Quando a Fórmula 1 se encontra em uma de
suas pausas entre corridas (a próxima é semana que vem, na Coreia do Sul), o
show do intervalo corre solto. Tem notícias interessantes e outras um tanto
quanto absurdas.
Entre as que coloco na categoria
“descalabro” é essa história de Rubens Barrichello voltar para a F-1,
aproveitando uma possível vaga na Sauber, com a possível saída de Nico
Hulkenberg. Com toda a sinceridade, espero que não aconteça.
Porque nesta vida tudo tem seu ciclo. Certa
vez, numa reunião na escola em que estuda Juliana, a irmãzinha do meu filho
Gabriel (que, aliás, fez 4 anos ontem), o diretor afirmou categoricamente que
“estava” no comando da instituição, não que “era” o manda-chuva. Um cargo
efêmero, como efêmera é a situação do piloto no Circo da Velocidade.
Retorno aos trilhos: no meu
entendimento, Barrichello já cumpriu seu destino como participante do grid.
Caso esse retorno aconteça, muito provavelmente ele daria com os burros n’água
– repetindo a malsucedida volta de Michael Schumacher. Que não foi nem sombra
do tubarão ferrarista que conquistou sete título, de forma brilhante e
espetacular.
Essa conversa toda me faz pensar na GP2.
A tal “porta de entrada de jovens pilotos na Fórmula 1”. Isso de acordo com a
propaganda oficial. Mas na visão de gigantes como Luca di Montezemolo, é uma
“galhofa sem valor”. Montezemolo disparou o petardo por causa dos altos custos
da F-1, que acabam interferindo na formação dos novatos. Concordo. Por isso
Barrichello poderia voltar: reunindo patrocinadores fortes e injetando na
Sauber uma boa quantidade de grana, recursos dos quais não se valeria boa parte
dos competidores da GP2. Então, por que vendê-la como “porta de entrada” se
apenas um ou dois terão realmente essa chance?
E se não houver uma boa injeção de
grana, nada vai para a frente – principalmente em matéria de Fórmula 1. Na
semana que passou, o show do intervalo nos disse que “Globo e Renault podem ser
peças-chave para Massa na Lotus”. O autor da matéria, Marcos Chavarria, informou
o seguinte:
“Dentro deste novo possível cenário da
Renault forte dentro da Lotus, Massa seria o piloto ideal para alavancar os
ganhos publicitários da companhia no Brasil – um dos mercados automotivos mais
importantes do mundo”.
E também o país que garante à Fórmula 1
os maiores índices de audiência. O próximo GP, em Yeongam, terá sua largada às
3h do domingo, 6 de outubro. E a zumbizada lá estará, sem dúvida alguma em bom
número, para curtir as 55 voltas.
Alguém duvida?
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