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domingo, outubro 13, 2013

Como ser um bom líder

http://www.cartacapital.com.br/economia/como-ser-um-bom-lider-8946.html

Se você observar grandes empresas como Apple ou Microsoft, por exemplo, vai identificar a “gestão sem medo”, ou algo muito parecido com isso. Esse é o futuro

por Alfredo Assumpção — publicado 12/10/2013 11:41

Muitas pessoas me perguntam o que é ser um bom líder. Apesar do assunto ser extremamente subjetivo, a resposta é simples: “conseguir praticar gestão sem medo”. O líder que possui como característica a liberdade de expor suas ideias e a comunicação livre desde os subordinados, passando por superiores e complementando pelos pares, é um bom gestor. Só assim é possível tirar dos profissionais no ambiente organizacional o que de melhor eles possuem, aumentando a produtividade e rentabilidade das companhias.
Se você observar grandes empresas como Apple ou Microsoft, por exemplo, vai identificar a gestão sem medo, ou algo muito parecido com isso. Ambas as empresas possuem pessoal altamente qualificado, com poder de criação e ação, discutindo e pondo em prática ideias, por mais impressionantes que sejam. O novo não assusta. É bem vindo e todos estão estimulados a oferecer novidades à empresa.
Quando o colaborador se faz necessário, isto é, se utiliza em sua capacidade máxima, ele apresenta resultados concretos e positivos. Ele trabalha feliz! E independente do ambiente organizacional, quem trabalha feliz, se entrega ao máximo à empresa, desempenhando com altos índices de assertividade sua função. Para a empresa, a performance supera as expectativas, e o ambiente se torna cada vez mais produtivo.
O grande desafio nesse sentindo para o líder é conseguir que cada um desempenhe na sua capacidade máxima. Se o profissional trabalhar muito além de seu limite, ele adoece, a empresa perde o capital humano. Se muito aquém, ele perde o interesse e vai procurar outro emprego, onde se realizar. Neste caso, a empresa também perde seu capital humano. Usar um profissional em sua capacidade máxima é o que o torna feliz em seu ambiente organizacional. É um jogo de ganha - ganha, a empresa ganha, e o funcionário ganha, porque será remunerado de forma diferenciada, ganhando mais quem melhor performar.
Mesmo depois de apresentar e justificar a gestão sem medo e a felicidade no ambiente das empresas, muita gente me pergunta o que ser feliz tem a ver com ser produtivo, ou com negócio, afinal, business is just business. A cultura “manda quem pode, obedece quem tem juízo” não funciona e não faz mais sentido. Empresas com resultados excepcionais não seguem mais esse pensamento.
A diversidade que gera o sucesso é a certeza de que o trabalho do grupo é muito mais rentável e importante do que o trabalho de um indivíduo. Não existe mais estrela solitária. O que os gestores querem é uma constelação em seu time. O papel do líder implica transformar o ambiente de trabalho onde se aceite naturalmente a diversidade cultural, para que os colaboradores possam ser utilizados em sua capacidade máxima. E o profissional feliz na sua empresa implica em também levar felicidade para o ambiente familiar e à sociedade como um todo. E, como o maior contingente de líderes encontra-se nas empresas, o líder que conseguir que seu subordinado leve alegria para sua família e para o bate-papo da esquina (seu meio social) estará replicando felicidade pelo planeta.

O mundo vive um apagão de talentos. E pessoas talentosas sabem como avaliar culturas corporativas, e se baseiam nelas para tomar a decisão de se juntar às empresas ou não. Ou os líderes aprendem com o novo, e aumentam assim sua capacidade de gerar resultados, ou fica parado no mercado, e logo se perde. Esse é o bom líder, aquele que entende o momento, aprende com o novo, e utiliza a si mesmo e ao seu time em sua capacidade máxima, gerindo sem medo, e recebendo sem medo as novas ideias.

quarta-feira, maio 06, 2009

As sete maiores mentiras do currículo

Cinco alternativas à mentira

Há maneiras bem mais eficientes de aumentar suas chances de se empregar, diz Max Gehringer

Uma carta de apresentação é mais importante que um currículo.
Escreva uma específica para cada empresa, dizendo por que você deseja trabalhar nela. Em sua argumentação, mostre que estudou a estrutura da companhia, seu produto e modelo de negócio. É a melhor maneira de compensar um currículo sem muitos atrativos.

