terça-feira, março 29, 2011

Alencar está "se preparando para descansar", diz médico

29/03/2011 - 14h35 Do UOL Notícias Em São Paulo O médico responsável por José Alencar, Raul Cutait, afirmou que o ex-vice-presidente da República está se preparando para descansar. “Ele está numa fase... se preparando para descansar”, disse o médico a jornalistas que estão na porta do hospital Sírio-Libanês, na região central de São Paulo. Cutait disse também que Alencar está “dormindo, confortável, com a família dele”. Mais cedo, o médico afirmou que não há mais tratamento para a atual condição de saúde do ex-vice-presidente da República. Um novo boletim médico divulgado no final desta manhã pelo hospital informou que o ex-vice-presidente está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) "em condições críticas". Segundo o boletim, Alencar, que está com quadro de oclusão (obstrução) intestinal e peritonite, está "sedado na companhia de seus familiares e estão sendo oferecidas as medidas de suporte necessárias". Em entrevista coletiva, o médico Raul Cutait, da equipe que acompanha o ex-vice-presidente, disse que não há mais possibilidade de se fazer qualquer intervenção cirúrgica em função do estado de saúde do paciente. “Ele está tomando muito analgésico e sente muita dor. A pressão está muito baixa --ele vive um momento difícil da vida dele, mas estamos dando toda as medidas de suporte para ele não sofrer”, concluiu. Alencar foi internado no início da tarde de ontem (28) às pressas, após sentir fortes dores abdominais. Segundo o boletim médico divulgado pelo hospital, as dores foram causadas por uma nova obstrução intestinal em fase crítica acompanhada de sangramento, que é uma sequela de tumores cancerígenos na região do abdômen. O ex-vice-presidente tinha recebido alta do Sírio-Libanês há 12 dias. As equipes médicas que o acompanham são coordenadas pelos médicos Paulo Hoff, Raul Cutait, Roberto Kalil Filho e Paulo Ayroza Galvão. No hospital, Alencar está acompanhado de sua mulher, dona Mariza, dos filhos e dos netos.

domingo, março 27, 2011

Gol 100 de Ceni tem foguetório, comemoração exagerada e crítica velada a CBF e Globo

27/03/2011 - 18h01 Carlos Padeiro e Paula Almeida Em São Paulo* Quase cinco minutos. Foi este período que a torcida são-paulina levou para comemorar o 100º gol de Rogério Ceni, marcado neste domingo em cobrança da falta na vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians na Arena Barueri. A marca histórica do goleiro foi atingida aos 8min do segundo tempo, quando o time tricolor já vencia por 1 a 0. E revelou um Rogério Ceni passional como poucas vezes se viu. Sempre calmo ao anotar seus gols de falta e pênalti, correndo direto para sua meta após vazar o arqueiro adversário, nesta tarde o camisa 1 extravasou. Após acertar a cobrança, Ceni correu em direção à torcida são-paulina atrás do gol de Julio Cesar, ajoelhou-se e tirou a camisa dourada com a qual entrou em campo neste domingo. Os outros são-paulinos, titulares, reservas e membros da comissão técnica, atiraram-se sobre ele e fizeram um ‘montinho’. Em seguida, Ceni levantou, correu em direção ao seu gol e acenou para os torcedores das arquibancadas laterais. O árbitro Guilherme Cereta foi atrás e mostrou um amarelo pela camisa tirada, punição recebida tranquilamente pelo goleiro. "Eu passei por ele e falei 'Nunca tomei cartão, mas se o senhor quiser me dar, é seu direito, não é por ser um gol festivo que a regra tem que ser aplicada diferente'", revelou Ceni. Foi como tinha que ser, de falta, um gol que decidiu um jogo importante. Dedico pras minhas filhas que são os tesouros da minha vida, para o meu pai que deve estar lá no Mato Grosso e principalmente para nação são-paulina, pra entidade São Paulo que luta contra tanta coisa ruim no futebol", declarou após o jogo o goleiro, que usou o discurso para alfinetar Globo e CBF, adversárias políticas do clube na questão dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. “O São Paulo não briga com ninguém, mas a gente vê gente no futebol que quer o bem do futebol. É justo que as pessoas pensem em qual será a emissora, mas que tenham respeito e pensem num bem maior. Um clube não pode lutar de maneira justa pelo melhor? Os presidentes deveriam caminhar juntos em prol do futebol", completou o arqueiro.

quinta-feira, março 24, 2011

Cacau é capa da Playboy na Eslovênia

Um ano depois de ficar nua na versão brasileira da revista, a ex-BBB Cacau ilustra a capa da “Playboy” da Eslovênia na edição de abril. A capa é a mesma, só mudaram o fundo, trocando de vermelho para azul.

