida a pedir para que João Paulo 2º curasse sua doença.
Segundo a versão da freira, na manhã seguinte a enfermidade tinha desaparecido.
O outro milagre de João Paulo 2º beneficiou uma mulher na Costa Rica que não seguiria práticas religiosas. Trata-se de Floribeth Mora, que foi internado em um hospital com um aneurisma cerebral grave, em maio de 2011.
Segundo seu próprio relato, ela teria feito uma prece a João Paulo 2º, pouco depois de receber seu diagnóstico, pedindo que este a curasse, no mesmo momento em que o falecido Papa era beatificado na Praça de São Pedro.
Alguns dias depois, os médicos confirmaram que o coágulo no cérebro de Floribeth havia se dissolvido, excluindo assim a necessidade de tratamento. Um dos médicos que lideraram seu caso afirmou que nunca encontrou explicação científica para a melhora de sua paciente.
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Pontificado de Francisco

30.set.2013 - O papa Francisco participa de audiência com membros da reunião internacional da paz, organizada pela comunidade católica romana. O sumo pontífice anunciou hoje que João 23 e João Paulo 2º serão proclamados santos em 27 de abril de 2014. O Papa escolheu como data o dia no qual a Igreja comemora a festa da Divina Misericórdia Reuters/Observatório Romano

João 23, o santo sem milagre

Em relação a João 23, o papa Francisco, que em seus seis meses de pontificado ressaltou em várias ocasiões a figura do "papa Bom", surpreendeu em 5 de julho ao anunciar que o proclamaria santo sem esperar por um milagre, uma decisão inédita.
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirmou que Francisco, no caso de João 23, não tem dúvidas de Sua Santidade.
"Conhecemos todas as virtudes e a personalidade do papa Roncalli, não é necessário explicar os motivos de Sua Santidade", disse Lombardi, que no entanto explicou que isso não quer dizer que a partir de agora todos os beatos serão canonizados sem um segundo milagre.
O arcebispo Loris Capovilla, de 95 anos, que foi secretário privado de João 23, disse que não se surpreendia com a decisão de Francisco, já que o "papa Bom" era um homem simples, humilde e obediente, e assegurou que a canonização será "a grande festa" do Concílio Ecumênico Vaticano 2º.

A santificação de João Paulo 2º e João 23 irá acontecer no 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano 2º, convocado por Roncalli, que sempre contou com a devoção dos fiéis.
João 23 foi beatificado junto ao papa Pio 9º, o polêmico último papa-rei (1792-1878, eleito pontífice em 1846).
A beatificação conjunta gerou uma forte polêmica em setores da igreja, que consideraram uma injustiça colocar os dois papas no mesmo nível.
João 23 e Pio 9º foram dois pontífices de pensamentos opostos: enquanto o primeiro criou o Concílio Vaticano 2º e abriu a Igreja ao mundo e aos humildes, o segundo se opôs às conquistas sociais de sua época, à modernidade, ao movimento que levou à unidade da Itália e foi anti-semita.
Agora, João 23 será proclamado santo junto a outro papa, João Paulo 2º, o pontífice mais midiático da história da igreja, de uma personalidade arrasadora. Por isso, vaticanistas asseguraram hoje que novamente, embora por outra razão, o "papa bom" ficará "eclipsado".
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Odetinha pode virar a primeira santa nascida no Rio de Janeiro

Dona Maria Helena, ex-babá de Odetinha, toca no caixão com os restos mortais da menina ao fim da cerimônia Leia mais Júlio César Guimarães/UOL

