sexta-feira, abril 02, 2010

FEIRA DO ACARI OU TERMINAL?

"Tudo isso tu encontra
Numa rua logo ali
É molinho de achar
É lá na feira de Acari "

Mc Batata, em sua divertida composição (feira de Acari), nos apresenta a um lugar fantástico, onde, pelo preço de um bujão, podemos comprar a geladeira, as panelas e o fogão. E onde se localizam o Mané e sua barraca, na qual as pessoas, por uma merreca, compram as pilhas e o rádio vai de graça.

Guardadas as devidas proporções, o mesmo acontece no Terminal de Integração do São Cristóvão - conforme mostram as fotos desta postagem. Não estão lá muito boas, eu sei. Reconheço que, como retratista, sou um ótimo revisor.


Estas imagens foram capturadas na quarta-feira (31/3) graças ao meu pobre celular. Como se pode ver, os vendedores de tudo comercializavam óculos escuros, badulaques e os indefectíveis DVDs piratas. Mas também havia espaço para tamancos e sandálias de todos os formatos.

É um fenômeno que só acontece no Terminal do São Cristóvão. No da Praia Grande, o máximo que vemos é alguém vendendo cremosinho, pipoca e demais guloseimas. Na Cohama, a única aporrinhação são algumas linhas, que absurdamente têm horário para sair.

O que mais impressionava, no caso em questão, era a conivência dos fiscais e dos responsáveis pela segurança do terminal. Bastava aos ambulantes pagar o valor (igualmente absurdo) de R$ 2,10 (ou a meia-passagem) para ter a oportunidade de lotear as calçadas do local.

Quer dizer que tenho toda a hipotética liberdade de fazer o mesmo se, por acaso, estiver a fim de vender uma fugurativa bomba de plutônio. Massa.

Mas tem um detalhe. Ou uma das famosas perguntas que não querem calar.

E se os ambulantes estiverem entrando no terminal sem registrar os R$ 2,10 (ou a meia-passagem) na catraca eletrônica?

Se isso estiver mesmo acontecendo, cabe aqui uma derradeira pergunta, à guisa de conclusão.

Quem poderia estar lucrando com a patranha?

Um comentário:

Laercio Campos disse...

É, meu caro, conheço bem essa realidade...