sábado, outubro 11, 2008

Samba, feijoada e disco comemoram os 100 anos de Cartola


Clássico do samba e fundador da Mangueira, centenário é neste sábado. Nomes como Beth Carvalho, Alcione e Elba Ramalho participam de show


Alícia Uchôa

Do G1, no Rio


Cartola não foi um sonho que a gente teve, como costuma dizer Nelson Sargento. O bamba, que completaria 100 anos neste sábado (11), será homenageado pela Mangueira da maneira que ele mais gostava: com samba.




A alvorada lá no morro começa às 7h, no Centro Cultural Cartola, com o rufar de tambores das principais escolas de samba anunciando o que virá a seguir: às 14h, tradicional feijoada mangueirense, na quadra da escola (Rua Visconde de Niterói, 1072 - Mangueira), com apresentação musical do veterano Nelson Sargento, e às 18h, missa de ação de graças.


Na segunda-feira (13) o show “Cartola Eterno” reúne no Canecão nomes como Alcione, Beth Carvalho, Emílio Santiago, Nelson Sargento, Elba Ramalho, Maria Rita, Sandra de Sá e Rosemary. Além, claro, da velha guarda da Mangueira.


Cartola por e para todos


"Ele é tão importante para o samba quanto para a MPB. Não apenas pela obra valiosa, mas também porque foi um dos fundadores da Estação Primeira. Foi ele que deu as cores para a Mangueira. Suas músicas continuam vivendo através das vozes de artistas das mais variadas gerações. É atemporal", derrete-se Alcione.


"O cartola era um gênio, um grande poeta que tinha uma marca única em suas músicas", define Beth Carvalho, que lembra ter tido uma relação de pai e filha com o sambista.


“O Cartola faz parte de um grupo de compositores de alma feminina”, completa Rosemary, que gravou o músico em seu último disco “Mulheres da Mangueira”.


Cartola para todos
Aproveitando o ensejo, o produtor musical Alvaro Fernando lança no mesmo sábado o disco “Cartola Para Todos”, resultado de 10 anos de gravações com 36 artistas diferentes. "Quem dera Cartola pudesse ouvir o CD...", diz ele, que reuniu músicos como Paulo Moura, Marco Suzano e Wanda Sá.
Breve biografia
Nascido em 1908, Cartola foi para a Mangueira aos 11. Desde então passou a participar das festas de rua tocando cavaquinho.

Ao longo da vida, além de músico, trabalhou em tipografias, foi pedreiro, vigia e lavador de carros. Já consagrado, abriu com a mulher, Dona Zica, o restaurante Zicartola, que se tornou uma referência na história do samba.

O apelido Cartola veio do chapéu de coco que ele usava na época em que era pedreiro, para evitar que o cimento caísse sobre sua cabeça. Cartola morreu de câncer, em 1980.

Morre Chicão, ex-jogador do São Paulo e da Seleção


Destaque do São Paulo nos anos 70 e um dos líderes na conquista do Campeonato Brasileiro de 1977 pelo clube, o ex-jogador Francisco Jesuino Avanzi, conhecido como Chicão, morreu na madrugada desta quarta-feira, aos 59 anos, vítima de câncer. A informação foi divulgada pelo site oficial do time tricolor.
Conhecido pela raça e dedicação dentro de campo, Chicão defendeu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1978, na Argentina. O corpo dele será velado nesta quarta, na Câmara Municipal de Piracicaba, sua cidade natal. O enterro será realizado amanhã.
O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, já decretou luto oficial em decorrência da morte do ex-jogador. Pelo clube, Chicão disputou 312 jogos entre 1973 e 1979 e assinalou 19 gols.
Além do time tricolor, o ex-volante atuou também por União Barbarense, XV de Piracicaba, São Bento, Ponte Preta, Atlético-MG, Santos, Londrina e Mogi-Mirim.

sexta-feira, outubro 10, 2008

Ganhador do Nobel da Paz tem doçura e firmeza do bom diplomata, diz analista

Alain Délétroz trabalhou com Martti Ahtisaari, premiado nesta sexta-feira. Para o analista, melhor trabalho do finlandês foi como mediador em Kosovo

Giovana Sanchez Do G1, em São Paulo

Martti Ahtisaari é um ótimo negociador. Tem uma paciência única e sempre ouve todos antes de se pronunciar. Tem a fala doce, mas firme, como um bom diplomata." É assim que o analista Alain Délétroz, da organização International Crisis Group, define o ganhador do Nobel da Paz deste ano, o ex-presidente da Finlândia Martti Ahtisaari.

