quinta-feira, abril 30, 2009

Reabastecimento nas corridas será banido em 2010

Hamilton realiza pit-stop em Sepang

Medida foi tomada pela FIA para cortar custos e incentivar motores econômicos

Da Redação

Para cortar custos na próxima temporada, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) confirmou o fim do reabastecimento para 2010.

A decisão se deu após reunião do Conselho Mundial da entidade, nesta semana em Paris.

Além do reabastecimento, as mantas usadas para aquecer os pneus também foram abolidas - outras alternativas, no entanto, seguem valendo.

"Fica confirmado que, a partir de 2010, o reabastecimento durante uma corrida será proibido, com o objetivo de economizar custos no transporte de aparelhos para abastecimento, além de incentivar os construtores a melhorar a economia de combustíveis", afirmou a FIA, através de um comunicado.

O reabastecimento foi retomado na F-1 em 1994, após ser banido nos anos 80 por falta de segurança.

De lá para cá, após alguns incidentes _como o incêndio no carro de Jos Verstappen, da Benetton, no GP da Alemanha de 94_, o reabastecimento se tornou um dos procedimentos mais seguros da categoria.

Atualmente, todos os membros das equipes são obrigados a utilizar macacões anti-chama e aparelhos modernos, mesmo os que trocam pneus, levantam o carro ou manejam o pirulito.

Com o fim do reabastecimento, a categoria poderá voltar ter cenas como as dos anos 80, com os mecânicos trabalhando de bermudas, cena rara nos dias atuais.

No caso das equipes, a proibição do procedimento será um grande problema para os estrategistas, que terão de pensar em novas maneiras para evoluir nas corridas, já que não será mais possível optar por táticas de paradas utilizando quantias variáveis de combustível nos tanques.

segunda-feira, abril 27, 2009

HISTÓRIAS EXTRAORDINÁRIAS

Allan Sieber


Dia desses fui no Bradesco pegar uma grana no caixa eletrônico e eis que me deparo com essa foto na boca do caixa:


Entre impressionado e assustado, guardei o bizarro retrato no bolso e voltei para meu estúdio.
Em um espaço de duas horas várias pequenas tragédias aconteceram. Mostrei a foto para meu sócio e ele foi taxativo:
- Você NUNCA deveria ter tirado essa foto do lugar onde a achou! Devolva- a IMEDIATAMENTE!!!!
E assim o fiz. As coisas voltaram ao normal.
Falando sobre o ocorrido mais tarde com um amigo, tive o esclarecimento final:
- Qualquer coisa que venha do Bradesco é uma maldição.
É, faz sentido.













domingo, abril 26, 2009

Sobre a efemeridade das mídias

The New York Times

Umberto Eco

No encerramento da Escola para Livreiros Umberto e Elisabetta Mauri, em Veneza, falamos, entre outras coisas, sobre a efemeridade dos suportes da informação. Foram suportes da informação escrita a estela egípcia, a tábua de argila, o papiro, o pergaminho e, evidentemente, o livro impresso. Este último, até agora, demonstrou que sobrevive bem por 500 anos, mas só quando se trata de livros feitos de papel de trapos. A partir de meados do século 19 passou-se ao papel de polpa de madeira, e parece que este tem uma vida máxima de 70 anos (com efeito, basta consultar jornais ou livros dos anos 1940 para ver como muitos deles se desfazem ao ser folheados).

Portanto, há muito tempo se realizam congressos e se estudam meios diferentes para salvar todos os livros que abarrotam nossas bibliotecas: um dos que têm maior êxito (mas quase impossível de realizar para todos os livros existentes) é escanear todas as páginas e copiá-las para um suporte eletrônico.

