quarta-feira, setembro 25, 2013

Globo e Renault podem ser peças-chave para Massa na Lotus

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A peça-chave para determinar o futuro de Felipe Massa na Fórmula 1 pode ter surgido hoje. A notícia de que a Renault quer voltar a investir pesado na categoria, através de sua parceria com a Lotus, pode abrir as portas para o brasileiro na equipe de Enstone. E qual a relação de Massa com a fabricante francesa? Explico: a Renault, que patrocina as transmissões da Globo há bastante tempo, renovou o contrato com a emissora para 2014. Capiche?
Dentro deste novo possível cenário da Renault forte dentro da Lotus, Massa seria o piloto ideal para alavancar os ganhos publicitários da companhia no Brasil – um dos mercados automotivos mais importantes do mundo. O acordo pode estar sendo costurado, inclusive, por Bernie Ecclestone. O chefão sabe que a categoria não pode ficar sem um brasileiro no grid na próxima temporada. Seria desastroso perder audiência no País que mais consome F1 no mundo.
Massa ao lado de Bruno Senna, em Abu Dhabi, 2011. Tanto a nova, quanto a 'velha' Lotus têm uma longa tradição com brasileiros: Ayrton Senna, Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet.
O chefe da Lotus, Eric Boullier, já disse que há 50% de chances para Massa e 50% para Hulkenberg. E apesar de a equipe jurar que a escolha será técnica e não financeira, é de se estranhar o fato de as negociações durarem tanto tempo. De fato, as promessas devem estar sendo feitas de todos os lados. O piloto que oferecer uma melhor condição econômica ao time, deve ficar com a vaga. Não custa lembrar que a Lotus passa por dificuldades financeiras e que Kimi Raikkonen disse que optou pela Ferrari em 2014 por não receber todos os salários acordados com a Lotus.
Para a Globo, essa possibilidade de desfecho da novela parecer ser o final feliz que tanto se espera. A torcida brasileira teria o ânimo renovado com Massa em uma equipe nova, onde não precisaria se submeter ao jogo de equipe, tão usual na Ferrari. Mesmo com o cenário de incertezas para o desenvolvimento dos carros para 2014, é de se esperar uma Lotus competitiva. Brasileiro com chances é igual a aumento da audiência, que resulta em mais grana para a emissora. Simples assim.
A Renault, que atualmente fornece motores para a Red Bull, Lotus, Williams e Caterham, teria muito interesse em apagar a mancha deixada pelo escândalo protagonizado por Flavio Briatore e Nelsinho Piquet em 2008, quando o então chefe da equipe mandou Piquet bater de propósito para provocar um carro de segurança e beneficiar Alonso, que venceu a prova em Cingapura. Passados 5 anos do episódio, já é tempo da companhia limpar a sujeira.
Por fim, a última parte, mas ao mesmo tempo a mais interessada nisto tudo, o piloto brasileiro teria tudo a ganhar dentro da nova equipe. Teria a chance de ser o piloto número 1 por contrato, algo que seria impossível na Ferrari, e de vencer o inconstante Grosjean, brigar por pódios e quem sabe algo mais.
Com este script, tudo acaba bem para todos os lados: Lotus, Renault, Massa e Globo. Que tal? É claro que é especulação. Mas, me digam: qual é a graça de discutirmos o desempenho de Vettel neste final de temporada? Acordem: a temporada 2014 já começou.

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