Polícia Civil ganha sala de treinamento high tech

24/03/2011 RIO DE JANEIRO

A Polícia Civil do Rio de Janeiro inaugurou na quarta-feira (23) uma sala de treinamento onde o policial será testado em 30 diferentes situações de estresse, cercado por três telões, que simulam a realidade em um ambiente de 120 metros quadrados. As simulações vão desde uma simples abordagem a um carro até incursões em favelas.

"Queremos que o policial tenha a capacidade de gerar soluções rápidas. Para isso, nós vamos estimular o agente a pensar", disse o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame. Ele afirmou que o treino pode ajudar na diminuição dos autos de resistência (morte de criminosos em confronto com a polícia).

O policial pode treinar com a arma que usa nas ruas, mas a munição será substituída por um sistema de ar comprimido. Uma pequena descarga elétrica no corpo avisa que o agente foi alvejado pelo inimigo. O equipamento possui software brasileiro e foi comprado por R$ 2,1 milhões. O treinamento na sala da Academia de Polícia Civil (Acadepol) já começou. A Polícia Militar ganhará duas salas, mas as instalações ainda não foram construídas. (AE)

quarta-feira, março 23, 2011

Leia a repercussão da morte de Elizabeth Taylor nas redes sociais

23/03/2011 - 11h22

DE SÃO PAULO

Vários famosos foram ao Twitter prestar homenagens a atriz Elizabeth Taylor, que morreu nesta quarta-feira, aos 79 anos.

Leia a cobertura sobre a morte da atrizVeja fotos da vida e da carreira da atriz
Vida pessoal de Elizabeth Taylor ficou marcada por seus casamentos
Elizabeth Taylor morreu 53 anos e um dia após quase morrer

A equipe de Elizabeth Taylor ainda não se pronunciou no Twitter, nem em sua página oficial no Facebook. A atriz foi uma das primeiras a utilizar as mídias sociais para divulgação de comunicados oficiais.

Quando ela foi internada, em 2009, sua equipe mantinha publicações diárias no endereço para atualizar os fãs e a imprensa de seu estado de saúde.

segunda-feira, março 21, 2011

Emissora quer Charlie Sheen de volta, diz site

DE SÃO PAULO

A emissora CBS, responsável pela série "Two and a Half Men", quer Charlie Sheen de volta à produção, afirma o site Radar Online. De acordo com o site, a rede está disposta a "perdoar e esquecer" o comportamento recente do ator.

O ator foi demitido no início deste mês pela Warner Bros após se envolver em uma série de escândalos com drogas e atrizes pornôs, além de ter brigado publicamente com o criador da série, Chuck Lorre.

O site afirma que o presidente da CBS está em contato com Lorre e executivos da Warner em busca de uma solução para o impasse.

Após a demissão, Charlie Sheen abriu um processo pedindo uma indenização de US$ 100 milhões pelo cancelamento da série e anunciou uma série de shows pelos Estados Unidos e Canadá.

domingo, março 20, 2011

Jorge Mario Vargas Llosa, o Prêmio Nobel e o professor

Ao receber a ligação telefônica comunicando que havia vencido o Prêmio Nobel de Literatura de 2010, Vargas Llosa chegou a pensar que podia ser um trote - há tanto tempo ignorado pela academia, embora com obra que o qualifica como o melhor romancista latino-americano há décadas, achava que não era mais candidato e que passaria, como Jorge Luis Borges, sem esse reconhecimento.

