terça-feira, novembro 15, 2011

Red Bull admite que Vettel só fica enquanto tiver carro vencedor

15/11/2011 - 09h26
Do UOL Esporte
Em São Paulo

Mais do que garantias e benefícios previstos em contrato, o que segura Sebastian Vettel na Red Bull é a qualidade do carro e a possibilidade de lutar por vitórias. Essa é a análise do próprio consultor da equipe, Helmut Marko.

"A base para que Vettel fique com a gente é apresentar um carro vencedor para ele. Não podemos oferecer um passado glorioso nas corridas. Sebastian vai pilotar onde tiver o melhor pacote possível, que crie a maior possibilidade de vitórias”, explicou Marko à revista Autosport.

“Não priorizamos contratos longos ou garantias de trabalho. Só vamos olhar para isso quando for necessário”, destacou o consultor. Vettel tem contrato com a Red Bull até 2014. Ele está na equipe desde 2009, período em que foi o bicampeão mais jovem da história e somou 20 vitórias.

Tudo isso deixa o consultor da equipe confiante na permanência do alemão. “Posso assegurar que estamos em uma posição forte. Quem, exceto a Ferrari, tem contratos de motor para além de 2014?”, questionou Marko, ressaltando a importância da estabilidade.

“Pessoas em todas as posições chave têm contrato pelo menos até 2014. Confiamos na continuidade, mas temos que evitar o comodismo. Vamos seguir investindo na nossa equipe técnica”, avisou o consultor da Red Bull.

Cerca de um mês antes de renovar seu contrato com a Red Bull até 2014, Vettel revelou que tem como sonho “pilotar em Maranello”, referindo-se à Ferrari.

sábado, novembro 12, 2011

Herói da Copa de 62, Amarildo enfrenta câncer na garganta com otimismo

12/11/2011 - 06h00
Bruno Freitas
Em São Paulo

Aos 72 anos, o ex-atacante Amarildo soube há dois meses que estava com câncer na garganta. Hoje, depois de enfrentar duas sessões de quimioterapia, o herói brasileiro da Copa de 1962 olha para seu desafio de saúde com otimismo. Conhecido por entrar no time brasileiro no Mundial do Chile como substituto de Pelé, lesionado, o jogador até fala com entusiasmo sobre o futuro, animado com a função de embaixador das categorias de base do Botafogo.

"Está tudo sob controle. Estou me sentindo bem, graças a Deus. São coisas que a gente tem que passar. Estou vendo isso com tranquilidade", disse Amarildo à reportagem do UOL Esporte.

Amarildo está passando por tratamento no Rio de Janeiro, perto de seus familiares. "Ele está animado. A princípio a pessoa leva um choque, mas ele está tendo todo o apoio nosso, da esposa também", afirma a irmã do ex-atacante, dona Maria do Carmo Silveira de Souza.

Durante o tratamento do câncer na garganta, Amarildo tem mantido contato com parte da turma de 1962, além de alguns companheiros do Botafogo. "Tenho falado com o Zagallo, estou sempre falando com o Britto, com o Jairzinho. De vez em quando falo com o pessoal de São Paulo também, com o Zito, Mengálvio, Coutinho, toda a velha guarda", relata.

Paralelamente ao tratamento de saúde, o ex-atacante tem se mantido ligado ao futebol. Amarildo diz que Leandro Damião tem muito a evoluir como centroavante da seleção brasileira e entende que Neymar fez a opção correta ao escolher passar os próximos anos no futebol nacional.

Nascido em Campos dos Goytacazes em 29 de julho de 1939, Amarildo vestiu as camisas de Flamengo e Vasco. No entanto, foi com o branco e preto do Botafogo que viveu seus melhores momentos no futebol brasileiro, no timaço de Garrincha, Didi, Nilton Santos e companhia. Na Itália, onde viveu por algumas décadas, o ex-atacante conhecido nos gramados como "O Possesso" defendeu Milan, Fiorentina e Roma.

Mas o instante mais célebre da carreira de Amarildo aconteceu mesmo no Chile, durante a Copa de 1962. O então jogador do Botafogo foi o escolhido pelo técnico Aymoré Moreira para substituir Pelé, machucado ainda na primeira fase. No entanto, o ex-atacante transformou o que poderia ser uma "roubada" , jogando na vaga do Rei, em uma missão cumprida com louvor.