domingo, setembro 29, 2013

SHOW DO INTERVALO



Quando a Fórmula 1 se encontra em uma de suas pausas entre corridas (a próxima é semana que vem, na Coreia do Sul), o show do intervalo corre solto. Tem notícias interessantes e outras um tanto quanto absurdas.
Entre as que coloco na categoria “descalabro” é essa história de Rubens Barrichello voltar para a F-1, aproveitando uma possível vaga na Sauber, com a possível saída de Nico Hulkenberg. Com toda a sinceridade, espero que não aconteça.
Porque nesta vida tudo tem seu ciclo. Certa vez, numa reunião na escola em que estuda Juliana, a irmãzinha do meu filho Gabriel (que, aliás, fez 4 anos ontem), o diretor afirmou categoricamente que “estava” no comando da instituição, não que “era” o manda-chuva. Um cargo efêmero, como efêmera é a situação do piloto no Circo da Velocidade.
Retorno aos trilhos: no meu entendimento, Barrichello já cumpriu seu destino como participante do grid. Caso esse retorno aconteça, muito provavelmente ele daria com os burros n’água – repetindo a malsucedida volta de Michael Schumacher. Que não foi nem sombra do tubarão ferrarista que conquistou sete título, de forma brilhante e espetacular.
Essa conversa toda me faz pensar na GP2. A tal “porta de entrada de jovens pilotos na Fórmula 1”. Isso de acordo com a propaganda oficial. Mas na visão de gigantes como Luca di Montezemolo, é uma “galhofa sem valor”. Montezemolo disparou o petardo por causa dos altos custos da F-1, que acabam interferindo na formação dos novatos. Concordo. Por isso Barrichello poderia voltar: reunindo patrocinadores fortes e injetando na Sauber uma boa quantidade de grana, recursos dos quais não se valeria boa parte dos competidores da GP2. Então, por que vendê-la como “porta de entrada” se apenas um ou dois terão realmente essa chance?
E se não houver uma boa injeção de grana, nada vai para a frente – principalmente em matéria de Fórmula 1. Na semana que passou, o show do intervalo nos disse que “Globo e Renault podem ser peças-chave para Massa na Lotus”. O autor da matéria, Marcos Chavarria, informou o seguinte:
“Dentro deste novo possível cenário da Renault forte dentro da Lotus, Massa seria o piloto ideal para alavancar os ganhos publicitários da companhia no Brasil – um dos mercados automotivos mais importantes do mundo”.
E também o país que garante à Fórmula 1 os maiores índices de audiência. O próximo GP, em Yeongam, terá sua largada às 3h do domingo, 6 de outubro. E a zumbizada lá estará, sem dúvida alguma em bom número, para curtir as 55 voltas.
           Alguém duvida?        

sexta-feira, setembro 27, 2013

Mundo do emprego

http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2013/09/27/mundo-do-emprego-510793.asp

