domingo, setembro 22, 2013

Poeta ganês Koni Awoonor está entre vítimas de ataque no Quênia Comente

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Atentado terrorista no Quênia48 fotos

22.set.2013 - Militares quenianos tomam posição dentro do shopping Westgate, em Nairóbi, no Quênia, onde um tiroteio deixou dezenas de mortos, na manhã de sábado (22). A ação já dura mais de 24h e a polícia trabalha para libertar reféns. O grupo islâmico Al-Shabab assumiu ontem a autoria do ataque. Eles já haviam ameaçado atacar a capital queniana em 2011, em represália contra o envio de tropas à Somália Leia mais Nichole Sobecki/AFP
O Governo de Gana confirmou neste domingo (22) a morte do poeta Kofi Awoonor durante o ataque a um shopping de Nairóbi por fundamentalistas islâmicos, que matou pelo menos 59 pessoas no sábado.

O Executivo ganês mostrou seu pesar pela morte do prestigiado escritor de 78 anos, que morreu no ataque armado ao centro comercial onde os terroristas continuam entrincheirados com cerca de 30 reféns.

Saiba mais sobre o grupo islâmico Al-Shabab

  • Grupo responsável pelo ataque ao shopping chegou a controlar boa parte da Somália

O filho de Awoonor, que também estava no local no momento do atentado -reivindicado pela milícia islâmica somali Al-Shabab-, ficou ferido mas está recebendo tratamento, informou a embaixada de Gana em Nairóbi à Agência de Notícias Ganesa.

Nascido em 1935 na cidade de Wheta, Awoonor refletiu através de sua poesia as tradições do povo ewe, ao qual pertencia, além das consequências da colonização de sua terra por parte das potências europeias. Professor da Universidade de Gana, estudou no Reino Unido, onde escreveu vários roteiros de rádio para a "BBC".

O poeta era uma figura destacada da vida cultural de seu país, onde dirigia uma produtora de filmes que rodou uma obra baseada em sua vida.

Awoonor foi exilado pouco depois que o presidente ganês Kwame Nkrumah foi derrubado através de um golpe de Estado em 1966. Retornou em 1975, após ter vivido nos Estados Unidos, onde completou os estudos e trabalhou como professor universitário.

Pouco após sua volta a Gana, o escritor foi detido por suposto envolvimento em um golpe de Estado, e passou dez meses na prisão, uma experiência que inspirou um de seus livros de poemas mais consagrados.

Após a saída da prisão, Awoonor redobrou a atividade política, e entre 1990 e 1994 foi o embaixador de Gana nas Nações Unidas, cargo a partir do qual liderou o comitê contra o apartheid sul-africano.


sábado, setembro 21, 2013

Papa Francisco anuncia novas mudanças na Cúria Romana

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2013/09/21/papa-francisco-anuncia-novas-mudancas-na-curia-romana.htm

EFE

Cidade do Vaticano, 21 set (EFE).- O papa Francisco anunciou neste sábado novas mudanças na Cúria Romana, entre elas a nomeação do arcebispo Beniamino Stella como responsável pela Congregação para o Clero, dicastério vaticano que se ocupa dos seminaristas e sacerdotes.

Stella, de 72 anos, foi núncio em Cuba e na Colômbia e presidia atualmente a Pontifícia Academia Eclesiástica. Agora, ele substitui o cardeal Mauro Piacenza, de 69 anos, designado ao cargo três anos atrás.
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Qual foi a melhor frase do papa Francisco no Brasil? Vote16 fotos

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27.jul.2013 - "Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo", disse o pontífice, em discurso direcionado a autoridades, diplomatas, políticos e artistas, no Theatro Municipal, na área central do Rio de Janeiro. Segundo ele, um país cresce quando dialogam de modo construtivo as suas diversas riquezas culturais. "Quando os líderes dos diferentes setores me pedem um conselho, a minha resposta é sempre a mesma: diálogo, diálogo, diálogo", afirmou Leia maisArte/UOL

Pacienza agora assumirá a Penitenciária Apostólica, responsável pelas indulgências. A função era anteriormente do cardeal português Manuel Monteiro de Castro, que completou 75 anos em março, atingindo a idade de aposentadoria dos religiosos.

O papa Francisco anunciou também a substituição do arcebispo croata Nikola Eterovic, até o momento secretário do Sínodo dos Bispos, que deixa o cargo após 9 anos, dando lugar ao arcebispo italiano Lorenzo Baldisseri, de 73 anos, que era Secretário da Congregação dos Bispos.