Mas aqui surge outro problema: todos os suportes para a transmissão e conservação de informações, da foto ao filme cinematográfico, do disco à memória USB que usamos no computador, são mais perecíveis que o livro. Isso fica muito claro com alguns deles: nas velhas fitas cassete, pouco tempo depois a fita se enrolava toda, tentávamos desemaranhá-la enfiando um lápis no carretel, geralmente com resultado nulo; as fitas de vídeo perdem as cores e a definição com facilidade, e se as usarmos para estudar, rebobinando-as e avançando com frequência, danificam-se ainda mais cedo.

Tivemos tempo suficiente para ver quanto podia durar um disco de vinil sem ficar riscado demais, mas não para verificar quanto dura um CD-ROM, que, saudado como a invenção que substituiria o livro, saiu rapidamente do mercado porque podíamos acessar online os mesmos conteúdos por um custo muito menor. Não sabemos quanto vai durar um filme em DVD, sabemos somente que às vezes começa a nos dar problemas quando o vemos muito. E igualmente não tivemos tempo material para experimentar quanto poderiam durar os discos flexíveis de computador: antes de podermos descobrir foram substituídos pelos CDs, e estes pelos discos regraváveis, e estes pelos "pen drives".

Portanto, sabemos que todos os suportes mecânicos, elétricos e eletrônicos são rapidamente perecíveis, ou não sabemos quanto duram e provavelmente nunca chegaremos a saber. Enfim, basta um pico de tensão, um raio no jardim ou qualquer outro acontecimento muito mais banal para desmagnetizar uma memória. Se houvesse um apagão bastante longo não poderíamos usar nenhuma memória eletrônica.

Mesmo tendo gravado em meu computador todo o "Quixote", não o poderia ler à luz de uma vela, em uma rede, em um barco, na banheira, enquanto um livro me permite fazê-lo nas piores condições. E se o computador ou o e-book caírem do quinto andar estarei matematicamente seguro de que perdi tudo, enquanto se cair um livro no máximo se desencadernará completamente.

Os suportes modernos parecem criados mais para a difusão da informação do que para sua conservação. O livro, por sua vez, foi o principal instrumento da difusão (pense no papel que desempenhou a Bíblia impressa na Reforma protestante), mas ao mesmo tempo também da conservação.

É possível que dentro de alguns séculos a única forma de ter notícias sobre o passado, quando todos os suportes eletrônicos tiverem sido desmagnetizados, continue sendo um belo incunábulo. E, dentre os livros modernos, os únicos sobreviventes serão os feitos de papel de alta qualidade, ou os feitos de papel livre de ácidos, que muitas editoras hoje oferecem.

Não sou um conservador reacionário. Em um disco rígido portátil de 250 gigabytes gravei as maiores obras-primas da literatura universal e da história da filosofia: é muito mais cômodo encontrar no disco rígido em poucos segundos uma frase de Dante ou da "Summa Theologica" do que levantar-se e ir buscar um volume pesado em estantes muito altas. Mas estou feliz porque esses livros continuam em minha biblioteca, uma garantia da memória para quando os instrumentos eletrônicos entrarem em pane.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

E o Nobel do Cinismo vai para...

CLÓVIS ROSSI

SÃO PAULO - Estou abrindo uma subscrição pública para comprar uma casinha para o pobre deputado Domingos Dutra (PT-MA), que diz temer ser obrigado, "daqui a pouco, a andar de jegue, morar em casa de palafita e mandar mensagens por pombo-correio".

Coitadinho. Não sei se choro de dó ou recomendo o ilustre pai da pátria para o Prêmio Nobel do Cinismo, a ser ainda criado, mas que será, fatalmente, atribuído a um congressista brasileiro (ou a todos eles de cambulhada).

O coitadinho do Dutra só esqueceu que: 1) tem casa de graça em Brasília, paga por nós; 2) tem uma verba para gastar com correspondência que daria para inundar de papel uma cidade pequena; 3) carro é o que não falta para os pais da pátria. Se faltasse, o gordo salário que ganham daria para comprar ao menos um.

É, portanto, de um cinismo imbatível, digno de prêmio. Aliás, o seu partido, o PT, enchia a boca antigamente para reclamar dos privilégios de que gozavam os parlamentares (os "300 picaretas" de Lula, lembra-se?). Chegou ao poder e lambuza-se no gozo das vantagens a ele inerentes, para não falar nos trambiques que levaram o procurador-geral da República, com o aval do Supremo Tribunal Federal, a rotular suas principais lideranças de "organização criminosa".

Mas o coitadinho do Dutra não está sozinho na disputa pelo Nobel do Cinismo. O líder do PTB, Jovair Arantes, aquele mesmo que confunde as "coisas" públicas com as suas "coisas", agora pergunta, ante a ameaça de cancelamento das passagens para parentes de deputados: "Não posso mais trazer minha filha para dormir comigo?".

Pode, Arantes. É só pagar a passagem, como fazemos todos os mortais comuns. Repito: essa gente toda acha que maracutaias, trambiques e privilégios são direitos adquiridos. O Nobel do Cinismo seria pouco.

quinta-feira, abril 23, 2009

Abdias: Há racismo contra Joaquim Barbosa


Ricardo Stuckert/PR/Agência Brasil


O líder negro Abdias do Nascimento, 95 anos, e o presidente Lula. Para Abdias, há racismo contra Joaquim Barbosa no Supremo


Claudio Leal


Na década de 40, quando o movimento negro era uma ilha, o dramaturgo Nelson Rodrigues cravava nas gazetas: Abdias do Nascimento é "o único negro do Brasil". E não houve quem o desmentisse. A "flor de obsessão" admirava no ator e ativista negro a "irredutível consciência racial", a coragem de esfregar a "cor na cara de todo o mundo".

Abdias, 95 anos, segue atento às novas gerações do movimento negro. Vibrou com a vitória do presidente Barack Obama, nos Estados Unidos. E hoje, a partir da leitura dos jornais, se "orgulha" da atuação do ministro Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal (STF).

- Estou orgulhoso de ter um juiz à altura da situação em que se encontram todos os milhões e milhões afrodescendentes - declara.

Primeiro negro na suprema corte brasileira, Barbosa fez ontem acusações públicas ao presidente do STF, Gilmar Mendes. "Vossa excelência não está na rua, não. Vossa excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro", atacou. Mendes pediu "respeito". Barbosa ainda prosseguiu: "Vossa excelência quando se dirige a mim não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. O senhor respeite."

Com esse revide, a briga tomou uma feição racial. Abdias não foge à pergunta:

- Acho que houve, sim, um viés racista naquela maneira que o presidente do Supremo respondeu a ele, logo no começo da discussão.

Para o fundador do Teatro Experimental do Negro, em 1944, a presença de Joaquim Barbosa no STF causa desconforto aos colegas. Ex-deputado federal e ex-senador, Abdias conta que foi "esmagado" no Congresso. "Sempre quando ele (o negro) ergue a voz, já é um crime", afirma. "Há um racismo na Justiça brasileira."

Terra Magazine - A atuação do ministro Joaquim Barbosa no STF fortalece o movimento negro? O senhor viu o embate com o ministro Gilmar Mendes?

Abdias do Nascimento - Vi hoje nos jornais. Bom, eu acho que ele respondeu à altura, de acordo com a postura dele, a dignidade de juiz. Ele respondeu à altura. Achei que foi muito digna a postura. E ele correspondeu ao que esperávamos dele numa situação daquela.

Quando os ministros reagem a uma postura como a de Joaquim Barbosa, há um viés racialista? Eles se sentem incomodados com um negro?

Eu acho que sim.

Por ele ser o primeiro negro no Supremo?

Acho que houve, sim, um viés racista naquela maneira que o presidente do Supremo respondeu a ele, logo no começo da discussão.

É uma irritação prévia?