Por Adriana Crespo Ruco

Enfim, a imprensa anunciou o Nobel recebido por um peruano, um dos destaques da literatura latino-americana desde as décadas de 1960 e 1970, o primeiro sul-americano desde Gabriel Garcia Márquez a receber a premiação, o autor de Pantaleão e as visitadoras, aquele que uma vez concorrera à presidência do Peru e que tem tanto a dizer sobre a política da América latina.
No tempo em que foi convidado para lecionar Cultura e Língua Espanhola e Portuguesa como professor visitante no Programa de Estudos Latino-Americanos na Universidade de Princeton, em Nova Jersey, Mario Vargas Llosa sequer aparecia nas bancas de apostas do Nobel. Seu nome há muitos anos era cogitado, esquecido, cogitado novamente, até os especialistas firmemente acreditarem que já havia "passado a época". Quando o prêmio veio, foi considerado tardio por muitos, já que o reconhecimento pela produção literária de Vargas Llosa vinha desde a década de 1960. Entre ficção e não-ficção, Llosa possui mais de 30 trabalhos publicados, a grande maioria recebida com entusiasmo por público e crítica.

Apesar disso, o anúncio do Nobel deixava claro que o prêmio não fora apenas literário, tendo fortíssimo viés político. A nota de imprensa declarava Vargas Llosa Nobel de Literatura por "sua cartografia das estruturas de poder e suas cortantes imagens de resistência, rebelião e derrota do indivíduo...".

Sua obra, de fato, nos oferece tudo isso, mas nunca é politicamente neutra. Vargas Llosa escreve sobre seu próprio tempo e, principalmente, escreve sobre si mesmo. Para parafrasear Flaubert, todos os seus personagens são Jorge Mario Vargas Llosa, todo romance é um pouco autobiografia e isso sempre será cortante. Vargas Llosa sempre tem algo a dizer em seus livros e fora deles, sobretudo e especialmente sobre a política peruana e latino-americana. Hoje, posiciona-se firmemente contra o crescimento da esquerda na AL, representada principalmente por Hugo Chávez, atual presidente da Venezuela, declarando-se contra "ditaduras de esquerda e de direita" e a favor da liberdade. Chegou a declarar que não pensava que ganharia o Nobel, pois tinha "a sensação de que o prêmio era dado a pessoas mais ou menos ligadas à esquerda, com, digamos, ideias socialistas, o que não é o meu caso".

VARGAS LLOSA PROFESSORAo chamá-lo para seu quadro de professores convidados, Princeton "comprou" essa visão de mundo. O termo "Cultura" no nome da cadeira ocupada por Llosa não está ali por acaso; o professor ajuda a aguçar a visão ampla da América do Sul que a universidade americana pretende passar aos alunos, e mesmo que Llosa não fale abertamente ou apenas sobre política, sempre coloca a Literatura em primeiro plano. O Nobel foi como um presente para a universidade: é o prêmio maior da literatura mundial, ou o em maior evidência. É uma honra, uma sorte e uma ótima publicidade ter um vencedor do Nobel em seu corpo docente.

O professor Vargas Llosa está preocupado em estimular o pensamento dos alunos, em expor quais conhecimentos podem usar para chegar a uma conclusão sobre determinado autor ou obra - não existem ferramentas nem detalhes demais. O tempo verbal no qual uma frase está pode ser a chave para a compreensão de um texto, assim como a escolha de uma palavra (e não aquele seu quase sinônimo) pode evidenciar não somente minúcias do texto como todo o pensamento do autor. Llosa é adepto do que os falantes da língua inglesa chamam de close reading, ler "de perto", absorvendo todos os detalhes sobre a obra que a própria obra contém, em suas palavras e frases.

É com claro prazer que Llosa incentiva nos alunos a leitura próxima e crítica de seus autores escolhidos como icônicos, como (e especialmente) o argentino Jorge Luis Borges. Deseja que os alunos desconstruam suas obras, que alcancem seu cerne da forma que puderem, não se preocupando com o que é canônico ou qual é a visão clássica da obra. O aluno que apresenta uma visão acertada, satisfatória ou, quem sabe?, nova para a leitura do texto é um aluno que levará todos os outros a crescerem com ele. Quando Llosa faz uma pergunta em sala de aula, não parece querer uma resposta correta, ou mesmo concreta. Também evita ser questionado, mas deseja ser surpreendido.