Eterovic, por outro lado, foi nomeado como núncio apostólico na Alemanha.

Francisco confirmou o cardeal italiano Fernando Filoni como prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos e o alemão Ludwig Müller como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Quanto a Congregação para o Clero, o papa confirmou como secretário deste dicastério o espanhol Celso Morga Iruzubieta. Já o responsável para os seminaristas passa a ser o mexicano Jorge Carlos Patrón Wong.

O novo responsável pela Pontifícia Academia Eclesiástica, escola diplomática da Santa Sé, agora é o italiano Giampiero Gloder.

Desde que Francisco iniciou pontificado, a mudança mais importante na Cúria foi a nomeação de Pietro Parolin, como substituto de Tarsicio Bertone na Secretaria de Estado do Vaticano.

terça-feira, setembro 17, 2013

Com falha de Felipe Melo e três de Ronaldo, Real Madrid goleia na estreia

http://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/liga-dos-campeoes/pos-jogo/2013/09/17/galatasaray-x-real-madrid.htm

Do UOL, em São Paulo

Com uma falha do brasileiro Felipe Melo e três gols do português Cristiano Ronaldo, o Real Madrid começou com uma goleada a trajetória na temporada 2013/2014 da Liga dos Campeões da Uefa. A despeito de ter atuado fora de casa, o time espanhol bateu o Galatasaray por 6 a 1 na tarde desta terça-feira.
O segundo gol da equipe merengue, marcado por Benzema, nasceu em um desvio errado de Felipe Melo. E Cristiano Ronaldo, que vinha tendo atuação apagada até o início do segundo tempo, balançou as redes três vezes na metade final do duelo. Foi o primeiro jogo do português após ter renovado contrato com o Real Madrid em negociação que fez dele o jogador mais bem pago do planeta.
A goleada ratificou o histórico recente do Real Madrid na Liga dos Campeões da Uefa. O time espanhol foi o que mais balançou as redes na edição passada da competição, com 26 gols em 218 finalizações.
Outro aspecto em que o Real Madrid repetiu a temporada passada foi a falta de controle do jogo. Na Liga dos Campeões 2012/2013, o time espanhol não ficou sequer entre os dez primeiros em posse de bola. Nesta terça-feira, a equipe merengue voltou a apostar num modelo baseado em velocidade e contragolpes certeiros.
Com o resultado, o Real Madrid iniciou o Grupo B da Liga dos Campeões da Uefa com a liderança absoluta. Copenhague e Juventus, que empataram por 1 a 1 nesta terça-feira, têm um ponto. O Galatasaray, sem pontos, ocupa a lanterna.
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Início da Liga dos Campeões30 fotos