Aliás, o jornal dá uma história anterior de incidentes e dá a enteder que já havia uma predisposição.

Como o senhor vê a presença dos negros na Justiça brasileira? Ainda é incipiente?

É muito incipiente. E a Justiça é racista mesmo. Estou de acordo: há um racismo na Justiça brasileira. Acho que os negros são olhados como se ainda fossem escravos.

Quando Joaquim Barbosa ergue a voz, é como se já estivesse errado?

É claro que sempre quando ele ergue a voz, já é um crime. Já é um crime. Porque o negro já nasce criminoso aqui no Brasil.

A vitória de Barack Obama foi importante para fortalecer a presença dos negros em nossas instituições?

Sim. Eu avalio que a vitória dele teve uma importância e uma influência em toda a população negra no mundo. Porque mostra que os negros podem comandar a primeira nação do mundo. Isso é um crédito formidável para os Estados Unidos.

O senhor tem essa luta desde a década de 30. Como avalia, com essa trajetória, o crescimento do poder político do negro?

Claro que fico muito emocionado com essa campanha que acompanho aqui nos meios de informação. Acompanhei a luta dele (Obama), sofri com o que ele deve ter sofrido nessa campanha. Não foi uma coisa fácil. E o desassombro de ver um negro liderar no mundo. No Brasil, que tem essa fama toda de democrático, me lembro como fui esmagado quando fui senador. E, afinal de contas, senador não é nada, não tem poder nenhum. Imagina lá nos Estados Unidos, um chefe do Executivo...

No teatro, o senhor também foi pioneiro na questão racial. Praticamente, só Nelson Rodrigues lhe era solidário.

Foi. Nelson Rodrigues era formidável. Ele não se atrapalhou com a encenação que a sociedade brasileira faz sobre o racismo. Fazem um teatro.

Tem gostado, então, do ministro Joaquim Barbosa?

Gostei muito. Estou orgulhoso de ter um juiz à altura da situação em que se encontram todos os milhões e milhões afrodescendentes.

segunda-feira, abril 20, 2009

Físico Stephen Hawking é internado em Cambridge


Doente, o físico Stephen Hawking foi internado
20 de abril de 2009

Reuters
O britânico Stephen Hawking, um dos mais conhecidos físicos do mundo, está muito doente e foi internado em um hospital na Grã-Bretanha, segundo um representante da Universidade de Cambridge ao qual ele é ligado.
Gregory Hayman, chefe de Comunicações da Universidade de Cambridge, afirmou que Hawking, 67 anos, está passando por exames. Segundo o porta-voz, o cientista, que sofre de uma doença degenerativa, "não está bem há algumas semanas". O professor já tinha cancelado uma visita a uma universidade americana no dia 6 de abril devido ao seu estado de saúde.
Hawking trabalha no Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica da Universidade de Cambridge há mais de 30 anos.
Aposentadoria
"O professor Hawking é um colega extraordinário. Todos nós esperamos que ele volte em breve", disse o professor Peter Haynes, chefe do Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica.
O autor do best-seller internacional Uma Breve História do Tempo fala com a ajuda de um sintetizador de voz, tem três filhos e um neto. Ele ocupa o cargo de professor Lucasiano de Matemática, uma cátedra especial da Universidade, criada em 1663. Entre os cientistas que já ocuparam este posto está Isaac Newton.

Veja imagens de vencedores dos Prêmios Pulitzer 2009

New York Times dominou premiação norte-americana
Jornal Miami Herald também se destacou na cobertura fotográfica
Da Reuters

O jornal The New York Times dominou os cobiçados Prêmios Pulitzer anunciados na segunda-feira (20), vencendo em cinco categorias, incluindo reportagem investigativa, reportagem de últimas notícias e reportagem internacional.

