segunda-feira, setembro 03, 2012

Meg Merrilies

“¡De olvido! Esa palabra, como campana, dobla
y me aleja de ti, hacia mis soledades.
¡Adiós! La fantasía no alucina tan bien…”

“Meg Merrilies”

La vieja Meg era gitana
y vivía en el monte:
era el brezo rojizo su lecho
y al aire libre tuvo su morada.
Negras moras de zarza por manzanas tenía,
por grosellas, simiente de retama;
su vino era el rocío de blancas zarzarrosas,
tumbas del camposanto eran sus libros.

Las ásperas quebradas por hermanas tenía
y por hermanos los alerces:
y sólo en compañía de su familia vasta,
vivió cómo le plugo.
Pasó sin desayuno más de alguna mañana
y sin almuerzo más de un mediodía,
y en vez de cenar, fijamente
contemplaba la luna.

Mas todas las mañanas, con tierna madreselva
sus guirnaldas tejía,
y cada noche, el tejo de la hondonada oscura,
cantando, entrelazaba.
y con sus dedos viejos y morenos
tejía esteras de junco,
que daba a los labriegos
al pasar por el monte.

Fué Meg bizarra como la reina Margarita,
y como de amazona era su talla:
llevó por capa el trozo de alguna manta roja,
tocóse con un mísero sombrero.
Que a sus huesos de vieja conceda Dios descanso,
pues murió ya hace tiempo.

John Keats

Traducción de Màrie Montand

Poema original en inglés:

“Meg Merrilies”

Old Meg she was a Gipsy,
And liv’d upon the Moors:
Her bed it was the brown heath turf,
And her house was out of doors.

Her apples were swart blackberries,
Her currants pods o’ broom;
Her wine was dew of the wild white rose,
Her book a churchyard tomb.

Her Brothers were the craggy hills,
Her Sisters larchen trees–
Alone with her great family
She liv’d as she did please.

No breakfast had she many a morn,
No dinner many a noon,
And ‘stead of supper she would stare
Full hard against the Moon.

But every morn of woodbine fresh
She made her garlanding,
And every night the dark glen Yew
She wove, and she would sing.

And with her fingers old and brown
She plaited Mats o’ Rushes,
And gave them to the Cottagers
She met among the Bushes.

Old Meg was brave as Margaret Queen
And tall as Amazon:
An old red blanket cloak she wore;
A chip hat had she on.
God rest her aged bones somewhere–
She died full long agone!

John Keats

John Keats nació el 31 de octubre de 1795, en Londres, Inglaterra.
Fue uno de los más importantes del Románticismo.
Murió el 23 de febrero de 1821, en Roma.

Mármoles

“Los búhos de cráneo transparente
todas las mañanas engendran el mismo paisaje en
sus ojos…”

“Mármoles”

Nadie podrá olvidar
la voz velada del arqueólogo en cuclillas
buscando entre antiguas ruinas
las huellas de la angustia de los siglos
hundidas en la arena
sólo prosperan las prostitutas petrificadas
que conservan a través de los siglos
un inagotable deseo de amor
la voz velada y lejana busca lo viviente en lo
muerto
a la sombra de la voz
la más deliciosa de las doncellas se desnuda de sus
heridas

piadosamente
cae una noche rota
piadosamente
sopla sobre los antiguos mármoles
el gran viento de los acoplamientos
en cada instante nacen y mueren de un modo
infinito
seres invisibles que fecundan al tiempo
la voz lejana llama
al misterio derramado entre los monumentos
arqueológicos
una tempestad de mordiscos
hace sangrar los mármoles
sangre coagulada del tiempo inalcanzable
sangre inalcanzable del vacío.

Aldo Pellegrini

Aldo Pellegrini nació en Rosario, Santa Fe, Argentina, en 1903.
Murió en 1973.