O botafoguense foi fundamental na dramática vitória de virada por 2 a 1 sobre a Espanha no último jogo da primeira fase, tido como o mais complicado do Brasil naquele Mundial, com dois gols marcados. Amarildo voltaria a balançar as redes mais uma vez, no primeiro gol do triunfo por 3 a 1 sobre a Tchecoslováquia na final em Santiago.

sexta-feira, novembro 11, 2011

Religiões usam técnicas de marketing para atrair fiéis

LA VANGUARDIA

María Paz López

O apóstolo são Paulo atuou como um sagaz estrategista de marketing quando, no alvorecer da Igreja cristã, decidiu não obrigar os convertidos à nova fé a seguir as normas da lei mosaica, como a circuncisão para os homens e a proibição de certos alimentos. É o que diz Mario Ferrero, especialista em economia política da Universidade de Piemonte Oriental (Itália). "Com essa decisão, Paulo aplicou um modelo econômico; reduzir o custo de se tornar cristão", declara.

Interpretar o fenômeno religioso em chave econômica - assim como reler desse modo a história do cristianismo - está abrindo caminho entre os especialistas como outro modo de esclarecer o que move as pessoas a crer em Deus e a buscar a plenitude espiritual. Essa perspectiva, que instiga defensores e adversários, concentrou o simpósio Religiões como marcas - A marquetização da religião e a espiritualidade, realizado recentemente na Universidade de Lausanne (Suíça).

Depois de séculos em que o estudo das religiões esteve quase só nas mãos de teólogos e historiadores, aos quais se somaram sociólogos, psicólogos e cientistas políticos, o ponto de partida economicista parece transgressor: as religiões podem ser vistas como empresas provedoras de serviços, os fiéis ser tratados como clientes ou consumidores e a liturgia transformar-se em produto? Os defensores desse tipo de análise costumam afirmar que a concorrência entre credos para atrair fiéis enriquece o mercado religioso.

Quem utiliza o marketing não são as religiões e sua mensagem em si, é claro, mas as instituições que as articulam, que às vezes se postulam - talvez não de propósito - como marcas publicitárias. Alexander Moutchnik, professor de gestão de comunicação da Mediadesign Hochschule em Munique (Alemanha), detectou que paróquias, mesquitas, sinagogas e templos de vários credos solicitam cada vez mais os certificados ISO, que acreditam sistemas de gestão de qualidade padronizados. "As instituições religiosas que solicitam esses certificados pensam em termos de marketing", diz Moutchnik. "Querem demonstrar que têmpadrões de gestão e inclusive exibem o diploma em painéis externos, para que os fiéis os vejam."

Linguagem empresarial e transparência informativa podem se transformar em distintivos de marca. Exemplo: a catedral católica da Imaculada Conceição em Syracuse, estado de Nova York, encabeça sua página na web com uma declaração de missão semelhante à de uma empresa, e tem publicado no YouTube seu relatório de renda e gastos de 2010, que começa com a seguinte frase: "Como bons administradores, pretendemos manter uma estreita vigilância sobre nossos ativos e monitorá-los cuidadosamente". Essa retórica busca conquistar credibilidade empresarial.

Moutchnik considera que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o maciço encontro trienal da juventude católica com a participação do papa - cuja última edição se realizou em agosto passado em Madri -, se transformou em uma excelente marca religiosa.

"Se a religião é vista como provedora de diversos serviços religiosos e é reconhecida como produto, sua mercantilização se transforma em algo natural, óbvio", acrescenta Jean-Claude Usunier, especialista em marketing da Universidade de Lausanne. Os produtos, sejam bens ou serviços, estão tipificados na Classificação Central de Produtos (CPC na sigla em inglês), que usa como base a OMC (Organização Mundial do Comércio).

Nessa CPC figura uma categoria (a 9591) dedicada a "serviços religiosos", com subcategorias como: serviços religiosos batismais, serviços religiosos matrimoniais, retiros espirituais organizados por ordens religiosas, serviços religiosos fúnebres. Esse quadro reflete a realidade social e, segundo Usunier, ilustra que ocorre "uma abertura de mercados religiosos em todo o mundo" e "uma crescente aplicação de ferramentas de marketing à religião e aos serviços religiosos".