O desemprego caiu em agosto para 5,3% e ficou estável em relação ao ano passado, num nível invejável se comparado a inúmeros países. O que intriga é: a economia não deveria reagir com tantos brasileiros empregados e produzindo? O país cresce pouco há três anos, mas a taxa de desemprego cai. Há várias explicações para isso, mas é, e sempre será, uma notícia a comemorar num mundo onde o emprego é escasso.
Baixo nível de emprego é sempre um fator que impulsiona a economia, mas no Brasil isso não tem acontecido. Um dos motivos da queda do desemprego é demográfico: há um contingente menor de jovens chegando ao mercado de trabalho a cada ano, como efeito do amadurecimento da população. Mas é um sinal também de que o empresário continua acreditando que a economia vai melhorar e por isso tenta manter o quadro de funcionários.
O desemprego é medido em apenas seis capitais. Em breve, começará a ser divulgada uma nova metodologia de pesquisa que cobrirá todo o país, a PNAD contínua. Nessas seis capitais em que a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) é pesquisada, há diferenças fortes. Em Porto Alegre, o desemprego é de apenas 3,4%, mas em Salvador tem subido este ano e está em 9,4%. Recife tem a segunda maior taxa, mas despencou de julho para agosto de 7,6% para 6,2%.
As desonerações feitas pelo Tesouro a determinados setores da economia podem ser outra explicação para o mercado de trabalho forte. Em todos os casos, o governo fez a redução do tributo e pediu a manutenção do nível de emprego. Não foi integralmente atendido, mas, mesmo assim, as desonerações podem ter segurado muitas vagas. A mais eficiente das desonerações é a que se aplicou sobre a folha salarial. A nova fórmula que já cobre vários setores tira o peso da contribuição previdenciária da folha. A antiga fórmula era um incentivo ao desemprego. Todos os acordos com a indústria automobilística, por exemplo, tiveram como contrapartida a manutenção dos postos de trabalho. O governo dá o benefício e pede para que as empresas não demitam. Mesmo assim, muitas demitiram. Talvez tivessem demitido mais sem o subsídio. Só que isso tem um custo. O IPI reduzido para automóveis e outros itens, como linha branca, terá um impacto no Orçamento de R$ 11,8 bilhões este ano. Custou R$ 8,5 bilhões em 2012 e custará mais R$ 7,1 bi no ano que vem.
A menor incidência de impostos sobre a Folha de Pagamentos custará R$ 40 bilhões nesses dois anos e o aumento do limite das faixas de tributação para micro e pequenas empresas custará mais R$ 11,8 bi.
Olhando apenas para o emprego, a economia vai bem. Iria melhor se não fossem alguns problemas: o investimento público continua estagnado em 1% do PIB, o país cresce pouco, e o superávit primário, que ajuda a combater a inflação e a manter sob controle a dívida pública, tem caído.
Além de haver a cada ano menos jovens chegando à idade de trabalhar, eles também estão estudando mais, e, por isso, retardando a entrada no mercado de trabalho. O contraditório é que, apesar de haver menos jovens procurando emprego e eles terem escolaridade maior do que seus pais, o nível de desemprego entre jovens é muito alto. Caiu, mas permanece alto. Na outra ponta, no Brasil não há idade mínima para se aposentar. Muita gente ainda com capacidade produtiva já deixou o mercado de trabalho.
Uma das boas notícias é a queda constante e forte do trabalhador sem carteira assinada. No ano, o percentual dos sem carteira caiu 6,2%. Hoje, o total dos sem carteira é de 9,7% do universo pesquisado. O trabalhador por conta própria é de 17,9%. Esse número mistura empreendedorismo, mudança no trabalho, mas também o desemprego disfarçado. Há trabalhadores por conta própria que trabalhariam em empresas caso houvesse oportunidade.
A taxa de desemprego baixa é o principal sucesso da política econômica, em um mundo cercado de taxas altas de desemprego. É preciso trabalhar para manter esse bom resultado. Quando a economia cresce um pouco mais, os empresários falam em “apagão de mão de obra”. Mas ainda é possível avançar se forem reduzidas as desigualdades dentro do mercado de trabalho — entre negros e brancos e entre homens e mulheres — e se as empresas aumentarem a contratação de jovens.

Uma capa resume tudo

http://www.cartacapital.com.br/revista/768/uma-capa-resume-tudo-8663.html

Por Mino Carta




Berlusconi é o político mais bem-sucedido da Itália dos últimos 20 anos. Como se sabe, foi um desastre, e não espanta que tenha sido, com o condão de pagar agora pelas mazelas cometidas. Espanta, isto sim, que metade dos italianos tenha votado nele. Passo a falar de Brasil. A capa de Veja desta semana é o símbolo irretocável de um singular humor em que se misturam má-fé e estupidez. A revista da Abril mesmo assim não nos surpreende, já sabemos do que é capaz de longa data. Estarrece que larga porção da sociedade nativa, privilegiados e aspirantes ao privilégio, acredite nas interpretações de Veja e repita passagens dos seus pareceres mirabolantes.
O espetáculo midiático proporcionado na cobertura do chamado “mensalão” é, em geral, estarrecedor ao revelar em toda a sua evidência o atraso intelectual e cultural dos tais cidadãos a que me referi, jornalistas e seus patrões, leitores, espectadores, ouvintes. Todos unidos na demonstração de uma parvoíce movida a raiva, ódio de classe, medo, preconceito, hipocrisia, inveja, abissal ausência de espírito crítico.
A tigrada dita de classe média (média até agora não sei por quê) é, aliás, a própria, definitiva, irremediável prova da incapacidade de cumprir o papel que compete à burguesia. Aquele, digamos, de precipitar a Revolução Francesa. Pelo contrário, aí está a provar a ignorância, mau gosto, provincianismo, pavor da mudança. Dizia Lévi-Strauss ao definir os senhores paulistanos 80 anos atrás: “Eles se têm em alta conta e não sabem como são típicos”. Illo tempore, os senhores viam em Paris o umbigo do mundo. A tipicidade aumentou, e hoje, ao comporem uma categoria muito mais vasta, substituem a Ville Lumière por Miami.
Pouparei os amáveis frequentadores deste espaço das minhas considerações a respeito das gravatas amarelo-ouro ou da descoberta do vinho que alguns carregam aos restaurantes em bolsas apropriadas. De couro cru, para o desconforto de quem sonha com estes luxos e ainda não chegou lá. Citarei a leitura escassa ou mesmo nula: há mais livrarias em Buenos Aires do que no Brasil todo. O estudo precário, a péssima lida com o vernáculo, a eterna expectativa do favor dos amigos ou do arreglo por baixo do pano.
Cabe evocar tudo aquilo que certifica a mediocridade da turma. O caos arquitetônico, isento de módulos e linhas mestras, frequentemente inspirado em Gotham City, quando não entregue à imitação de modelos de outros cantos do mundo, escolhidos conforme a veneta do dia, sem excluir telhados normandos na previsão da neve. Ou mesmo a certeza, tipicamente local, de que São Paulo é capital gastronômica do planeta, alimentada por quem até ontem mastigava espaguete regado a uísque.
Vezos burgueses, amparados em tradições seculares, ou em modismos momentâneos, carecem de maior importância, está claro. Resta o fato desta ferocidade desvairada, para não dizer demente, diante de um episódio, embargos infringentes justificados pelas leis, e que tanto podem abrandar as penas dos condenados quanto agravá-las, conforme esclareceu em vão o ministro Celso de Mello. Cresce, na moldura do evento, a desinformação generalizada, o desconhecimento do código e do quem é quem.