Morre Michael Clarke Duncan, indicado ao Oscar

Aos 54 anos, ator teve complicações por um infarto sofrido em julho

LOS ANGELES — Michael Clarke Duncan, indicado ao Oscar por seu papel de coadjuvante em “À espera de um milagre” (1999), morreu aos 54 anos na manhã desta segunda-feira. A notícia foi confirmada por sua noiva, Omarosa Manigault. Ele teve complicações por um infarto sofrido no dia 13 de julho deste ano e vinha em tratamento em um hospital de Los Angeles.

Antes de interpretar John Coffey, seu mais importante papel na história inspirada na obra de Stephen King, com Tom Hanks no elenco, Duncan fez pequenas participações em Hollywood. Mais tarde, o ator participou de filmes de sucesso, como “Armageddon” (1998), “Planeta dos macacos” (2001) e “Kung Fu Panda” (2008). Seu tipo físico (de 1,96m e 136kg), ele fez muitas aparições em filmes e séries como guarda-costas e seguranças. Em "Two and a half men", ainda com Charlie Sheen como protagonista (em 2008 e 2009), Duncan participou como um jogador de futebol americano.









A poesia

Categoria: Pérolas - 30/08/2012

Jorge Luis Borges

O panteísta irlandês Escoto Erígena disse que a Sagrada Escritura encerra um número infinito de sentidos e comparou-a com a plumagem furta-cor do pavão. Séculos depois, um cabalista espanhol disse que Deus fez a Escritura para cada um dos homens de Israel e que, por conseguinte, há tantas Bíblias quanto leitores da Bíblia. O que é admissível se pensarmos que Ele é o autor da Bíblia e do destino de cada um de seus leitores.

Pode-se pensar que essas duas sentenças, a da plumagem furta-cor do pavão de Escoto Erígena e a de tantas Escrituras quanto leitores do cabalista espanhol, são duas provas, da imaginação celta a primeira e da imaginação oriental a segunda. Mas ouso dizer que são exatas, não apenas em relação à Escritura, mas em relação a qualquer livro digno de ser relido.

Emerson disse que uma biblioteca é um gabinete mágico em que há muitos espíritos enfeitiçados. Despertam quando os chamamos; enquanto não abrimos um livro, esse livro, literalmente, geometricamente, é um volume, uma coisa entre coisas. Quando o abrimos, quando o livro dá com seu leitor, ocorre o fato estético. E, cabe acrescentar, até para o mesmo leitor o mesmo livro muda, já que mudamos, já que somos (para voltar a minha citação predileta) o rio de Heráclito, que disse que o homem de ontem não é o homem de hoje e o homem de hoje não será o de amanhã.

Mudamos incessantemente e é possível afirmar que cada leitura de um livro, que cada releitura, cada recordação dessa releitura renovam o texto. Também o texto é o mutável rio de Heráclito.

Isso pode nos levar à doutrina de Croce, que não sei se é a mais profunda, mas sim a menos prejudicial à ideia de que a literatura é expressão. O que nos leva à outra doutrina de Croce, que se costuma esquecer: se a literatura é expressão, a literatura é feita de palavra e a linguagem também um fenômeno estético. Isto é algo que costumamos a aceitar: o conceito de que a linguagem é um fato estético. Quase ninguém professa a doutrina de Croce e todos a aplicam continuamente.

Dizemos que o espanhol é um idioma sonoro, que o inglês é uma idioma de sons variados, que o latim tem uma dignidade singular à qual aspiram todos os idiomas que vieram depois: aplicamos aos idiomas categorias estéticas. Erroneamente, supõe-se que a linguagem corresponde à realidade, a essa coisa tão misteriosa que chamamos realidade. A verdade é que a linguagem é outra coisa.