Sentir-se provedor de serviços influi no conceito da instituição. "As igrejas podem ser entendidas como organizações e corporações, baseadas nas mesmas precondições e estratégias de marketing que as empresas comerciais", diz Peter Seele, doutor em economia e filosofia e professor da Universidade de Lugano (Suíça). Essas estratégias tornam-se mais agressivas quando se trata de grupos religiosos que querem competir com as religiões históricas.

Assim, por exemplo, utilizam a linguagem multimídia não só para veicular a mensagem como para enriquecer o ritual, como ocorre com a chamada igreja eletrônica. Em um recente estudo sobre novíssimas confissões evangélicas que se implantaram na Suíça, o pastor Leo Bigger, da ICF (International Christian Fellowship) de Zurique, o colocou assim: "Para nós, as cerimônias religiosas são festas com todos os modernos elementos criativos".

"Como a mensagem, isto é, o produto é quase idêntico em todas essas novas igrejas, todas de inspiração cristã, as considerações de marketing acabam situando-se em primeiro plano", alerta Mirjam Schallberger, especialista em pedagogia religiosa da Universidade de Saint Gallen (Suíça). Segundo o estudo citado, só entre 2% e 4% da população suíça vão a alguma dessas novas igrejas, e muitos o fazem simultaneamente com sua paróquia protestante, sem que isso represente um conflito.

Para outros autores, embora a economia como atividade humana também toque o âmbito religioso, a aplicação de modelos econômicos à análise da religião é outra coisa. Steve Bruce, sociólogo da Universidade de Aberdeen (Reino Unido), a questiona totalmente. Para começar, afirma que "o negócio principal é a salvação, mas não podemos testar a bondade do produto, e como saber qual religião é a verdadeira?". Na hora de optar pela melhor oferta, o raciocínio econômico também destoa; a suposta liberdade de escolher a religião em sociedades democráticas não é bem assim: "Somos realmente livres para escolher a religião? Os crentes de uma fé a adquirem ao nascer dentro dela, como adquirem a linguagem; e pressões psicológicas e sociais nos constrangem a não mudar de religião".

De fato, com a secularização na Europa é mais comum que a prática religiosa das pessoas diminua, ou que a abandonem sem sequer repudiar, a que se convertam a outra fé. Bruce alerta que ser fiel de uma religião não é a mesma coisa que comprar detergente, mas admite que na sociedade secularizada, quando a religião perde significado social, corre maior risco de ser equiparada a um produto que se escolhe entre a oferta de um supermercado.

"As igrejas europeias, tanto as protestantes e reformadas como a católica, operam em um mercado regulamentado, no qual ou são igrejas nacionais ou têmalgum reconhecimento jurídico do Estado; na realidade, não têmpor que competir entre si", argumenta Jochen Hirschle, sociólogo da Universidade de Innsbruck, Áustria. A verdadeira concorrência, segundo ele, ocorre entre a sociedade de consumo e a prática religiosa. "O tempo tem um custo", ele diz. "Ir à missa tira da pessoa um tempo que não pode dedicar a outra atividade. O consumo propõe uma alternativa social em forma de bares, restaurantes, academias, cinemas, teatros, parques, grandes lojas." Às atividades religiosas cabe concorrer com isso.

Igreja eletrônica

Nas novas igrejas evangélicas - entrem ou não na categoria de seitas -, a linguagem multimídia não é um complemento do ritual, mas está se transformando em um elemento próprio das crenças veiculadas, isto é, do produto que vendem, segundo diversos analistas. Dos EUA, estão chegando a toda parte.

Ecomesquitas

A inquietação religiosa pelo meio ambiente gera boa imagem. A Fundação Islâmica para Ecologia e Ciências Ambientais, com sede no Reino Unido, pergunta: "Sua mesquita é uma ecomesquita?", e dá critérios sobre o assunto. Mesquitas de Cingapura, Manchester e Abu Dhabi proclamam que os cumprem.

Jornada Mundial da Juventude (JMJ)

O encontro trienal dos jovens católicos atrai patrocinadores e apresenta a juventude como coletivo respeitoso com a cidade anfitriã - # na foto a de Madri - e com o meio ambiente. As JMJ afirmam gerar poucos resíduos e ser sustentáveis.


Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

terça-feira, novembro 08, 2011

Lenda do boxe, Frazier inspirou Rocky, esteve em Simpsons e foi até astro de games

Do UOL Esporte
Em São Paulo

Joe Frazier morreu na madrugada desta terça e encerrou uma história de muito sucesso esportivo. Campeão olímpico e mundial, protagonista de algumas maiores lutas do boxe e lenda dos ringues, ele também fez sucesso como pop star. Apesar de ter sofrido com problemas financeiros após a aposentadoria, ele inspirou o personagem Rocky, esteve entre os Simpsons e foi até astro de games de sucesso.

A importância de Frazier fora dos ringues se deve ao que ele fez sobre eles. O norte-americano foi campeão olímpico dos pesos-pesados em 1964, em Tóquio, e ganhou seu primeiro título mundial em 1970, contra Jimmy Ellis.

Seus grandes momentos, no entanto, foram contra Muhammad Ali. Ele quebrou a invencibilidade do rival em 1971 e só perdeu o cinturão dois anos depois, contra ninguém menos que George Foreman. Sua tentativa de retorno ao topo do mundo se deu de novo contra Ali.

Frazier encarou um dos maiores boxeadores da história em 1974 e perdeu. A rivalidade entre os dois aumentou. Ali chamava o adversário de “Uncle Tom”, gíria pejorativa usada para negros que supostamente se submetiam ao domínio dos brancos.

A decisão entre eles aconteceu nas Filipinas, em Manilla. O combate sangrento terminou com uma vitória apertada de Ali que depois viraria um documentário sobre a rivalidade entre os dois: “Thrilla in Manilla”. Depois disso, Frazier ainda perderia de novo para George Foreman e faria uma luta de despedida em 1981 contra Floyd Cummings.

Sua história, ou parte dela, foi parar no cinema. Frazier foi um dos vários boxeadores (como Rocky Graziano, George Foreman e o próprio Ali) que inspiraram Sylvester Stallone a criar o personagem Rocky, do filme homônimo que ganhou o Oscar de Melhor Filme em 1976.

segunda-feira, novembro 07, 2011

Teste: Mercedes SLS AMG Roadster é conversível de tirar o chapéu


04/11/2011 12:20 - Fotos: Divulgação

Por Bruno França Auto Press

Personalidade marcante é um atributo comum aos automóveis da Mercedes-Benz. E o novo SLS AMG Roadster – conversível – não foge à regra. Os mesmos atributos do modelo cupê estão lá, agora, mais atraentes graças ao inefável encanto da versão descapotável.

Uma das sensações no Salão de Frankfurt desse ano, o modelo já está à venda na Europa. Por lá, o carro chegou em outubro, com preço na faixa dos 195 mil euros, cerca de R$ 470 mil. No Brasil, onde já é vendida a versão cupê por 311 mil dólares, o equivalente a R$ 525 mil, o modelo Roadster só deve desembarcar em 2012.

Como concorrentes, o novo lançamento da marca da estrela de três pontas encontra pesos pesados. Entre eles, estão a recém-lançada Ferrari 458 Spider e Audi R8 Spyder, único dos três já disponível no mercado nacional. O representante das quatro argolas conta com motor 5.2 V10 de 525 cv e tem na etiqueta europeia o preço de 159.200 euros. No Brasil, é vendido a R$ 775 mil. Já o modelo de Maranello, o mais caro dos três, com seu teto retrátil rígido que leva 14 segundos para ser rebatido e o V8 4.5 de 570 cv, tem seu preço na casa dos 226 mil euros, cerca de R$ 534 mil. Porém no Brasil a variante "fechada" tem valor de R$ 1,6 milhão.

Se, na versão cupê, as tradicionais portas em formato de “asas de gaivota” são o charme da versão, no SLS AMG Roadster, a capota de tecido produzida em três camadas e com disponibilidade de três cores – preta, vermelha ou bege – também não deixa a desejar. Até fechada esbanja estilo. Sua abertura completa é realizada em apenas 11 segundos e pode ser feita em velocidade até 50 km/h.

