A temporada 2013 da
Fórmula 1 chegou ao fim. Terminou com o tetracampeonato de Sebastian Vettel, o
Demolidor de Recordes – definição de Galvão Bueno, em nova tentativa de
empolgar o telespectador após mais uma corrida com poucas emoções. Ainda que,
pela largada, tenha dado a entender que seria a melhor do ano.
O problema foi não ter
chovido. Jamais deixarei de repetir que aguaceiros são muito bem-vindos para
qualquer grande prêmio. Como São Pedro não colaborou, as Red Bulls deram o
baile de sempre. Ocorreu uma inédita confusão nos boxes – momento “Os
Trapalhões” da equipe que também tem a marca histórica do pit stop mais rápido,
estabelecido na prova de Austin, nos Estados Unidos.
O abandono de Romain
Grosjean logo no princípio também não foi legal para a prova no Autódromo José
Carlos Pace. A Lotus nas últimas corridas vinha desenvolvendo um sistema de
estratégias de fato muito interessante, razão pela qual “intrometeu-se” no
passeio da Red Bull no Texas. E era um dos pilotos candidatos ao pódio.
Coube novamente a
Fernando Alonso protagonizar algumas das últimas emoções da Fórmula 1 este ano,
lutando curva atrás de curva com Webber. Seu terceiro lugar foi mais do que
merecido por tudo o que fez nas pistas ao longo de 2013, fazendo por merecer
sua condição de primeiro piloto da Ferrari.
O que nos faz pensar em
Felipe Massa. Um vacilo dele mesmo tirou-o do pódio. Sim, ficam na história e
no coração as homenagens prestadas pela equipe que defendeu durante tantos
anos. Por outro lado, o que aconteceu com ele ontem (o drive-through que o fez perder as estribeiras e a esportiva)
mostrou como ele não se transfere para a Williams com a cotação dos seus
dólares em alta. Espera-se que tenha um bom desempenho em 2014, como
autoproclamado “líder” na escuderia de Frank e Claire. Vamos ver no que vai
dar, certo?
Por fim, acho que a
grande imagem da corrida de ontem foi a despedida de Mark Webber. Ao tirar o
capacete na “volta dos vencedores”, o australiano respirou o ar frio de São
Paulo, sentiu no rosto os respingos da garoa e – suponho – deve ter pensado da
seguinte forma: “Saio de cabeça erguida”. Ou então o que lhe passou pela cabeça
foi a sensação do dever cumprido, de ter trabalhado da melhor forma possível
para não se encontrar numa situação de inferioridade. Não se conformou e foi à
luta.
Não deixa a Fórmula 1
como campeão, mas sim como um profissional correto e respeitado. Título muito
mais importante.
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