Pensemos em uma coisa amarela, resplandecente, mutável; essa coisa às vezes está no céu, circular; outras vezes tem a forma de um arco, outras vezes cresce e decresce. Alguém – nunca saberemos o nome desse alguém – , nosso antepassado, nosso comum antepassado, deu a essa coisa o nome de “lua”, diferente em diferentes idiomas e diversamente feliz. Eu diria que o vocábulo grego Selene é complexo demais para a lua, que o vocábulo inglês moon tem algo pausado, algo que obriga a voz à lentidão que convém à lua, que se parece com a lua, porque é quase circular, começa e termina quase com a mesma letra. Quanto à palavra luna, essa bela palavra que o espanhol herdou do latim, essa bela palavra comum ao italiano, consta de duas sílabas, de duas peças, o que talvez seja demais. Temos lua, em português, que parece menos feliz; e lune,em francês, que tem algo de misterioso.

que estamos falando em castelhano, tomemos a palavra luna. Pensemos que alguém, em um dado momento, tenha inventado a palavra luna. Sem dúvida, a primeira invenção deve ter sido muito diferente. Por que não nos detemos no primeiro homem que pronunciou a palavra luna com esse ou com outro som?

uma metáfora que tive ocasião de citar mais de uma vez (desculpem a monotonia, mas minha memória é uma velha memória de setenta e tantos anos), aquela metáfora persa que diz que a lua é o espelho do tempo. Na sentença, “espelho do tempo” está a fragilidade da lua e a eternidade também. Está essa contradição da lua, tão quase translúcida, tão quase nada, mas cuja medida é a eternidade.

Em alemão, a palavra “lua” é masculina. Por isso Nietzsche pôde dizer que a lua é um monge que olha com inveja para a terra, ou um gato, Kater, que pisa tapetes de estrelas. Dizer “lua” ou dizer “espelho do tempo” são dois fatos estéticos, só que a segunda, é uma obra de segundo grau, porque “espelho do tempo” é feita de duas unidades, enquanto “lua” nos dá, talvez mais eficazmente, a palavra, o conceito de lua. Cada palavra é uma obra poética.

(… o texto continua)

[Borges, Jorge Luis – Obras Completas – volume 3 – São Paulo – Editora Globo, 1999 – Texto: A poesia. Página 284].


EL FUTURO

“… Siempre fuiste mi espejo,
quiero decir que para verme tenía que mirarte.”

“El futuro”

Y se muy bien que no estarás.
No estarás en la calle
en el murmullo que brota de la noche
de los postes de alumbrado,
ni en el gesto de elegir el menú,
ni en la sonrisa que alivia los completos en los subtes
ni en los libros prestados,
ni en el hasta mañana.
No estarás en mis sueños,
en el destino original de mis palabras,
ni en una cifra telefónica estarás,
o en el color de un par de guantes
o una blusa.
Me enojaré
amor mío
sin que sea por ti,
y compraré bombones
pero no para ti,
me pararé en la esquina
a la que no vendrás
y diré las cosas que sé decir
y comeré las cosas que sé comer
y soñaré los sueños que se sueñan.
Y se muy bien que no estarás
ni aquí dentro de la cárcel donde te retengo,
ni allí afuera
en ese río de calles y de puentes.
No estarás para nada,
no serás mi recuerdo
y cuando piense en ti
pensaré un pensamiento
que oscuramente trata de acordarse de ti.

Julio Cortázar

Julio Florencio Cortázar Descotte nació en Ixelles, Bruselas, el 26 de agosto de 1914.
Murió en París, el 12 de febrero de 1984