O Las Vegas Sun recebeu o prêmio de maior prestígio dos Pulitzer, o de Serviço Público, por reportagens sobre o alto índice de mortes entre operários da construção civil em Las Vegas, anunciou o conselho dos Prêmios Pulitzer de Jornalismo, Letras, Dramaturgia e Música.
O New York times também ganhou prêmios de fotografia, acompanhando Artigos e Crítica.

Outros vencedores foram o Los Angeles Times, por reportagem explicativa, o St. Petersburg Times, por Redação de Artigos, e o Miami Herald, por fotografia acompanhando Últimas Notícias.
Foi o primeiro ano em que foi autorizada a concorrência nas categorias jornalísticas de organizações noticiosas que publicam suas participações exclusivamente na Internet. Mas não houve vencedores online, e, segundo Sig Gissler, administrador dos Pulitzer, apenas um veículo online, o Politico.com, esteve entre os finalistas.

Os prêmios Pulitzer são dados aos melhores nomes do jornalismo impresso, das artes, música e literatura dos Estados Unidos.

Imagem de 28 de outubro de 2008 tirada durante a campanha de Barack Obama em Chester, na Pensilvânia. O autor é o fotógrafo Damon Winter, do New York Times, vencedor nas categorias de Artigos e Crítica. (Foto: Damon Winter/ New York Times/ AP)








Foto tirada em 20 de janeiro de 2008 mostra o menino Shadrick Johnson, de 6 anos, ao lado da fila para ver Barack Obama em convenção em Columbia, nos EUA. A imagem é do fotógrafo Damon Winter, do New York Times, vencedor nas categorias de artigos e crítica. (Foto: Damon Winter/ New York Times/ AP)







Foto não-datada mostra menino coberto de lama em frente a sua casa, inundada após furacão que atingiu Haiti. A imagem é do fotógrafo Patrick Farrell, do Miami Herald, vencedor na categoria Últimas Notícias. (Foto: Patrick Farrell/ Miami Herald/ AP)



















domingo, abril 19, 2009

Morre J.G. Ballard, autor de "O Império do Sol"

Escritor ficou famoso após Spielberg adaptar seu livro para o cinema
Últimas obras dele fizeram sucesso nas livrarias

Da EFE

O escritor J.G. Ballard, um dos grandes nomes da literatura britânica de ficção científica das últimas décadas, morreu hoje aos 78 anos após sofrer de uma longa doença, informou a agente do autor, Margaret Hanbury.

O autor de obras como "O Império do Sol" e "Crash", cujas adaptações ao cinema foram grandes sucessos em Hollywood, escreveu vários romances e contos ao longo da vida.

Ballard, que rejeitava o rótulo de ficção científica às suas obras e dizia que eram "um retrato da psicologia do futuro", ganhou fama mundial com "O Império do Sol", baseado nos anos que passou em um campo de concentração japonês na China quando era criança.

O filme "Crash - Estranhos Prazeres" (1996), de David Cronenberg, foi outra história que se baseou em um livro do autor e que foi adaptada ao cinema.

Ballard nasceu em Xangai, na China, em 1930, e, durante a Segunda Guerra Mundial, foi preso pelos invasores japoneses com a família, que fazia parte da comunidade britânica.

Os últimos trabalhos do autor "Super-Cannes", "Millennium People" e "Kingdom Come" foram sucesso nas livrarias, mas criticados nos círculos literários.

sábado, abril 18, 2009

Sátira à crise dos EUA dá prêmio a chargista mexicano


Charge 'In the same ship', de Rogelio Naranjo, vencedora do prêmio 'Word press cartoon'. (Foto: Rogelio Naranjo/Divulgação)

O brasileiro Baptistão ficou em terceiro lugar na categoria caricatura pessoal da 5ª edição do World Press Cartoon, cujo prêmio principal ficou com o chargista mexicano Rogelio Naranjo.

Baptistão conquistou o prêmio com a caricatura de Julio Cortázar, publicada no jornal "O Estado de S.Paulo", e foi superado pelo português André Carrilho, em primeiro com a charge do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e pelo espanhol Javier Carbajo, em segundo por um retrato do governante francês, Nicolas Sarkozy.

