domingo, outubro 20, 2013

A BOLA PUNE, TUBARÃO!

De relevante mesmo, na seara do automobilismo no fim de semana, foi Scott Dixon ter se consagrado tricampeão da Fórmula Indy na derradeira prova em Fontana, disputada no sábado. Graças a esse feito, o neozelandês escreveu seu nome na história da categoria – ao lado de feras como Rick Mears e Bobby Rahal.
Agora, se me permitem a liberdade, deixarei de lado as corridas e tratarei do que realmente interessa: as peripécias do Sampaio Corrêa na fase final da Série C do Brasileiro.
Como se sabe, Muricy Ramalho é um dos protagonistas do futebol brasileiro. Técnico de primeira linha, notabilizou-se pelos títulos e também pelas tiradas exemplares na hora de conceder as geralmente insípidas entrevistas pós-jogo.
Uma de suas frases maravilhosas resume bem o futebol como ele é jogado: “A bola pune”. Filosofia de bolso, desferida em doses homeopáticas, que também pode ser entendida como o famoso “Quem não faz leva”.
Pois o Sampaio pode ter jogado fora o acesso para a Segundona em razão de uma pane que tornou, por alguns (mas decisivos) minutos, uma jornada fácil em grande fonte de preocupações para a comissão técnica.
Não vi o segundo e o terceiro gol do Macaé. Vi o primeiro: uma excelente troca de passes, a bola de pé em pé, até estufar a rede defendida pelo bom, ainda que meio estabanado Rodrigo Ramos. O time fluminense mostrou por que classificou-se em primeiro no Grupo B. Por outro lado, também vi os cinco do Sampaio. As excelentes atuações de Kível e Lucas – cada um responsável por legítimos golaços – mostraram que o treinador Flávio Araújo entende muito bem que a reposição de peças é fundamental para uma campanha bem-sucedida em torneios de tiro longo, como é o caso do Nacional.
No fim das contas, a bola acabou punindo o Tubarão.
O Sampaio cansou, na reta final? Pode ter acontecido. No entanto, acredito que surgiu no segundo tempo o famoso salto alto. Pude percebê-lo em determinados lances, como o desnecessário toque de letra de Kível na grande área do Macaé e as defesas de efeito de Rodrigo Ramos, de “mão trocada”, mandando a bola para escanteio quando poderia muito bem agarrá-la sem problemas.
Não se está aqui torcendo contra. O Sampaio já mostrou que tem futebol suficiente para vencer ou mesmo arrancar um empate, no Rio de Janeiro.

Desde que o time,obrigatoriamente, sério e humilde do primeiro ao último minuto.

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