domingo, setembro 02, 2012

Serra diz que não votaria nele de jeito nenhum

30/08/2012 13:42 | Categoria: Brasil

ALTO DE PINHEIROS - Preocupado com a explosão de sua taxa de rejeição, que atingiu 43% segundo o Datafolha, o candidato José Serra decidiu visitar Paulo Maluf para se aconselhar. Do alto de sua experiência no assunto, o ex-prefeito teria dito que ainda dá tempo para o tucano tentar uma vaga como vereador, com boas chances.
Assim que Serra deixou a mansão dos Maluf, no Jardim Europa, o assessor Adilson Laranjeira convocou uma coletiva de imprensa para divulgar uma nota urgente: "José Serra não tem nem nunca teve contas no exterior", disse Laranjeira, encerrando a entrevista.
Com o candidato muito abatido, seu assessor para assuntos aleatórios, Andrea Matarazzo, chamou os jornalistas para explicar o verdadeiro significado do desempenho surpreendente do tucano: "A pesquisa precisa ser analisada na sua profundidade. Todo mundo que já leu Freud sabe que a rejeição não passa de um sintoma, de um recalque da paixão. O que os números dizem é que 43% dos eleitores paulistanos estão apaixonados por Serra, mas ainda não sabem bem disso". E prosseguiu: "Nosso trabalho agora é fazer com que esse amor recôndito desabroche nas urnas". "O resto", arrematou, "não passa de trololó".
Fiel à estratégia da campanha tucana, Serra reapareceu à tarde para dizer que, como os demais 43% do eleitorado, também "não votaria em mim de jeito nenhum".

sábado, setembro 01, 2012

São Luís: suas avenidas em seu contexto histórico


Conheça a história de algumas avenidas da capital maranhense.


Imirante.com
01/09/2012 03h17

SÃO LUÍS – Para ver de perto a Praça Gonçalves Dias (também chamada de Praça dos Amores) e a Praça Maria Aragão, você provavelmente irá cruzar a Avenida Beira-Mar (antiga Avenida Jaime Tavares). Curtir o pôr do sol da Ponta d’Areia então, só passando pela Avenida dos Holandeses. E em um tour pela Avenida Daniel de La Touche, você descobre diversos bares, restaurantes, supermercados e pontos de encontro.

Em comemoração aos 400 anos de São Luís, oImirante.com apresenta algumas histórias das avenidas mais trafegadas da capital.

Avenida Beira-Mar

A Avenida Beira-Mar, antes do atual nome, já foi Praia do Poço, Cais da Sagração, Magalhães de Almeida, 5 de Julho e Praia do Acaju. Em maio de 1953, a lei municipal nº 389 atribuiu ao local o nome do ex-prefeito de São Luís, Jaime Tavares. Engenheiro, Dr Jaime Tavares foi prefeito da capital no período de construção da Avenida.

Avenida Camboa

Anteriormente conhecida como Avenida Camboa do Mato, nesta avenida existiu a Companhia de Fiação e Tecidos Coimbra, inaugurada em 1º de Janeiro de 1890 pelo governador Pedro Augusto Tavares Júnior. Este ficou apenas 17 dias no governo, de 17 de dezembro de 1889 a 3 de janeiro de 1890.

Avenida Daniel De La Touche

Daniel de La Touche, o Senhor de La Ravardière. Nomeado pelo rei Henrique IV, foi o chefe da expedição que em 1612 viria fundar a França Equinocial em terras do Maranhão, dando inicio à cidade com a construção do forte de São Luís.

Avenida dos Franceses

Do Apeadouro ao Tirirical, a avenida dos Franceses nasce na avenida Getúlio Vargas, seguindo até a avenida Guajajaras. Seu nome é uma homenagem aos franceses que se estabeleceram aqui no Maranhão, a partir de 1594, como: Francisco de Razilly, fidalgo e Senhor de Ounelles e Razilly e Nicolau de Harley, fidalgo e Senhor de Sancy, por exemplo.

Avenida dos Holandeses

Da avenida Ana Jansen (onde está localizada o Sistema Mirante de Comunicação) a avenida do Turu, no bairro do Olho d’Água, segue a avenida dos Holandeses. Os holandeses, em questão, invadiram o Estado em 25 de novembro de 1641, comandados pelo coronel Koin Anderson e saquearam a cidade. Entre outros feitos, foram homenageados com uma avenida.

*Com informações retiradas do livro Caminhos de São Luís (ruas, logradouros e prédios históricos) do historiador Carlos de Lima.