Os alunos, mesmo que nem sempre acompanhem, são tragados pela intensidade de Llosa. O professor lê, disserta, discute, questiona, domina a classe com o conhecimento profundo do que está falando. Antes do Nobel, antes da posição política, o interesse de Princeton e das outras universidades em que lecionou, sempre foi oferecer aos alunos esse vigor e ênfase na construção do próprio pensamento que, hoje, é a única grande posição política que Llosa afirma ter.

sexta-feira, março 18, 2011

José Padilha confirma que vai dirigir novo "Robocop"

DE SÃO PAULO

O diretor José Padilha confirmou à Folha nesta sexta-feira que vai mesmo dirigir o novo "Robocop".

"Está [fechado]", disse Padilha, por e-mail, sobre o contrato com os estúdios MGM. Ele não contou outros detalhes sobre a produção.

Há duas semanas, a revista "Variety" afirmou que Padilha estava negociando com os estúdios a direção do projeto, que já esteve nas mãos de Darren Aronofsky ("Cisne Negro").

Padilha chamou atenção no mercado cinematográfico internacional após dirigir os dois "Tropa de Elite".

quinta-feira, março 17, 2011

Morreu Michael Gough, o Alfred dos filmes antigos do Batman

Ator já trabalhou em clássicos do cinema

Por Arianne Brogini - 17/03/2011 11:39

Ele tinha 94 anos e morreu nesta quinta-feira, 17 de março. Se você assistiu aos filmes do Homem-Morcego feitos por Tim Burton e Joel Schumacher já sabe de quem estamos falando. O ator Michael Gough interpretou o mordomo Alfred e esteve nos longas Batman - O Filme (de 1989) e Batman - O Retorno (de 1992), ambos de Tim Burton. Ele também esteve nos dois seguintes, Batman Eternamente (de 1995) e Batman e Robin (de 1997), os dois comandados pelo diretor Joel Schumacher. Além destes produções, Gough já esteve em mais de 150 produções no cinema e TV, alguns clássicos como O Vampiro da Noite (de 1958), ao lado de Christopher Lee como Drácula. Recentemente ele vinha fazendo dublagens em filmes e desenhos animados como Alice no País das Maravilhas, A Noiva Cadáver, entre outros.

Michael Gough nasceu na Malásia, mas é de origem inglesa. Ele tinha 94 anos e a causa da morte não foi divulgada.


sexta-feira, março 11, 2011

A notícia como arma de guerra

Por Eugênio Bucci em 11/3/2011

Reproduzido do Estado de S.Paulo, 10/3/2011; intertítulos do OI

No domingo (6/3), antes que o dia raiasse, os habitantes de Trípoli foram acordados por metralhadoras. Quando ligaram a televisão, deram de cara com uma notícia oficialmente alvissareira: as tropas pró-Kadafi teriam dispersado os rebeldes em outras cidades e a artilharia que soava nas ruas da capital era simplesmente uma celebração da "vitória". Os telespectadores que ainda apoiam o governo, aliviados, saíram de casa rumo à Praça Verde para festejar as boas novas.

Em tempo: a emissora que noticiou a "vitória" era a TV estatal, ainda a serviço do ditador. Sem o controle da "sua" emissora, dificilmente a ditadura líbia estaria de pé até hoje. Ela sobrevive porque, além da máquina de matar sua própria gente, conta também com outra máquina, a máquina da propaganda, para enganar o povo.

Eis aqui um tema central. Não obstante, nas análises em curso sobre a onda de levantes no mundo árabe, a manipulação da informação pelas ditaduras quase nunca é debatida, explicada, entendida. Deveria ser. A falsificação oficial nos regimes autoritários ou totalitários constitui um crime, embora esse crime ainda não seja reconhecido como tal pelos organismos internacionais que se ocupam da paz e dos direitos humanos. Ela não apenas pavimenta o caminho para a opressão da sociedade pela força das armas – esta, sim, já reconhecida como crime –, como viola um direito fundamental do ser humano, o direito à informação, e, desse modo, obstrui a livre formação da opinião e da vontade.

Velhas ferramentas
Por isso, a propaganda oficial – e criminosa – ainda em funcionamento na Líbia merece muito mais atenção do que vem recebendo. Ela é uma triste lição para as democracias, tanto para as que já existem de fato como para aquelas que só existem em sonho. Com ela podemos aprender um pouco mais sobre:

** o que o Estado não deveria ser autorizado a fazer com a comunicação de interesse público;
** a que fim a manipulação da informação pelo poder público pode nos conduzir;
** e, por fim, como cada dia mais o jornalismo independente é vital para a manutenção da paz.