No gênero caricatura de humor, o primeiro prêmio foi conquistado pelo cubano Osmani Simanca com a charge "Punk Fish", publicada na revista "Muito", do jornal "A Tarde".

Naranjo, o grande vencedor, venceu com a charge "In the same ship", publicado no jornal mexicano "El Universal" em 17 de setembro de 2008.

O desenho representa um pequeno bote a ponto de afundar, onde se vê a figura do Tio Sam e um personagem representado por uma caveira e um chapéu mexicano.

Na mesma categoria, o segundo prêmio foi para o holandês Tom Janseen pelo desenho "Wall Street" e o terceiro para o sérvio Toshow por "Krisis Ekonomi".

quinta-feira, abril 16, 2009

Judas Iscariotes e Matias

Por Papa Bento XVI
Tradução: Vaticano
Fonte: Vaticano

Queridos irmãos e irmãs!

Terminando hoje de percorrer a galeria de retratos dos Apóstolos chamados directamente por Jesus durante a sua vida terrena, não podemos omitir de mencionar aquele que é sempre nomeado por último nas listas dos Doze: Judas Iscariotes. A ele queremos associar a pessoa que depois é eleita para o substituir, Matias.

Já o simples nome de Judas suscita entre os cristãos uma reacção instintiva de reprovação e de condenação. O significado do apelativo “Iscariotes” é controverso: a explicação mais seguida compreende esta palavra como “homem de Queriot” referindo-se à sua aldeia de origem, situada nas vizinhanças de Hebron e mencionada duas vezes na Sagrada Escritura (cf. Js 15, 25; Am 2, 2).

Outros interpretam-no como variação da palavra “sicário”, como se aludisse a um guerrilheiro armado com um punhal que em latim se chama sica. Por fim, há quem veja no sobrenome a simples transcrição de uma raiz hebraico-aramaica que significa: “aquele que estava para o entregar”. Esta designação encontra-se duas vezes no IV Evangelho, ou seja, depois de uma confissão de fé de Pedro (cf. Jo 6, 71) e depois durante a unção de Betânia (cf. Jo 12, 4). Outras passagens mostram que a traição estava a ser realizada, dizendo: “aquele que o traía”; assim, durante a Última Ceia, depois do anúncio da traição (cf. Mt 26, 25) e depois no momento do aprisionamento de Jesus (cf. Mt 26, 46.48; Jo 18, 2.5). Ao contrário, as listas dos Doze recordam a traição como uma coisa já efectuada: “Judas Iscariotes, o que o traiu”, assim diz Marcos (3, 19); Mateus (10, 4) e Lucas (6, 16) usam fórmulas equivalentes. A traição como tal aconteceu em dois momentos: antes de tudo no planeamento, quando Judas se põe de acordo com os inimigos de Jesus por trinta moedas de prata (cf. Mt 26, 14-16), e depois na execução com o beijo dado ao Mestre no Getsémani (cf. Mt 26, 46-50). Contudo, os evangelistas insistem sobre a qualidade de apóstolo, que competia a Judas para todos os efeitos: ele é repetidamente chamado “um dos Doze” (Mt 26, 14.47; Mc 14, 10.20; Jo 6, 71) ou “do número dos Doze” (Lc 22, 3). Aliás, por duas vezes Jesus, dirigindo-se aos Apóstolos e falando precisamente dele, indica-o como “um de vós” (Mt 26, 21; Mc 14, 18; Jo 6, 70; 13, 21). E Pedro dirá de Judas que “era do nosso número e tinha recebido o nosso mesmo ministério” (Act 1, 17).