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17.09.2013 - Van Persie bate de primeira e faz gol para o Manchester United contra o Bayer Leverkusen pela Liga dos Campeões Leia mais AFP PHOTO/ANDREW YATES
A principal novidade do técnico Carlo Ancelotti na escalação do Real Madrid para o jogo desta terça-feira foi a presença do goleiro Casillas entre os titulares. Ele ganhou a posição de Diego López, que vinha defendendo a meta merengue.
E logo de cara, aos 2min, o brasileiro Felipe Melo exigiu complicada intervenção de Casillas em um chute de longa distância. O Real Madrid chegou a responder com uma finalização de Cristiano Ronaldo aos 5min, mas o Galatasaray teve o domínio do início do jogo.
A presença de Casillas, contudo, durou apenas 12 minutos. O goleiro sofreu um choque do companheiro Sergio Ramos, reclamou de dores nas costas e foi substituído por Diego López aos 15min da etapa inicial.
Com López em campo, o Real Madrid continuou inferior. O Galatasaray era mais incisivo, e a grande chance dos anfitriões aconteceu aos 30min, quando Sneijder cobrou escanteio e Felipe Melo desviou de cabeça. Mais uma vez, a conclusão do brasileiro parou nas mãos do goleiro merengue.
Quando o Real Madrid era pior, Isco resolveu. O meio-campista recebeu lançamento longo aos 33min do primeiro tempo, dominou a bola no peito dentro da área, livrou-se da marcação e finalizou no canto direito baixo de Fernando Muslera.
O gol mudou o panorama do jogo, que passou a ser mais adequado à velocidade do Real Madrid. O time espanhol começou a encontrar mais espaços, sobretudo nas bolas longas, e equilibrou o duelo a partir do trecho final do primeiro tempo.
Foi em uma bola longa, na etapa final, que o Real Madrid conseguiu o segundo gol. Aos 9min, Felipe Melo tentou cortar um lançamento e desviou de cabeça para trás. A bola foi interceptada por Benzema, que ficou cara a cara com Muslera e bateu colocado.
A diferença de velocidade entre as duas equipes era visível. Em um lance rápido, aos 18min, Di María conduziu pela direita e cruzou. A bola passou por Muslera e sobrou no segundo pau para Isco, que ajeitou de cabeça para Ronaldo marcar.
Artilheiro da Liga dos Campeões na temporada passada, o português tinha atuação apagada até então. No entanto, o camisa 7 voltou a balançar as redes aos 21min do segundo tempo, três minutos depois do primeiro dele. Bale, que havia acabado de entrar, cobrou falta da direita na cabeça de Sergio Ramos. Muslera defendeu a conclusão do defensor, mas a sobra ficou nos pés de Ronaldo.
Aos 36min, Ronaldo contribuiu com uma assistência. Ele recebeu passe na esquerda e cruzou rasteiro para Benzema marcar o segundo no duelo. O Galatasaray ainda descontou com gol de Bulut aos 39min, mas a partida já estava definida. Com os contragolpes à disposição, o Real Madrid controlava totalmente o ritmo e voltou a marcar aos 46min, em um golaço de Cristiano Ronaldo após lance individual pela esquerda.
Copenhague x Juventus
Na Dinamarca, o Copenhague começou melhor do que a Juventus. O time italiano cometia muitas faltas no início do duelo, e uma delas permitiu que Bengtsson lançasse para Jorgensen abrir o placar aos 14min.
Depois do gol, contudo, a Juventus teve as melhores oportunidades do primeiro tempo. A equipe italiana controlava a bola, conseguia manter as ações no campo de ataque e exigiu difíceis defesas do goleiro Wiland.
O empate da Juventus, contudo, só aconteceu aos 9min do segundo tempo. Após cruzamento de Peluso, Quagliarella desviou para as redes e definiu o resultado da partida.

Personagens da Partida

Melhores

  • Isco 
    Em seu primeiro jogo com a camisa do Real Madrid na Liga dos Campeões, Isco participou da maioria das jogadas ofensivas da equipe espanhola
  • Cristiano Ronaldo 
    Cristiano Ronaldo fazia partida apagada até o segundo tempo, mas mostrou presença de área e marcou três vezes

Piores

  • Felipe Melo 
    Brasileiro foi um dos destaques do Galatasaray no primeiro tempo, mas falhou no lance do segundo gol do Real Madrid
  • Pepe 
    Apesar da goleada, brasileiro levou um amarelo e permitiu a antecipação de Bulut, que marcou o gol dos turcos no segundo tempo

Resumo da Partida

Galatasaray1x6Real Madrid
Técnico:Técnico:
25. Muslera
27. Eboue
21. Chedjou
13. Nounkeu
77. Riera Cartão amarelo
3. Felipe Melo Cartão amarelo
8. Selçuk Inan
Saiu50. Engin Baytar
Entrou20. Bruma
10. Sneijder
Saiu17. Yilmaz
Entrou19. Bulut Gol
Saiu11. Drogba
Entrou53. Amrabat Cartão amarelo
Saiu1. Casillas
Entrou25. Diego López
15. Carvajal
3. Pepe Cartão amarelo
4. Sergio Ramos
17. Arbeloa
6. Khedira
Saiu19. Modric
Entrou24. Illarramendi
Saiu23. Isco Gol
Entrou11. Gareth Bale
22. Di María
7. Cristiano Ronaldo Gol Gol Gol
9. Benzema Gol Gol
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segunda-feira, setembro 16, 2013