Ocorre-me um amigo que eu chamava de samurai, Luiz Gushiken, ministro de Lula no primeiro mandato, primeira vítima do “mensalão” sem qualquer culpa em cartório, de fato aquele que percebeu o papel devastadoramente daninho do banqueiro Daniel Dantas, visceralmente envolvido no processo e tão chegado a petistas de outro naipe, como Márcio Thomaz Bastos, José Dirceu, Luiz Eduardo Greenhalgh, sem contar o atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Gushiken morreu dia 13 passado, honrado e, receio, infeliz.
Outro injustiçado é José Genoino, que, segundo Veja, gargalha com o voto de Celso de Mello. A malta não sabe que Genoino é um herói brasileiro, esperançoso e iludido até as últimas consequências, acreditou que o Araguaia seria a Sierra Maestra brasileira, e, ao lado de 80 companheiros, lutou contra 10 mil soldados da ditadura. Torturado brutalmente, ressurgido das cinzas, ainda espera que o Brasil deixe de ser o país da casa-grande e da senzala. Ao contrário do que afirmam seus inquisidores a pretendê-lo “mensaleiro”, não sabe onde cair morto, se me permitem a linguagem rasteira.

quarta-feira, setembro 25, 2013

Globo disse a Sindicato que irá enxugar calendário do futebol em 2015

http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro-serie-d/globo-disse-a-sindicato-que-ira-enxugar-calendario-do-futebol-em-2015,084e98ae55651410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html

Direto de São Paulo

Alguns dias antes do anúncio realizado por 75 jogadores na terça-feira, o Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo teve sinalização positiva da Rede Globo para o calendário do futebol brasileiro. Não para o próximo ano, mas sim para 2015.
De acordo com Luís Eduardo Pinella, diretor do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo, a emissora estava disposta a ceder para mudar o calendário do futebol brasileiro. A informação já teria sido confirmada por Marcelo Campos Pinto, diretor executivo da Globo Esportes. 
​No possível novo formato que se estenderia aos principais estados do Brasil, todas as competições teriam início apenas no mês de fevereiro. Essa adequação permite 30 dias de férias aos jogadores e realização de pré-temporada mais adequada. No calendário de 2014, a CBF prevê quatro dias entre a volta de férias e o início dos estaduais
Na reunião com Rinaldo Martorelli, presidente do Sindicato, a Rede Globo havia sinalizado que a programação de 2014 seria exatamente idêntica ao divulgado na última semana. A CBF definiu o calendário a portas fechadas, sem as presenças das lideranças sindicais. Também não há esperanças concretas de nenhuma das partes envolvidas sobre a chance de alterações a curto prazo. Nem mesmo entre os jogadores, sobretudo Alex e Paulo André, que criaram o Bom Senso F.C. 
Sindicato dos atletas comenta se greve de jogadores seria soluçãoClique no link para iniciar o vídeo
Sindicato dos atletas comenta se greve de jogadores seria solução
Nos próximos dias, o Sindicato dos Atletas Profissionais e a Federação Nacional dos Atletas Profissionais (Fenapaf) devem levar adiante a ideia de ir à Justiça do Trabalho para assegurar os 30 dias de férias ininterruptos a que os jogadores têm direito. A CBF havia feito proposta de 34 dias (24 entre dezembro e janeiro e outros dez durante a Copa do Mundo), mas a classe não aceitou. 
Outra medida extrema considerada pela Fenapaf contra o calendário de 2014 é de realizar greve nas duas rodadas finais do Campeonato Brasileiro. "Mandei essa mensagem a todos os capitães colocando isso. Levamos a proposta do manifesto", explicou Alfredo Sampaio, vice-presidente, ao Terra. "Ou se muda isso imediatamente ou entramos em greve. Essa é a proposta do sindicato", afirmou.
Terra entrou em contato com a Rede Globo para comentar o assunto, mas não teve retorno nas ligações. Já a CBF, por meio de sua assessoria de imprensa, informou desconhecer a informação de um calendário com menos jogos para 2015.