Em entrevista ao G1, por telefone, Délétroz disse que ficou muito satisfeito com a premiação. Ahtisaari foi presidente da instituição entre os anos de 2000 a 2004.

Segundo Délétroz, foi uma época difícil, pois a invasão norte-americana ao Iraque dividiu opiniões no grupo. "Além do baixo orçamento que tínhamos na época, trabalhávamos com uma situação de crise, com divergências internas. Ahtisaari soube balancear a situação, ouvir os dois lados e colocá-los em conformidade", disse o analista.

quinta-feira, outubro 09, 2008

Trecho do livro 'O africano', do vencedor do Nobel


Escritor francês Jean-Marie Gustave Le Clézio venceu o Nobel. Anúncio foi feito nesta quinta-feira pela academia sueca

Do G1, em São Paulo

Confira, abaixo, trecho do livro "O africano", do escritor francês Jean-Marie Gustave Le Clézio, vencedor do prêmio Nobel. A obra foi lançada no Brasil pela editora Cosac Naify.

É à África que quero incessantemente voltar, à minha memória de criança. À fonte de meus sentimentos e de minhas determinações. O mundo muda, é certo, e aquele que lá está, em pé no meio do alto capinzal da planície, no sopro quente do vento que traz os cheiros da savana, o rumor penetrante da floresta, sentindo nos lábios a umidade das nuvens e do céu, aquele lá está tão longe de mim que não há história ou viagem que me permita alcançá-lo.
Às vezes, no entanto, vou andando ao acaso pelas ruas de uma cidade e, bruscamente, ao passar por uma porta, na parte baixa de um imóvel em construção, aspiro aquele cheiro frio de cimento recém-moldado e eis que estou na choupana de passagem de Abakaliki, eis que entro no cubo sombrio de meu quarto e vejo atrás da porta o grande calango azul que nossa gata estrangulou e me trouxe como um sinal de boas-vindas. Ou então, quando menos espero, sou invadido pelo perfume de terra molhada do nosso quintal em Ogoja, quando a chuva de monção rola pelo telhado da casa para ir zebrar riachinhos cor de sangue no solo todo fendido. Chego até a escutar, por cima da vibração dos carros engarrafados numa avenida, a música contundente e doce do rio Aiya.
Ouço as vozes das crianças que gritam, que me chamam, que estão diante da cerca-viva, na entrada do quintal, e trouxeram suas pedrinhas e suas vértebras de carneiro para brincar, para levar-me com elas à caça às cobras. Depois do almoço, finda a aula de aritmética com minha mãe, vou me instalar na varanda cimentada, diante do forno do céu branco, para fazer deuses de barro e pô-los para secar ao sol. Lembro-me de cada um deles, de seus nomes, de seus braços erguidos, de suas máscaras. Alasi, o deus do trovão, Ngu, Eke-Ifite, a deusa-mãe, Agwu, o malicioso. Mas eles são mais numerosos ainda, todo dia eu invento um nome novo, eles são meus chis, meus espíritos que me protegem e vão interceder por mim junto a Deus.
Vou olhar a febre subindo no céu crepuscular, os relâmpagos em silenciosa corrida por entre o cinza das escamas das nuvens aureoladas de fogo. Quando a noite estiver negra, escutarei pouco a pouco os passos do trovão, a onda que faz minha rede balançar e apaga a chama do meu lampião. Escutarei a voz de minha mãe, que conta os segundos que nos separam do impacto do raio e calcula a distância à razão de trezentos e trinta e três metros por segundo. Enfim o vento da chuva, muito frio, que avança com toda a força pelo alto das árvores; ouço cada galho que geme e quebra, o ar do quarto fica cheio da poeira que a água levanta ao bater na terra.