Para manter o nível de eficácia do cupê, o carro recebeu mudanças em sua estrutura. O quadro ficou mais robusto e o painel frontal conta com elementos adicionais para a ligação à moldura do para-brisas e ao túnel central. O eixo traseiro também foi reforçado através de uma armação existente entre a capota e o tanque de combustível.

Já o interior, inspirado no design dos aviões, ganhou uma nova combinação de cores. Os dois tons de castanho dividem o gosto do consumidor com o preto e o branco. Na lista de itens de série, o novo SLS traz sistema de navegação, Parktronick, volante multifuncional AMG revestido em alcântara, keyless, rodas de liga leve de 19 polegadas na frente e 20 polegadas atrás e oito airbags.

quinta-feira, outubro 27, 2011

Homem avisa que voltaria à vida, e mulher esconde seu cadáver em casa por um mês

27/10/2011 - 10h45


Da Redação
Em São Paulo

Por um mês, a colombiana Alba Yacue manteve o corpo do seu marido Lucio Chacue, de 61 anos, escondido em casa por um mês com a esperança de que ele ressuscitaria. Segundo ela, o marido teria avisado antes de falecer que iria voltar à vida.

O problema é que ele não revelou quando. Mesmo assim, Alba resolveu esperar e só desistiu de sua missão quando os vizinhos identificaram o sumiço de Chacue e comunicou a polícia. Os investigadores encontraram o corpo do colombiano no final do quarto principal da casa.

O que restou de seu corpo um mês depois de sua morte -- cuja causa é desconhecida -- foi envolto em um lençol, segundo o jornal "La Nación". O cadáver já estava em estado de decomposição e exalava um odor nauseante. As más línguas do bairro passaram a dizer que o amor de Alba por Chacue era, além de cego, anósmico (sem olfato).

Alba pediu para a empresa funerária que arrumasse o corpo do marido e o enterrasse no seu quintal na aldeia de La Umbria, uma área rural de Huila, no sudoeste da Colômbia.

terça-feira, outubro 25, 2011

Corpo de Gaddafi e do filho são enterrados em local secreto no deserto líbio

25/10/2011 - 09h43

Do UOL Notícias*
Em São Paulo

Os corpos do ex-ditador líbio Muammar Gaddafi e de seu filho Mutassim foram enterrados nesta terça-feira (25) em um local secreto no deserto, disse um membro do Conselho Nacional de Transição (CNT), pondo fim a uma contenda sobre os corpos em decomposição que ameaçava a estabilidade da Líbia.

O CNT causou perplexidade a muitos observadores externos por deixar os corpos de Gaddafi e de Mutassim expostos na câmara refrigerada de um mercado de Misrata, no litoral, até que a decomposição obrigasse as autoridades a fecharem as portas ao público na segunda-feira.

"Gaddafi e o filho dele, Mutassim, foram enterrados ao amanhecer em um local secreto com o respeito que lhes era devido. Divulgaremos mais detalhes posteriormente", disse um importante membro do governo interino à agência Reuters.

"Só duas pessoas de confiança foram destacadas para essa missão secreta. Não são guardas, e sim pessoas de muita confiança do CNT", disse Abdel Majid Melegta, porta-voz do CNT, por telefone à Reuters.

Sob pressão dos aliados ocidentais, o CNT prometeu na segunda-feira investigar a forma como Gaddafi e seu filho foram mortos. Gravações feitas com celulares mostram ambos vivos depois de serem capturados, na semana passada. O ex-líder líbio aparece sendo humilhado e agredido antes de ser baleado, embora funcionários do CNT tenham inicialmente dito que ele foi atingido em um tiroteio.

Ainda em Misrata, as últimas orações islâmicas diante dos dois corpos foram recitadas pelo clérigo pessoal de Gaddafi, Khaled Tantoush, que foi preso com ele. Em seguida, os cadáveres foram retirados do mercado, onde nos últimos dias os líbios fizeram fila para ver o ex-homem forte sobre um colchão, em uma paródia sombria do velório de um chefe de Estado.

Dois primos de Gaddafi -- presos no comboio em que o ex-dirigente tentava fugir de Sirte, na quinta-feira passada -- assistiram à cerimônia. Os corpos depois foram levados ao deserto.