Colaborou: Felipe Held

Globo e Renault podem ser peças-chave para Massa na Lotus

http://esportes.terra.com.br/automobilismo/formula1/f1-onboard/blog/2013/09/25/globo-e-renault-pode-ser-pecas-chave-para-futuro-de-massa/

A peça-chave para determinar o futuro de Felipe Massa na Fórmula 1 pode ter surgido hoje. A notícia de que a Renault quer voltar a investir pesado na categoria, através de sua parceria com a Lotus, pode abrir as portas para o brasileiro na equipe de Enstone. E qual a relação de Massa com a fabricante francesa? Explico: a Renault, que patrocina as transmissões da Globo há bastante tempo, renovou o contrato com a emissora para 2014. Capiche?
Dentro deste novo possível cenário da Renault forte dentro da Lotus, Massa seria o piloto ideal para alavancar os ganhos publicitários da companhia no Brasil – um dos mercados automotivos mais importantes do mundo. O acordo pode estar sendo costurado, inclusive, por Bernie Ecclestone. O chefão sabe que a categoria não pode ficar sem um brasileiro no grid na próxima temporada. Seria desastroso perder audiência no País que mais consome F1 no mundo.
Massa ao lado de Bruno Senna, em Abu Dhabi, 2011. Tanto a nova, quanto a 'velha' Lotus têm uma longa tradição com brasileiros: Ayrton Senna, Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet.
O chefe da Lotus, Eric Boullier, já disse que há 50% de chances para Massa e 50% para Hulkenberg. E apesar de a equipe jurar que a escolha será técnica e não financeira, é de se estranhar o fato de as negociações durarem tanto tempo. De fato, as promessas devem estar sendo feitas de todos os lados. O piloto que oferecer uma melhor condição econômica ao time, deve ficar com a vaga. Não custa lembrar que a Lotus passa por dificuldades financeiras e que Kimi Raikkonen disse que optou pela Ferrari em 2014 por não receber todos os salários acordados com a Lotus.
Para a Globo, essa possibilidade de desfecho da novela parecer ser o final feliz que tanto se espera. A torcida brasileira teria o ânimo renovado com Massa em uma equipe nova, onde não precisaria se submeter ao jogo de equipe, tão usual na Ferrari. Mesmo com o cenário de incertezas para o desenvolvimento dos carros para 2014, é de se esperar uma Lotus competitiva. Brasileiro com chances é igual a aumento da audiência, que resulta em mais grana para a emissora. Simples assim.
A Renault, que atualmente fornece motores para a Red Bull, Lotus, Williams e Caterham, teria muito interesse em apagar a mancha deixada pelo escândalo protagonizado por Flavio Briatore e Nelsinho Piquet em 2008, quando o então chefe da equipe mandou Piquet bater de propósito para provocar um carro de segurança e beneficiar Alonso, que venceu a prova em Cingapura. Passados 5 anos do episódio, já é tempo da companhia limpar a sujeira.
Por fim, a última parte, mas ao mesmo tempo a mais interessada nisto tudo, o piloto brasileiro teria tudo a ganhar dentro da nova equipe. Teria a chance de ser o piloto número 1 por contrato, algo que seria impossível na Ferrari, e de vencer o inconstante Grosjean, brigar por pódios e quem sabe algo mais.
Com este script, tudo acaba bem para todos os lados: Lotus, Renault, Massa e Globo. Que tal? É claro que é especulação. Mas, me digam: qual é a graça de discutirmos o desempenho de Vettel neste final de temporada? Acordem: a temporada 2014 já começou.