Tudo isso tão distante, tão próximo. Uma simples divisória, fina como um espelho, separa o mundo de ontem do meu mundo de hoje. Não falo de nostalgia. Tal impressão de desamparo nunca me causou nenhum prazer. Falo de substância, de sensações, da parte mais lógica de minha vida.
Alguma coisa me foi dada, alguma coisa me foi tomada de novo. O que está definitivamente ausente de minha infância: ter tido um pai, ter crescido junto dele na doçura da intimidade familiar. Sei que isso me fez falta, sem pesar, sem ilusão extraordinária. Quando um homem, dia após dia, olha a luz modificar-se no rosto da mulher que ele ama, quando espia cada brilho furtivo no olhar de seu filho. Tudo isso que um retrato, uma foto, sejam eles quais forem, nunca poderão captar.
Não quero falar de exotismo, esse vício ao qual as crianças são de todo alheias. Não porque vejam através dos seres e das coisas, mas justamente por verem tão-somente isso: uma árvore, um buraco na terra, uma coluna de formigas-carpinteiras, um bando de moleques levados em busca de uma brincadeira, um velhote de olhos baços que estica a mão descarnada, uma rua de uma aldeia africana, quando é dia de feira, eram todas as ruas de todas as aldeias, todos os velhos, todas as crianças, todas as árvores e todas as formigas. Esse tesouro está sempre vivo em meu íntimo, não pode ser extirpado. Muito mais que de simples lembranças, ele é feito de certezas.
Se eu não tivesse tido esse conhecimento carnal da África, se não houvesse recebido essa herança de minha vida antes de meu nascimento, em que teria me tornado? Hoje, existo, viajo, criei por minha vez uma família, enraizei-me em outros lugares. Contudo, a cada instante, como uma substância etérea que circula entre as divisórias do real, sou traspassado pelo tempo de outrora, em Ogoja. E isso, em súbitos impulsos, me submerge e atordoa. Não somente essa memória de criança, extraordinariamente precisa quanto a todas as sensações, os odores, os sabores, a impressão de relevo ou de vazio, o sentimento da duração.
É escrevendo que agora o compreendo. Essa memória não é somente a minha. É também a memória do tempo anterior ao meu nascimento, quando meu pai e minha mãe andavam juntos pelas estradas do planalto, nos reinos do oeste de Camarões. A memória das esperanças e angústias de meu pai, de sua solidão, seu abatimento em Ogoja. A memória dos momentos de felicidade, quando eles dois estavam unidos pelo amor que acreditavam ser eterno. Iam então pela liberdade dos caminhos, e os nomes dos lugares adentraram-se em mim como nomes de família, Bali, Nkom, Bamenda, Banso, Nkong-samba, Revi, Kwaja. E os nomes das terras, Mbembé, Kaka, Nsungli, Bum, Fungom. As chapadas por onde avança lentamente o rebanho de animais com chifres de lua para enganchar nas nuvens, entre Lassim e Ngonzin.
Afinal de contas, talvez meu velho sonho não me tenha enganado. Se meu pai se tornou o Africano, por força de seu destino, eu, quanto a mim, posso pensar em minha mãe africana, aquela que me beijou e nutriu no instante no qual fui concebido, no instante em que eu nasci."