Voltemos, então, ao turbulento e absurdo domingo em Trípoli. Quem nos conta é o jornalista David D. Kirkpatrick, numa reportagem publicada na edição de segunda-feira (7/3) do The New York Times. Ele relata a alegria de Noura al-Said, estudante de 17 anos, diante do noticiário do governo: "Ouvi as melhores notícias de toda a minha vida. Nós tomamos de volta todo o país." Noura al-Said festejava a "vitória" na Praça Verde, ao lado de cerca de 2 mil manifestantes, muitos deles atirando para o ar.

Evidentemente, Kadafi não tomou de volta a Líbia coisa nenhuma. Os manifestantes governistas comemoravam um feito inexistente, embalados pelo noticiário, que, como de costume, mentiu. É verdade que houve disparos à guisa de comemoração na Praça Verde, como o próprio repórter americano constatou, mas a alegação de que as rajadas da madrugada não passavam de foguetório festivo não convencia mesmo os mais crédulos.

O que não foi problema para os crédulos e muito menos para os noticiários oficiais. Para ambos, a idolatria do coronel Kadafi vale mais que o registro os fatos. É uma idolatria que vem de longa data, desde que o coronel tomou o poder – a mão armada – há mais de quatro décadas, aos 27 anos de idade. Desde então, o culto à personalidade virou uma prioridade de Estado e estabeleceu a tirania com base em duas ferramentas: a propaganda e a força bruta.

Não surpreende que, quando a sociedade rebelada já domina extensas faixas do mapa da Líbia, o ditador sobreviva exatamente porque manteve sob seu comando ao menos um pedaço das duas velhas ferramentas. Ele ainda conta com uma facção das Forças Armadas – leais a sua pessoa, não ao Estado – e com meios de comunicação oficiais. Sobre essas duas pernas consegue se equilibrar. As armas, ele as transforma em propaganda nas ruas de Trípoli. A propaganda vira arma de guerra dentro dos lares.

Decrepitude sangrenta
Até aí, o script parece não trazer novidades. É assim com todos os tiranos. Na falta de legitimidade, lançam mão de balas e notícias mentirosas. Nesse ponto, o teatro do ditador líbio seria idêntico ao teatro de outros autocratas. Em alguns quesitos, porém, a máquina de propaganda de Kadafi conseguiu ser ainda mais sufocante que suas homólogas – e também por isso merece atenção.

Recentemente, circulou a notícia de que, na Líbia, os jogadores de futebol são identificados apenas pelos números de suas camisetas, de modo a não se converterem em ídolos que poderiam rivalizar com o tirano. Parece sandice, parece inconcebível, mas é assim que é.

David D. Kirkpatrick também registra essa particularidade em sua reportagem: "Os noticiários oficiais se esforçam para não citar o nome de nenhuma outra autoridade do governo, nem mesmo de jogadores de futebol, e, assim, garantem que o coronel Kadafi seja virtualmente a única figura pública no país." O tirano de Trípoli, nessa matéria, ultrapassa a megalomania de outros ditadores: ele não se pretende "o maior" ou "o melhor"; ele se imagina o único – e ainda aglutina adoradores.

Por isso, para salvar vidas na Líbia, mais importante do que cercar o espaço aéreo para os aviões da tirania talvez seja cortar a propagação das mentiras oficiais. Mais jornalistas internacionais na Líbia são imprescindíveis, assim como são necessários mais relatos dos próprios rebeldes líbios, dirigidos aos seus conterrâneos e ao mundo. A pacificação do país passa pela oferta de mais informação independente.

Fora isso, que a decrepitude ridícula e sangrenta de Muamar Kadafi sirva de alerta contra os que, em outras tendas, acalentam o projeto de usar emissoras estatais como extensão de sua vaidade pessoal.

Após maior terremoto do Japão, tsunami devasta parte do nordeste do país; mortos passam de 200

Do UOL Notícias*
Em São Paulo

O terremoto de 8,9 pontos na Escala Richter que atingiu o Japão nesta sexta-feira (11), segundo a Agência de Gerenciamento de Desastres e Incêndio, é considerado um dos maiores da história do país.