terça-feira, setembro 24, 2013

Mulher de técnico do Botafogo faz ensaio sensual e insinua nu

http://uolesporte.blogosfera.uol.com.br/2013/09/23/mulher-de-tecnico-do-botafogo-faz-ensaio-nua/

UOL Esporte

Jeniffer Setti é mulher de Oswaldo de Oliveira Reprodução/Facebook
 
A atriz Jeniffer Satti, esposa do técnico Oswaldo de Oliveira, do Botafogo, mostrou seu lado sensual no Facebook. Em sua página, a morena postou uma imagem de um ensaio que fez em que parece estar nua. A foto faz parte do ensaio da modelo para o fotógrafo Beto Gatti.
O Facebook de Jeniffer já foi alvo de polêmica neste ano. Em uma postagem, ela desabafou e criticou a torcida do Botafogo e a diretoria do clube.
“Botafogo líder do campeonato! Sem salários, sem jogadores, sem Engenhão, sem o apoio da torcida, sem o puxasaquismo [sic] da imprensa e sem jogadores. Está na hora dessa torcida parar de reclamar e engolir suas murmúrias. Pronto, falei. Oswaldo, meu amor, parabéns pelo seu talento e coragem para passar por cima de tudo isso com humildade e paciência. Pronto, falei!”, escreveu.
Depois da polêmica criada, o técnico do Botafogo reclamou da situação e disse que era um caso de invasão de privacidade. “Não é uma situação chata. É normal. No mínimo, uma invasão de privacidade. Você seleciona com quem se comunica. Alguém se fez de amigo, usou uma identidade falsa e colheu declarações que são feitas para algumas pessoas. Ela não procurou nenhum meio de comunicação. E não falou nada demais, falou tudo que é domínio público”, falou o treinador.

Federação dos Atletas quer parar o Brasileirão e critica manifesto de jogadores 84

http://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/brasileiro/serie-a/ultimas-noticias/2013/09/24/federacao-dos-atletas-quer-parar-o-brasileirao-e-critica-manifesto-de-jogadores.htm

Do UOL, em São Paulo

  • Reinaldo Canato/UOL
    Entidade quer intervalo maior de descanso a atletas e sugere greve nas rodadas finais Entidade quer intervalo maior de descanso a atletas e sugere greve nas rodadas finais

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O presidente em exercício da Federação Nacional dos Atletas (Fenapaf), Alfredo Sampaio, informou nesta terça-feira, à rádio ESPN, que pedirá aos jogadores para que façam greve nas duas últimas rodadas do Brasileirão. A proposta de parar o torneio está sendo esboçada pela entidade e será encaminhada nos próximos dias aos clubes.
A Federação dos Atletas diz que a proposta de greve é um protesto ao planejamento de jogos feito pela CBF. A paralisação seria uma resposta para que seja repensada a programação de jogos para o calendário do próximo ano, tendo mais tempo de férias e descanso.
"Estou preparando e vou encaminhar [proposta de greve nas duas últimas rodadas em 2013] e todos vão estar recebendo. É importante que os atletas saibam da força coletiva que têm. Eles têm que ter consciência e coragem, senão não vai mudar. Nós não podemos permitir que isso continue", disse Alfredo Sampaio.
"Se o calendário é uma porcaria, se 2014 é um absurdo, todo mundo sabe. Se estamos todos dispostos a um mesmo posicionamento, vamos mostrar força ou senão os jogadores param as duas rodadas de 2013", acrescentou.
A entidade criticou o manifesto articulado pelos atletas, que pedem melhorias no calendário de jogos no Nacional. Um grupo de mais de 70 jogadores das Séries A e B se reuniu para sugerir à CBF um encontro para discutir a programação de jogos.
A Federação dos Atletas se diz excluída pelos jogadores, entende que deveria ser acionada por eles e comunica que sempre defendeu os interesses da categoria.