Não mande currículos iguais.
A hierarquia das informações varia de acordo com cada empresa. Para uma multinacional, inglês é de extrema importância. Em uma empresa de médio porte, vai no fim.

Indicações de colegas são mais eficientes que currículos.
Melhor que enviar currículo a 50 empresas é entregar um nas mãos de alguém que trabalhe na empresa.

Coloque uma foto no currículo, mas não uma 3x4 sisuda.
Um leve sorriso causa boa impressão.

Liste os trabalhos que já fez, mesmo que não sejam relacionados à área.
O “trabalhei como balconista para pagar os estudos” encanta os recrutadores pela dedicação e determinação.

As sete maiores mentiras do currículo

Idiomas

É a mentira mais popular. Trata-se daquele inglês “básico” que no currículo se torna “avançado”. É também a mentira mais fácil de ser identificada. Ocorre principalmente em seleções de jovens profissionais que não esperam uma avaliação rigorosa de seu domínio de idioma estrangeiro. Um simples teste ou uma conversa com o recrutador são suficientes para desmascarar o monoglota.

Qualificação

Inventar uma especialização técnica ou transformar um curso rápido em pós-graduação também são manobras muito comuns – e fatais – nos processos de seleção. Além da questão moral, se a fraude é descoberta, leva à dúvida sobre todas as competências que o candidato afirma ter. Essas mentiras são normalmente descobertas na entrevista, quando o recrutador pede detalhes dos cursos realizados – nome dos professores, das disciplinas etc. Se o candidato conseguir manter a farsa, ele ainda pode ser desmascarado quando checadores ligam para a universidade para conferir as informações. Algumas empresas são mais diretas: exigem o certificado dos cursos.

Cargos e funções

Muitos candidatos mentem sobre cargos em empregos anteriores para demonstrar experiência ou pleitear salário mais alto. Assim, um estagiário pode virar assistente, um supervisor vira gerente, e por aí vai. São dados de checagem relativamente fácil quando a entrevista é bem feita: o candidato costuma escorregar nos detalhes sobre seu passado profissional.

Participação em projetos

Esse tipo de mentira, relacionada a conquistas e projetos implementados em empregos anteriores, exige um esforço maior do recrutador. Por causa do passar do tempo e da rotatividade das empresas, muitas vezes é difícil entrar em contato com antigos colegas do projeto mencionado. Segundo Max Gehringer, esse problema começou a surgir nos anos 1980, quando passaram a circular currículos em primeira pessoa. “O currículo com as palavras ‘liderei’ ou ‘coordenei’ é complicado porque são ações difíceis de ser mensuradas e com resultados muitas vezes subjetivos”, diz Max. A estratégia dos recrutadores para detectar as invencionices é levar a entrevista a um nível de detalhe extremo, para capturar contradições.

Motivo de desligamento

Se percebida, a mentira sobre os motivos da saída de empregos anteriores desperta a impressão de que o candidato quer esconder algo. Demissões nunca são bem vistas. Mas hoje, com a rotatividade tão alta, deixaram de ser um estigma. Mesmo assim, devem ser explicadas. Se o desligamento foi espinhoso, o melhor é demonstrar maturidade, assumir eventuais maus passos e mostrar que o episódio serviu de lição. Jogar a culpa no ex-chefe é tentador, mas o efeito é quase o mesmo de um pedido para desistir do processo de seleção.

Datas de entrada e saída de empregos

Esticar em alguns meses a permanência no emprego anterior pode ser até aceito pelo selecionador, para quem tem vergonha de dizer que estava desempregado. “Mas a manipulação de datas é intolerável quando ela tenta esconder um padrão de permanências curtas nos empregos”, afirma Vander Giovani, da Kroll. Uma ou duas passagens curtas podem ser devidas a dificuldades de adaptação, diz Giovani. Mais que isso é sinal de instabilidade e falta de habilidades sociais. “Há aqueles que nem sequer colocam experiências curtas para não destacar essa instabilidade”, afirma Carlos Eduardo Dias, da Asap. “Essa omissão é imperdoável.” E facilmente constatada por checadores, ao ligar para empresas ou observar a carteira de trabalho.

Endereço

Muitos candidatos mentem em relação ao local de moradia por três motivos: imaginam que morar perto pode facilitar a contratação; acreditam que morar em um bairro mais pobre prejudique suas chances; ou tentam obter uma verba maior de vale-transporte. Nos dois primeiros casos, é uma mentira menos ofensiva, mas também não vale a pena. Quando for descoberta – pela checagem do comprovante de residência ou pela visita de um colega –, ela vai despertar desconfiança do empregador.