Dados divulgados pela Polícia Nacional apontavam pelo menos 60 mortos, número que pode ultrapassar 200 com a confirmação de entre 200 e 300 corpos foram encontrados pela polícia em uma praia de Sendai, umas das cidades mais atingidas pelo tremor. As informações são da agência de notícias local Jiji Press.

O terremoto gerou um tsunami que invadiu cidades da costa leste do Japão com ondas de até 10 metros que arrastaram barcos de pesca e outras embarcações pelas cidades. Vários veículos e casas foram submersos pelas ondas.

As comunicações no Japão estão prejudicadas. Os celulares estão funcionando com limitações e a telefonia fixa, em Tóquio, com alguma irregularidade.

O metrô da capital japonesa foi paralisado, os carros detidos nas estradas, os aeroportos foram fechados e os prédios foram evacuados entre sons das sirenes e chamadas à evacuação.

A refinaria de petróleo Cosmo, na cidade de Chiba, perto de Tóquio, pegou fogo, com as chamas de até 30 metros de altura. Incêndios em refinarias de outras cidades também foram reportados.

De acordo com agências de notícias, este é o maior tremor que atinge o país em sete anos, e o 7º maior na história, segundo dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Já a Agência de Metereologia Japonesa afirmou que este foi o terremoto mais forte registrado no Japão.

Após o tremor, a cidade de Tóquio foi atingida por uma forte réplica de magnitude 6,7 na Escala Richter. A princípio, o terremoto foi considerado de 7,9 pontos e, posteriormente, de 8,8 pontos pelo Departamento de Pesquisas Geológicas dos EUA.

As vítimas do terremoto incluem um homem de 67 anos, esmagado por uma parede, e uma idosa, atingida pelo teto da própria casa, que desabou, ambos na região de Tóquio. Outras três pessoas morreram soterradas dentro de casa em Ibaraki, a nordeste da capital, segundo informações da Agência de Gerenciamento de Desastres e Incêndio.

O epicentro do terremoto foi registrado a 400 km de Tóquio, a uma profundidade de 32 km. Os primeiros tremores foram identificados às 14h46 (2h46, horário de Brasília).

O último terremoto de grandes proporções registrado no Japão aconteceu em 1932, em Kanto. O tremor de magnitude 8,3, matou 143 mil pessoas, segundo o USGS. Em 1996, um tremor de magnitude 7,2, em Kobe, deixou 6.400 mortos.

quarta-feira, março 09, 2011

Bill Gates continua sendo o 2º mais rico do mundo; saiba quem é o 1º!

Não tem para ninguém, o magnata das comunicações, dono da Claro, o mexicano Carlos Slim, foi eleito, pelo segundo ano consecutivo, o mais rico do mundo.

A eleição dos bilhonários da revista Forbes coloca o dono da operadora de telecomunicações Telmex no topo do ranking. Sua fortuna é avaliada pela prestigiada publicação em 74 bilhões de dólares.

O empresário mexicano já havia sido eleito o mais rico no ano passado ao superar Bill Gates, cofundador da Microsoft e vencedor da disputa desde 1994.

Na época, Slim teve a sua fortuna calculada em 53,5 bilhões de dólares, 500 milhões de dólares a mais do que Gates.

E brasileiros, como ficam?

O empresário Eike Batista continua sendo o homem mais rico do Brasil. Na relação da Forbes, manteve a oitava posição na lista anual dos maiores bilionários do mundo.

Controlador de empresas como a OGX Petróleo e Gás Participações SA, Eike teve seu patrimônio avaliado em US$ 30 bilhões, mesmo valor de 2010.

quinta-feira, março 03, 2011

Laudo da polícia do Rio diz que incêndio em barracões de escola de samba foi acidental

Do UOL Notícias
Em São Paulo

O laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, sobre o incêndio que atingiu parte da Cidade do Samba no último dia 7 foi concluído nesta quinta-feira (dia 3) e apontou a causa como acidente. O laudo descreve como causa mais provável "ação humana involuntária". O inquérito da 4ªDP (Praça da República), que ainda não está concluído, aponta, por ora, que não houve autor.