MUDANÇA DE ARES



Em recente declaração, Stefano Domenicali afirmou que, após 12 anos, chegou a hora de Felipe Massa buscar “novos ares” em sua carreira.
É o tipo de sugestão que se faz a quem está muito bem de vida, não é não? Mais ou menos assim: “Durante tantos anos, acumulei um patrimônio que equivale a x+y=$$$$. Aproveito que ainda sou o rei da cocada preta, saio pela porta da frente e vou curtir a vida. Não sei se adoidado, mas vou curtir”.
Na verdade, essa de jeito nenhum é a praia de Massa. Mesmo que não fosse casado e pai de família, você olha para ele e vê um pacato cidadão – alguém incapaz de participar de uma dessas noitadas regadas a muito sexo, drogas e pouquíssimo rock. Muito menos ainda de ser flagrado aos beijos e abraços com alguma periguete boazuda.
O rótulo de bad boy sem dúvida alguma jamais será associado a Felipe. Tanto é que ele não fez nenhum estardalhaço quando soube que não pilotaria mais pela Ferrari depois desta temporada. Tanto é que se absteve de comentários ferinos a respeito da escolha de Kimi Raikkonen como seu substituto.
As opiniões ácidas e afiadas ficaram por conta de Mark Webber – que aguarda tranquilamente o momento de se transferir para outra categoria. O australiano já disse que Raikkonen simplesmente vai “esquentar banco” para Vettel. Disse isso porque, na opinião dele (e na de poucos, vocês podem ter certeza), o que mais deseja Luca di Montezemolo é tirar Sebastian da RBR quando terminar o contrato do alemão, em 2015.
Massa não pensa desse jeito – se é que pensa desta forma. Mas façamos um bom exercício de extrapolação e imaginemos que ele, numa roda de amigos (os bons, os de verdade, os que não se importam com o fato de ele ainda ser o rei da cocada preta), analise a situação da seguinte forma: Vettel, se puder, vai permanecer na Red Bull até dizer já chega. Por que sair de um time que joga para ganhar todo santo ano? Por que jogar a chance de alcançar e mesmo superar o número de títulos obtidos por Schumacher? Vai fazer pouco sentido vê-lo arrumar as malas e se mandar para Maranello.
Quanto a Massa, talvez não saia da Fórmula 1 ao fim da temporada. Nicolas Todt, seu empresário, já articula para que a “mudança de ares” aconteça na Lotus. Vá que ocorra. Porque, pensando bem – com as chances cada vez mais remotas de Felipe Nasr -, a gente acordar às nove da manhã dos domingos de grande prêmio e não ver um brasileiro no grid, à espera da largada, vai dar no mesmo que assistir a um fantástico amistoso entre San Marino e Ilhas Faroe.
Por essa razão, meu caro Felipe Massa, fique onde está.



A ROMARIA



Romeiro, de pé no chão, mas sem a vela na mão.
            Não havia promessas a serem pagas, quando a romaria para São José de Ribamar chegou ao retorno da Forquilha. Pelo menos, não por mim. Tudo o que eu queria era me acertar diretamente com o Criador. Pedir perdão pelas minhas falhas – poucas, mas no meu entendimento significativas. Sem a necessidade de intermediários – mesmo que o “advogado” fosse São José de Ribamar – cuja família rumava para a cidade balneária em um carro que começou a dar problemas já nas imediações da Maiobinha. Foi necessário alguns dedicados devotos empurrarem o automóvel. E nesse empurra-empurra chegaram mais rápido do que o trio elétrico no qual viajavam os padres e os animadores da caminhada. E sem essa animação o trajeto teria sido muito complicado, por causa do calor e de alguns malas, que tentaram embaçar o processo.
            Os malas estão por toda parte, mesmo. Todo ano é isso: os babacas, sem São José no coração, em vez de brincar, festejar, primar pela diversão na exaltação, enchem a cara, se estranham com outros malas piores do que eles e promovem ilhas de confusão que procuraram arruinar a felicidade de quem “pernava” imbuído com os melhores propósitos de louvar a santidade do pai de Jesus Cristo. Ainda bem que a Polícia Militar colocou logo no bolso esses três ou quatro infelizes – assim pudemos seguir caminhando e cantando – e seguindo a canção.
            O que mais me agradou foi constatar que a romaria não é um teste de resistência e fé apenas para católicos. Eu a vi como uma grande confraternização, voltada não apenas para o apostólicos romanos. Todos os praticantes dos credos religiosos vigentes podiam participar. Podem fazer parte no ano que vem. Ou enquanto a romaria existir e persistir. Porque é popular, e tudo o que apresenta essa característica – desde que organizado com todo o cuidado, todo o profissionalismo – pode muito bem ser mais importante do que os Rock in Rio da vida.
            Já em Ribamar acontece um fenômeno interessante. A pessoa caminha durante seis, sete horas e, em vez de assistir à Missa da Acolhida, simplesmente desaba na praça principal e dorme que ronca. Eu, não. Logo depois de assistir à celebração da na concha acústica, dou uma passada na área ao redor das enormes estátuas de São José e do Menino Jesus. Para assistir ao espetáculo da alvorada na faixa litorânea pertencente ao município-santuário. Depois, antes de voltar para casa, me dirijo até o porto. É engraçado. Conheço gente que mora perto de praia me diz que gostaria de ficar longe de água salgada. Eu, se pudesse, faria o movimento contrário. Fico me imaginando adormecendo ao som da melodia do oceano. Sonho de consumo.
            Enquanto não se realiza, vamos participando da romaria. Sempre com os pés no chão, mas sem a vela na mão. Porque não é tempo para promessas e sim de arrependimento. Levar à mão ao peito esquerdo e sentir o coração bater contrito, angustiado, em busca do perdão divino que pode ou não ser obtido.
            Na romaria, entendi que a remissão dos meus pecados poderia se dar pelas minhas atitudes a partir deste momento. Dos pequenos gestos cotidianos, que talvez signifiquem passadas largas rumo à salvação.
            Agora, se não funcionarem e eu me dar mal no Dia do Juízo, pelo menos a gente se divertiu por demais. Creio que ainda estou no lucro, meu povo.