quarta-feira, outubro 08, 2008

Quadrinhos contam biografias de Obama e McCain

REUTERS

LOS ANGELES - As histórias das vidas dos candidatos presidenciais americanos John McCain e Barack Obama chegam às bancas e livrarias americanas na quarta-feira -- e a empresa responsável pelas biografias ilustradas espera que muitos adultos as comprem.
A editora IDW Publishing, de San Diego, disse que produziu as biografias em quadrinhos dos dois candidatos para capitalizar em cima da eleição. As duas serão vendidas separadamente em lojas de HQs e juntas, em edição encadernada, em livrarias.
No gibi de McCain, o candidato presidencial republicano é mostrado sendo espancado por seus captores num campo de prisioneiros de guerra no Vietnã. Obama, o candidato democrata, é retratado como organizador comunitário, sentado em volta de uma mesa de cozinha com moradores de Chicago, ouvindo-os.
- É uma grande curtição para mim fazer algo tão fora do comum em termos de quadrinhos - disse Scott Dunbier, editor de projetos especiais da IDW.
Dunbier disse que passou a apreciar mais os dois candidatos depois de pesquisar dados para suas biografias.
- Os dois têm histórias muito instigantes - disse ele.
A editora procurou se manter neutra no trabalho de relatar as histórias de vida dos dois senadores.
As capas das duas publicações mostram os candidatos em pé diante de uma bandeira americana. McCain sorri, voltado à direita, enquanto Obama olha para a esquerda com expressão estóica.
Cada revista tem 28 páginas. Elas foram baseadas em matérias publicadas pela imprensa, Web sites oficiais e livros dos próprios candidatos.

segunda-feira, outubro 06, 2008

Asteróide deve colidir com a Terra na noite desta segunda-feira

Objeto tem apenas um a cinco metros de diâmetro e não oferece riscos.
É a primeira vez que os cientistas conseguem prever uma colisão.

Salvador Nogueira
Do G1, em São Paulo

Quando todos acham que o mundo parece estar para acabar, vem a notícia: um pequeno asteróide, descoberto há poucas horas por um observatório do Arizona (EUA), deve colidir com a Terra às 23h46 desta segunda-feira (6). Mas, a despeito de quaisquer temores, não há perigo algum, segundo os astrônomos. Ele é dos pequeninos e deverá queimar por inteiro na atmosfera.
O objeto tem entre um e cinco metros de diâmetro e deve queimar completamente a alturas bem superiores às que os aviões costumam usar para transitar pelo mundo. Uma bola de fogo brilhante deve ser o único resultado observável.
"Queremos salientar que esse objeto não é uma ameaça", disse, em nota, Timothy Spahr, diretor do Centro de Planetas Menores da União Astronômica Internacional. "Estamos empolgados porque esta é a primeira vez que passamos a previsão de que um objeto entrará na atmosfera da Terra."
As chances estão entre 99,8% e 100% de que o objeto colidirá com nosso planeta, segundo cálculos de Andrea Milani, da Universidade de Pisa.
O meteoro deve ser visível do leste africano, e a expectativa é a de um grande show -- uma bola muito brilhante cruzando rapidamente o céu, de nordeste para sudoeste. O objeto deve adentrar a atmosfera sobre o norte do Sudão, numa diagonal suave, com relação à superfície.

