segunda-feira, setembro 09, 2013

FICOU DIFÍCIL

É muito legal ver gente que, além de gostar do que faz, parece tornar muito fácil seu trabalho aos olhos do mundo.
A lista de notáveis é curta, mas significativa: Isinbayeva, Bolt, Messi, Federer, Nadal e, pelo que aconteceu ontem (na data em que São Luís do Maranhão “comemorou” 401 anos), o futuro tetracampeão da Fórmula 1 – Sebastian Vettel.
Ontem, na entrevista coletiva após o Grande Prêmio da Itália, em Monza, Fernando Alonso, segundo colocado na prova, foi para lá de honesto. De acordo com a sua avaliação, o título da competição deste ano já está nas mãos do jovem piloto alemão e só uma catástrofe para impedi-lo de realizar a façanha.
"Precisamos ter sorte e precisamos ter algumas desistências de Seb ou algo para ganhar o campeonato. Com as corridas restantes e com os pontos de desvantagem, fica difícil", reconheceu.
Com o triunfo, Vettel obteve 222 pontos. Alonso chegou a 169. Entendo que, se cruzar a linha de chegada no primeiro posto em Cingapura (dia 22), na Coreia do Sul (6/10) e no Japão (13/10), apenas passeará pelo resto da temporada. Mesmo que não vença nenhuma das corridas mencionadas, se mantiver a regularidade, chegando ao pódio em todas, o resultado será o mesmo. Não ficou apenas com a faca e o queijo. Por seus méritos, virou o dono do presunto, da mortadela e da cocada preta. Para resumir a história, ficou mesmo difícil.
Sempre antes de sentar na frente do computador para escrever este comentário, dou uma olhada no que gente muito melhor e mais profissional na área viu ou entendeu sobre a corrida ou os bastidores da guerra fria que se trava nos bastidores da Fórmula 1 e a imprensa, de uma maneira geral, não divulga porque não quer provocar debandada dos telespectadores em nível internacional.
Alguns analistas afirmam que o GP de Monza teve “pitadas consideráveis de marasmo”. Sem dúvida, mas quem tem mais de 30 anos e gosta muito da principal categoria do automobilismo certamente se lembra daquelas corridas que Ayrton Senna vencia de uma ponta à outra procedendo da mesma forma que Sebastian hoje em dia: resistindo à pressão inevitável e obrigatória de quem larga atrás, abrindo uma distância cômoda nas primeiras voltas e tocando a boiada até a derradeira volta.
O foco certamente se modificou com a mudança de nacionalidade do piloto em evidência no grid.
Mais uma vez, para não dizerem que não comentei: a situação da Ferrari no fim de semana descambou para o absurdo total. No sábado, jornalistas interesseiros e irresponsáveis já colocavam Felipe Massa fora da Ferrari. Então, no momento em que o brasileiro rema contra a maré e garimpa ao menos o terceiro lugar, a equipe vacila e deixa Webber passá-lo.

Assim não pode, assim não dá.

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