quarta-feira, novembro 20, 2013

ENQUANTO INTERLAGOS NÃO VEM

Enquanto Interlagos não aparece na telinha, disparo algumas notas aleatoriamente. Algumas balas automobilísticas quase perdidas, porque têm como endereço certo o entretenimento de quem ainda gosta de ver corrida de automóvel. Ou não, como bem já dizia o Caetano.
            1 – Durante almoço com a imprensa realizado na tarde desta quarta-feira, Felipe Massa não quis nem saber dessa história de ser piloto pagante no grid de 2014 da Fórmula 1. “Não quis ser prostituta”, ele disse. Uma declaração tola, porque imbecil. Arremessa uma carapuça injusta para cima de pilotos como Maldonado. Massa prefere esquecer as corridas nas quais cometeu atitudes antidesportivas para beneficiar Fernando Alonso. Conheço algumas “acompanhantes” que teriam ficado com a tal da vergonha alheia, se soubessem dessa baixeza.
            2 – Chuvas sempre foram a salvação da lavoura, em matéria de F-1. Impedem que uma corrida se transforme em uma procissão de automóveis e volta e meia permitem que o mais improvável dos pilotos seja o vencedor. Lembrem-se de Fisichella em São Paulo em 2003. Mas essa história de molhar trechos de uma pista beira o provincianismo. Chega a ser motivo de riso pensar que a alta cúpula da categoria já tenha pensado em uma atitude tão estapafúrdia. Para um GP se tornar emocionante, basta que todos ou pelo menos três ou quatro equipes estejam mais ou menos em igualdade de condições. Simples assim.
            3 – Em razão da falta de pilotos de “alto nível”, Lewis Hamilton torce pela volta de Rubinho ao Circo da Velocidade. Já expressei alhures minha opinião a respeito de um possível retorno de Barrichello ao grid. Acredito que seria um erro. Do tamanho ou ainda mais grave do que cometeu Schumacher. Caso pilote novamente na F-1, Rubens correrá por equipes intermediárias. Passaria uma temporada inteira sem ir além, nos treinos de sábado, do Q2. E olhem lá. Não acho que seria uma boa, logo para alguém que foi um piloto com uma história muito interessante. Sem títulos, mas com ótimos desempenhos em grande número de corridas.
            4 – Quanto a não aparecerem pilotos de “alto nível”, acredito que exista uma linha muito tênue entre os bestas e os bestiais. Hamilton teria sido campeão do mundo se estivesse numa Super Aguri (uma das piores em 2008)? Nessa mesma temporada, na Toro Rosso, Sebastian Vettel foi o oitavo no mundial, com 35 pontos. Coloquem Hamilton na Marussia e levem Jules Bianchi para a Mercedes. Sem bons exercícios de imaginação, a vida fica muito devagar, quase parando.

            5 – Os motores turbo comprimidos de baixa cilindrada serão reintroduzidos na Fórmula 1. É parte do processo de redução de custos que vai marcar a categoria de 2014 para a frente. Vai dar certo? Vai dar errado? Acompanhemos os próximos capítulos.

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