quarta-feira, outubro 01, 2008

Sai esse mês o 1º romance de Amores Expressos

Sai do forno, esse mês, o primeiro livro da coleção Amores Expressos - o projeto criado pelo produtor Rodrigo Teixeira, polêmico por ter levado dezessete escritores brasileiros, cada um para uma cidade do mundo – Cairo, Lisboa, Bombaim, Paris, Sydney, Havana, entre outras, para escrever uma história de amor. “Investi do bolso, levei quem eu quis”. Ponto pacífico.
Um deles foi Daniel Galera, gaúcho, 29 anos, que foi para Buenos Aires, e agora, quem lança sua prosa ficcional, “Cordilheira”, pela Companhia das Letras. O Repique conversa com o autor para saber mais:
Conta um pouco sobre o seu novo livro, o “Cordilheira”.
"Cordilheira" é um romance protagonizado por uma moça de 27 anoschamada Anita. Ela vai a Buenos Aires lançar a tradução argentina deseu livro e decide ficar um tempo lá para fugir da vida em São Paulo,recentemente marcada por uma separação, pelo suicídio de uma amiga e por um desejo de ser mãe que é mal-recebido por todos que a cercam.Logo ela começa a ser abordada por um leitor e se envolve com ele ecom seus estranhos amigos. O livro é quase todo narrado em primeirapessoa por Anita.
O que mais te inspirou em Buenos Aires?
Eu não diria que Buenos Aires me inspirou muito. Minha relação com a cidade foi mais instrumental. Eu já tinha uma idéia e usei Buenos Aires como cenário, como fonte de cor e detalhes para uma história que já vinha desenvolvendo na cabeça havia algum tempo. Não foi a viagemque me ofereceu a idéia, mas ela foi essencial como exílio e referência para que eu desenvolvesse a trama e os personagens.
No que evoluiu esse romance de outros seus?
É um livro bem diferente dos outros que já publiquei, não apenas pelascaracterísticas da narradora, mas por ter um estilo mais solto que o "Mãos de Cavalo", por exemplo, e se permitir algumas brincadeiras ereferências metaliterárias - apesar de ser uma história triste, foi umlivro que me diverti fazendo.
Como é seu processo criativo?
Não existe padrão. O "Até o dia em que o cão morreu" eu escrevi nuns quatro meses, e tive a idéia pouco tempo antes de começar. O "Mãos deCavalo" levou dois anos para ser escrito e foi pensado por no mínimoum ano antes disso, mas ele tem algumas idéias, personagens e cenasque lembro de carregar na imaginação desde meus oito ou dez anos deidade, em alguns casos. É resultado de um longo período de idéiasacumuladas. O "Cordilheira" partiu de uma idéia que tive logo depois de publicar o "Mãos", em 2006, e quando fui a Buenos Aires já na mente tinha o esboço inicial do que o romance seria. Quando começo a escrever um romance, em geral já tenho uma boa idéia do que se trata, ainda que muita coisa mude radicalmente no decorrer do processo. Em geral faço três ou quatro versões do livro antes de chegar na final, contando com a opinião de alguns leitores de confiança e dos editores nessa última etapa.
É seu primeiro romance com o personagem central feminino? Como foi se colocar nesse viés?
Já tinha escrito alguns contos com mulheres como narradoras, e emgeral tive boa recepção nesses casos. Fazer um romance narrado por uma mulher foi um desafio bem maior. No início travei um pouco, pois fiquei preocupado demais em manter a autenticidade a qualquer custo, mas logo percebi que era um engano. Em primeiro lugar, porque seria ridículo supor que um homem pode escrever como uma mulher. Em segundo, porque no fundo, em termos literários, não há diferença tão abismal entre uma voz masculina e uma feminina. É só questão de conseguir se colocar um pouco no lugar da personagem, coisa que também se precisa fazer com um narrador masculino. Quando optei por essa abordagem mais solta, o livro fluiu. Para mim, escrever bem está diretamente vinculado a ser capaz de se colocar no lugar dos outros, homens ou mulheres, e este é um exercício ao qual me sinto condenado desde sempre.
Por que você está morando em Santa Catarina?
Eu queria poder nadar no mar todo dia.
Você traduz escritores ingleses. Quais são seus prediletos?
Traduzo autores de língua inglesa em geral. Dos que traduzi, minhafavorita talvez seja a Zadie Smith, e também o Irvine Welsh (que traduzi em dupla com Daniel Pellizzari) e o Robert Crumb. A Zadie escreve romanções à moda antiga com temática contemporânea, retrato danova sociedade multiétnica dos EUA e Inglaterra, com todo o sincretismo cultural etc. Costuma se dar bem, é muito talentosa.Traduzi o "Sobre a beleza", mas o livro dela que mais gosto é "O caçador de autógrafos", justamente o que foi mais malhado pela crítica mundial. Agora estou traduzindo por passatempo um romance do Cormac McCarthy que nenhuma editora quer publicar, o "Suttree". Faço uma página por dia. Em dois ou três anos devo terminar uma primeira versão da tradução.
Você acha a Língua Inglesa mais bem resolvida que a Língua Portuguesa?
Só prefiro o inglês na música, por uma questão rítmica. Pra me xpressar, o português dá e sobra.