segunda-feira, setembro 09, 2013

FICOU DIFÍCIL

É muito legal ver gente que, além de gostar do que faz, parece tornar muito fácil seu trabalho aos olhos do mundo.
A lista de notáveis é curta, mas significativa: Isinbayeva, Bolt, Messi, Federer, Nadal e, pelo que aconteceu ontem (na data em que São Luís do Maranhão “comemorou” 401 anos), o futuro tetracampeão da Fórmula 1 – Sebastian Vettel.
Ontem, na entrevista coletiva após o Grande Prêmio da Itália, em Monza, Fernando Alonso, segundo colocado na prova, foi para lá de honesto. De acordo com a sua avaliação, o título da competição deste ano já está nas mãos do jovem piloto alemão e só uma catástrofe para impedi-lo de realizar a façanha.
"Precisamos ter sorte e precisamos ter algumas desistências de Seb ou algo para ganhar o campeonato. Com as corridas restantes e com os pontos de desvantagem, fica difícil", reconheceu.
Com o triunfo, Vettel obteve 222 pontos. Alonso chegou a 169. Entendo que, se cruzar a linha de chegada no primeiro posto em Cingapura (dia 22), na Coreia do Sul (6/10) e no Japão (13/10), apenas passeará pelo resto da temporada. Mesmo que não vença nenhuma das corridas mencionadas, se mantiver a regularidade, chegando ao pódio em todas, o resultado será o mesmo. Não ficou apenas com a faca e o queijo. Por seus méritos, virou o dono do presunto, da mortadela e da cocada preta. Para resumir a história, ficou mesmo difícil.
Sempre antes de sentar na frente do computador para escrever este comentário, dou uma olhada no que gente muito melhor e mais profissional na área viu ou entendeu sobre a corrida ou os bastidores da guerra fria que se trava nos bastidores da Fórmula 1 e a imprensa, de uma maneira geral, não divulga porque não quer provocar debandada dos telespectadores em nível internacional.
Alguns analistas afirmam que o GP de Monza teve “pitadas consideráveis de marasmo”. Sem dúvida, mas quem tem mais de 30 anos e gosta muito da principal categoria do automobilismo certamente se lembra daquelas corridas que Ayrton Senna vencia de uma ponta à outra procedendo da mesma forma que Sebastian hoje em dia: resistindo à pressão inevitável e obrigatória de quem larga atrás, abrindo uma distância cômoda nas primeiras voltas e tocando a boiada até a derradeira volta.
O foco certamente se modificou com a mudança de nacionalidade do piloto em evidência no grid.
Mais uma vez, para não dizerem que não comentei: a situação da Ferrari no fim de semana descambou para o absurdo total. No sábado, jornalistas interesseiros e irresponsáveis já colocavam Felipe Massa fora da Ferrari. Então, no momento em que o brasileiro rema contra a maré e garimpa ao menos o terceiro lugar, a equipe vacila e deixa Webber passá-lo.

Assim não pode, assim não dá.