A peça-chave para determinar o futuro de Felipe Massa na Fórmula 1 pode ter surgido hoje. A notícia de que a Renault quer voltar a investir pesado na categoria, através de sua parceria com a Lotus, pode abrir as portas para o brasileiro na equipe de Enstone. E qual a relação de Massa com a fabricante francesa? Explico: a Renault, que patrocina as transmissões da Globo há bastante tempo, renovou o contrato com a emissora para 2014. Capiche?
Dentro deste novo possível cenário da Renault forte dentro da Lotus, Massa seria o piloto ideal para alavancar os ganhos publicitários da companhia no Brasil – um dos mercados automotivos mais importantes do mundo. O acordo pode estar sendo costurado, inclusive, por Bernie Ecclestone. O chefão sabe que a categoria não pode ficar sem um brasileiro no grid na próxima temporada. Seria desastroso perder audiência no País que mais consome F1 no mundo.
O chefe da Lotus, Eric Boullier, já disse que há 50% de chances para Massa e 50% para Hulkenberg. E apesar de a equipe jurar que a escolha será técnica e não financeira, é de se estranhar o fato de as negociações durarem tanto tempo. De fato, as promessas devem estar sendo feitas de todos os lados. O piloto que oferecer uma melhor condição econômica ao time, deve ficar com a vaga. Não custa lembrar que a Lotus passa por dificuldades financeiras e que Kimi Raikkonen disse que optou pela Ferrari em 2014 por não receber todos os salários acordados com a Lotus.
Para a Globo, essa possibilidade de desfecho da novela parecer ser o final feliz que tanto se espera. A torcida brasileira teria o ânimo renovado com Massa em uma equipe nova, onde não precisaria se submeter ao jogo de equipe, tão usual na Ferrari. Mesmo com o cenário de incertezas para o desenvolvimento dos carros para 2014, é de se esperar uma Lotus competitiva. Brasileiro com chances é igual a aumento da audiência, que resulta em mais grana para a emissora. Simples assim.
A Renault, que atualmente fornece motores para a Red Bull, Lotus, Williams e Caterham, teria muito interesse em apagar a mancha deixada pelo escândalo protagonizado por Flavio Briatore e Nelsinho Piquet em 2008, quando o então chefe da equipe mandou Piquet bater de propósito para provocar um carro de segurança e beneficiar Alonso, que venceu a prova em Cingapura. Passados 5 anos do episódio, já é tempo da companhia limpar a sujeira.
Por fim, a última parte, mas ao mesmo tempo a mais interessada nisto tudo, o piloto brasileiro teria tudo a ganhar dentro da nova equipe. Teria a chance de ser o piloto número 1 por contrato, algo que seria impossível na Ferrari, e de vencer o inconstante Grosjean, brigar por pódios e quem sabe algo mais.
Com este script, tudo acaba bem para todos os lados: Lotus, Renault, Massa e Globo. Que tal? É claro que é especulação. Mas, me digam: qual é a graça de discutirmos o desempenho de Vettel neste final de temporada? Acordem: a temporada 2014 já começou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário