É muito legal ver gente que, além de
gostar do que faz, parece tornar muito fácil seu trabalho aos olhos do mundo.
A lista de notáveis é curta, mas
significativa: Isinbayeva, Bolt, Messi, Federer, Nadal e, pelo que aconteceu
ontem (na data em que São Luís do Maranhão “comemorou” 401 anos), o futuro
tetracampeão da Fórmula 1 – Sebastian Vettel.
Ontem, na entrevista coletiva após o
Grande Prêmio da Itália, em Monza, Fernando Alonso, segundo colocado na prova,
foi para lá de honesto. De acordo com a sua avaliação, o título da competição
deste ano já está nas mãos do jovem piloto alemão e só uma catástrofe para
impedi-lo de realizar a façanha.
"Precisamos ter sorte e
precisamos ter algumas desistências de Seb ou algo para ganhar o campeonato.
Com as corridas restantes e com os pontos de desvantagem, fica difícil",
reconheceu.
Com o triunfo, Vettel obteve 222
pontos. Alonso chegou a 169. Entendo que, se cruzar a linha de chegada no
primeiro posto em Cingapura (dia 22), na Coreia do Sul (6/10) e no Japão
(13/10), apenas passeará pelo resto da temporada. Mesmo que não vença nenhuma
das corridas mencionadas, se mantiver a regularidade, chegando ao pódio em
todas, o resultado será o mesmo. Não ficou apenas com a faca e o queijo. Por
seus méritos, virou o dono do presunto, da mortadela e da cocada preta. Para
resumir a história, ficou mesmo difícil.
Sempre antes de sentar na frente do
computador para escrever este comentário, dou uma olhada no que gente muito
melhor e mais profissional na área viu ou entendeu sobre a corrida ou os
bastidores da guerra fria que se trava nos bastidores da Fórmula 1 e a
imprensa, de uma maneira geral, não divulga porque não quer provocar debandada
dos telespectadores em nível internacional.
Alguns analistas afirmam que o GP de
Monza teve “pitadas consideráveis de marasmo”. Sem dúvida, mas quem tem mais de
30 anos e gosta muito da principal categoria do automobilismo certamente se
lembra daquelas corridas que Ayrton Senna vencia de uma ponta à outra
procedendo da mesma forma que Sebastian hoje em dia: resistindo à pressão
inevitável e obrigatória de quem larga atrás, abrindo uma distância cômoda nas
primeiras voltas e tocando a boiada até a derradeira volta.
O foco certamente se modificou com a
mudança de nacionalidade do piloto em evidência no grid.
Mais uma vez, para não dizerem que não
comentei: a situação da Ferrari no fim de semana descambou para o absurdo
total. No sábado, jornalistas interesseiros e irresponsáveis já colocavam
Felipe Massa fora da Ferrari. Então, no momento em que o brasileiro rema contra
a maré e garimpa ao menos o terceiro lugar, a equipe vacila e deixa Webber
passá-lo.
Assim não pode, assim não dá.
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