Os barracões das escolas de samba União da Ilha, Portela, Grande Rio e da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba) foram atingidos por fogo no último dia 7 de fevereiro.

No local do incêndio, o prefeito da Cidade do Samba, Aílton Guimarães Jorge Junior, informou que, da Portela, foram consumidas nas chamas do barracão 2.800 fantasias. A escola União da Ilha do Governador teve destruídos um carro alegórico e 2.000 fantasias, e a Grande Rio, cujo barracão foi totalmente destruído, perdeu 3.300 fantasias e oito carros alegóricos. Pelos cálculos de Jorge Junior, cada carro alegórico custa, em média, aproximadamente R$ 500 mil.

Batman e Mulher-Gato vão se unir no novo filme

E mais uma linda mulher pode aparecer


Por Edu Almeida - 03/03/2011 07:46

O site Latino Review, através de uma de suas fontes, soltou algumas informações interessantes sobre The Dark Knight Rises, próximo filme do Homem-Morcego. Segundo o informante, ainda não dá para saber como será a Mulher-Gato no início do longa, mas no final ela não será uma vilã e sim uma aliada do Batman. A fonte do L.R também conta que os dois se unem para enfrentar Talia Al Ghul e Bane. Ela é filha do vilão Ra`s Al Ghul, que apareceu em Batman Begins. Além disso, Bane, grande inimigo do Homem-Morcego nas HQs, é o interesse amoroso de Tália. E não acabou: Joseph Gordon-Levitt, ator cogitado há algumas semanas como possível nova contratação para o elenco, deve interpretar também um vilão. O informante não soube dizer ainda quem ele vai interpretar, mas uma possibilidade é o Máscara Negra, chefão do crime em Gotham City.

quarta-feira, março 02, 2011

Os personagens da série Chaves, 40 anos depois

BBC BRASIL

Quarenta anos após a estreia de "Chaves" na televisão do México, a BBC Mundo entrevistou os atores principais da série para descobrir o paradeiro de Chiquinha, Quico, Seu Madruga e companhia.

O sucesso da série acabou transformando Roberto Gómez Bolaños, o Chaves, em um símbolo da TV mexicana. Aos 82 anos, ele continua trabalhando, escrevendo artigos e adaptando roteiros, goza de boa saúde apesar de ter uma certa dificuldade para caminhar, segundo seu filho, Roberto Gómez Fernández.

Bolaños vive na Cidade do México com sua esposa, Florinda Meza – a Dona Florinda, também personagem da famosa série.

Ele também está supervisionando a criação de um desenho em 3D sobre o Chapolin Colorado, outro de seus personagens de sucesso, que deve estrear em 2012.

María Antonieta de las Nieves, de 60 anos, continua interpretando Chiquinha, em seu próprio show, que apresenta em cidades pela América Latina e Estados Unidos.

Ela também participou de algumas novelas no México e em outros países, além de ter gravado 17 álbuns infantis como Chiquinha.

Comentarista esportivo

Assim como Chiquinha, Carlos Vilagrán, de 67 anos, vem se apresentando como Quico em países como Peru, Colômbia e Argentina. Ele também trabalha como comentarista esportivo na imprensa mexicana.

Há anos ele trava uma disputa com Bolaños para interpretar o personagem no México, já que ele tem os direitos autorais da série no país.

A atriz Florinda Meza, de 63 anos, - a Dona Florinda - tem trabalhos como diretora e produtora de peças de teatro e novelas.

Ela se casou com Bolaños em 2004 e juntos protagonizaram a peça "11 y 12", que foi apresentada em vários países da América Latina.

Durante a entrevista à BBC, o ator Edgar Vivar, o seu Barriga, contou que perdeu peso e que tem dificuldade a convencer o público de que ele consegue interpretar outros personagens.

Já atuou em filmes e novelas e, atualmente, está estudando português para um projeto no Brasil.
O ator Rubén Aguirre que interpretava o professor Girafales está fora da vida pública desde 2007, quando sofreu um acidente de carro.

Um dos personagens mais queridos da série, Ramón Valdés – o seu Madruga, morreu em 1988. A atriz espanhola Angelines Fernández – a Bruxa do 71 – faleceu em 1994, aos 71 anos.