As sete maiores mentiras do currículo


DETETIVE

A consultora de RH Juliana Marotta, da Manpower. Os selecionadores são preparados para desmascarar mentiras de candidatos

Dar informações falsas para conseguir um emprego é uma tentação e um erro. Os casos mais comuns, como os especialistas os desmascaram – e como aumentar suas chances sem cometer deslizes éticos

Thiago Cid

De cada dez currículos que chegam às empresas, quatro têm informações distorcidas. E outros dois contêm mentiras deslavadas. A conclusão é da empresa de investigações Kroll, que presta serviço de análise de currículos para companhias, depois de analisar os dados de candidatos a emprego de nível gerencial para cima. A maquiagem curricular não é exclusividade brasileira. Nos Estados Unidos, a taxa de invenções destinadas a impressionar contratantes é bem parecida, segundo análises independentes do site Career Building e da consultoria Accu-Screen, especializada em vasculhar referências de candidatos a emprego.

O problema deverá crescer com o acirramento da competição por empregos. Desde o início da crise econômica, no final do ano passado, o Brasil fechou 700 mil vagas de emprego formal. E muita gente que se sente ameaçada já está tratando de procurar alternativas. A Manpower, empresa especializada em recrutamento, registrou um aumento de 50% no número de currículos recebidos. Numa situação assim, cresce a pressão para se destacar dos concorrentes e, consequentemente, a tentação de mentir ou exagerar no currículo. Não vale a pena.

Especialistas afirmam que mentir para arrumar emprego é um equívoco, em tempos de crise ou não. “Mentir pode garantir mais entrevistas, mas não garante emprego. Na verdade ajuda a afugentá-lo”, afirma o colunista de ÉPOCA Max Gehringer. Uma mentira, por mais “inocente” que seja, deixa o candidato numa situação constrangedora e quase sempre acaba eliminando suas chances de obter o emprego. “Para um selecionador, se o candidato mente na porta de entrada, é bem provável que continue mentindo”, diz Lizete Araújo, vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH).

É raro uma lorota relevante se manter de pé depois de um escrutínio do entrevistador. Em geral, ele é um profissional treinado para explorar as contradições entre o que está no papel e a fala do candidato. “Diante da capacitação que o pessoal de RH está adquirindo, é ingenuidade achar que dá para levar uma mentira adiante em uma entrevista”, afirma Carlos Eduardo Dias, sócio da Asap, empresa especializada em profissionais em início de carreira. Nas entrevistas, cada tópico listado no currículo é destrinchado pelo selecionador. Uma hesitação maior ou uma pequena incoerência já são um alerta de que aquele ponto é duvidoso.

Após a entrevista, os aprovados ainda passam pela peneira da checagem das referências – uma tarefa cada vez mais minuciosa em departamentos de RH e consultorias. “Hoje em dia, os selecionadores já têm conhecimento técnico para avaliar candidatos de setores muito específicos”, afirma a consultora Juliana Marotta, da Manpower. Ela é responsável pela checagem de currículos de aspirantes a vagas no setor de tecnologia da informação.

Os principais “maquiadores de currículo” são os jovens em início de carreira. Carentes de experiência, eles tendem a engordar seus CVs copiando modelos prontos, que geralmente pecam pelo exagero. Entre os candidatos a cargos mais graduados, como o de gerentes ou diretores, o risco de mentir é muito alto, até porque as empresas costumam investir mais na checagem. “Uma contratação de alto executivo é um investimento estratégico e delicado, por isso os cuidados de segurança são altos”, afirma José Augusto Minarelli, que há 26 anos ajuda executivos demitidos a arranjar emprego. Isso não significa que não haja mentiras nos altos escalões. Em 2007, Marilee Jones, a reitora da mais renomada universidade de tecnologia dos Estados Unidos, o Massachusetts Institute of Technology, pediu demissão. Motivo: descobriram que ela havia listado três cursos de especialização que não cursara.

É óbvio que a peneira dos selecionadores não identifica todos os mentirosos. Porém, mesmo os que conseguem vaga têm de conviver com o risco de ser desmascarados a qualquer momento, com consequências sérias para sua imagem profissional. Sem contar o drama de consciência por ter mentido. A seguir, as sete mentiras mais comuns, mencionadas por uma dezena de recrutadores e consultores, e as técnicas para detectá-las.