JUCA DEFENDE ATLETAS E CRITICA SINDICATO: 'HORA DOS OPORTUNISTAS'

  • Como era de se esperar, os acomodados "sindicalistas do futebol" que há décadas fazem de seus cargos meros cabides de empregos, agora surgem radicalizando, propondo até greve e querendo tomar para si as conquistas trabalhistas dos atletas que jamais tiveram o dedo deles.
Sobrou para o zagueiro Paulo André, que encabeça o grupo dos jogadores insatisfeitos.
"Eu espero que haja uma mudança de comportamento deste grupo no sentido de procurar as entidades. Eu acho que o Paulo André fala demais e desconhece as conquistas das entidades. Se o jogador tem passe livre, direito de arena, horário de jogos no verão a partir de 17h, foram conquistas de sindicato, e não de jogadores", disparou.
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Veja quem são os jogadores que apoiam mudança no calendário

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Paulo André, zagueiro do Corinthians Adriana Spaca/Brazil Photo Press



domingo, setembro 22, 2013

PLANETA VETTEL



Os demais pilotos do grid da Fórmula 1 precisaram ontem, no Grande Prêmio de Cingapura, de lunetas tecnológicas ultrapotentes. De outra maneira, não conseguiriam observar – e ainda assim com dificuldade - os 61 movimentos de translação e rotação do Planeta Vettel.
A superioridade do alemão foi tamanha que o único momento em que foi superado na corrida não durou mais do que alguns segundos. Foi logo depois da largada, quando Nico Rosberg chegou a ultrapassá-lo. Mas nas curvas seguintes tomou o famoso “xis”, ficou para trás com muita facilidade e, certamente abismado, viu o futuro tetracampeão abrir de cara dois segundos de diferença. Mais ou menos na metade da prova, a distância entre o piloto da Red Bull e o segundo colocado chegou a 3 segundos.
Reginaldo Leme, em sua primeira participação na transmissão da Rede Globo, ainda tentou salvar o campeonato dessa ampla dominação da RBR. “Ano passado”, lembrou, “em Cingapura aconteceu a virada. Fernando Alonso chegou aqui como líder e, no fim, viu Sebastian Vettel reagir e conquistar o tricampeonato”. A única reação que se viu foi a dos pilotos ferraristas. Hoje, no Circo da Velocidade, o “assunto paralelo” é a “dança dos cockpits”, já anunciada na equipe de Maranello. Como se sabe, Felipe Massa será substituído por Kimi Raikkonen no ano que vem. Em Cingapura, os dois fizeram boas corridas. O finlandês mostrou por que foi o escolhido. De 13º, na largada, chegou em terceiro.
Massa, aos trancos e barrancos, apareceu bem nas voltas finais, quando a corrida se dividiu entre os que tinham pneus em condições e os que correram o risco de ficar pelo caminho por causa da opção pelo pit stop a menos. Como Alonso, por exemplo. Que fez uma largada excelente, ultrapassando facilmente Webber e Grosjean, mas na última volta já se arrastava na pista da “capital do terceiro milênio” – segundo a insistente propaganda de Galvão Bueno.
Por falar em Mark Webber, foi uma pena seu abandono. Tinha todas as condições de chegar em segundo. Nesse caso, o título destas considerações seria “Planeta RBR”. O acidente de Ricciardo – que será o segundo piloto da equipe austríaca ano que vem – poderia ser interpretado como uma espécie de premonição. Algo neste sentido: os deuses da F-1 resolveram que apenas Vettel deve ter todas as condições de alcançar em sequência (sem concorrentes ou figurantes) os quatro títulos mundiais. Feito apenas alcançado por Michael Schumacher e o Melhor de Todos: Juan Manuel Fangio.
O alemão recebeu a bandeira quadriculada 20 segundos à frente de Fernando Alonso.
Daqui a duas semanas, na Coreia, nem mesmo as lunetas tecnológicas ultrapotentes dos concorrentes serão capazes de captar os movimentos de rotação e translação do Planeta Vettel rumo ao tetra.