Trata-se portanto de uma figura pertencente ao grupo dos que Jesus tinha escolhido como companheiros e colaboradores íntimos. Isto suscita duas perguntas na tentativa de dar uma explicação aos acontecimentos que se verificaram. A primeira consiste em perguntar como aconteceu que Jesus tenha escolhido este homem e nele tenha confiado. Apesar de Judas ser de facto o ecónomo do grupo (cf. Jo 12, 6b; 13, 29a), na realidade é qualificado também como “ladrão” (Jo 12, 6a). Permanece o mistério da escolha, também porque Jesus pronuncia um juízo muito severo sobre ele: “ai daquele por quem o Filho do Homem vai ser entregue” (Mt 26, 24).

Torna-se ainda mais denso o mistério acerca do seu destino eterno, sabendo que Judas “se arrependeu e restituiu as trinta moedas de prata aos sumos sacerdotes e aos idosos, dizendo: “Pequei, entregando sangue inocente”" (Mt 27, 3-4). Mesmo se em seguida ele se afastou para se ir enforcar (cf. Mt 27, 5), não compete a nós julgar o seu gesto, substituindo-nos a Deus infinitamente misericordioso e justo.

Uma segunda pergunta refere-se ao motivo do comportamento de Judas: porque traíu Jesus? A questão é objecto de várias hipóteses. Alguns recorrem ao factor da sua avidez de dinheiro; outros dão uma explicação de ordem messiânica: Judas teria ficado desiludido ao ver que Jesus não inseria no seu programa a libertação político-militar do seu próprio País. Na realidade os textos evangélicos insistem sobre outro aspecto: João diz expressamente que “tendo já o diabo metido no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que O entregasse” (Jo 13, 2); analogamente escreve Lucas: “Entrou satanás em Judas, chamado Iscariotes que era do número dos Doze” (Lc 22, 3).

Desta forma, vai-se além das motivações históricas e explica-se a vicissitude com base na responsabilidade pessoal de Judas, o qual cedeu miseravelmente a uma tentação do maligno. A traição de Judas permanece, contudo, um mistério. Jesus tratou-o como um amigo (cf. Mt 26, 50), mas, nos seus convites a segui-lo pelo caminho das bem-aventuranças, não forçava as vontades nem as preservava das tentações de satanás, respeitando a liberdade humana.

De facto, as possibilidades de perversão do coração humano são verdadeiramente muitas. O único modo de as evitar consiste em não cultivar uma visão das coisas apenas individualista, autónoma, mas ao contrário em colocar-se sempre de novo da parte de Jesus, assumindo o seu ponto de vista. Devemos procurar, dia após dia, estar em plena comunhão com Ele. Recordemo-nos de que também Pedro se queria opor a ele e ao que o esperava em Jerusalém, mas recebeu uma forte reprovação: “Tu não aprecias as coisas de Deus, mas só as dos homens” (Mc 8, 32-33)!

Pedro, depois da sua queda, arrependeu-se e encontrou perdão e graça. Também Judas se arrependeu, mas o seu arrependimento degenerou em desespero e assim tornou-se autodestruição. Para nós isto é um convite a ter sempre presente quanto diz São Bento no final do fundamental capítulo V da sua “Regra”: “Nunca desesperar da misericórdia divina”.

Na realidade Deus “é maior que o nosso coração”, como diz São João (1 Jo 3, 20). Por conseguinte, tenhamos presente duas coisas. A primeira: Jesus respeita a nossa liberdade. A segunda: Jesus espera a nossa disponibilidade para o arrependimento e para a conversão; é rico de misericórdia e de perdão. Afinal, quando pensamos no papel negativo desempenhado por Judas devemos inseri-lo na condução superior dos acontecimentos por parte de Deus. A sua traição levou à morte de Jesus, o qual transformou este tremendo suplício em espaço de amor salvífico e em entrega de si ao Pai (cf. Gl 2, 20; Ef 5, 2.25).

O Verbo “trair” deriva de uma palavra grega que significa “entregar”. Por vezes o seu sujeito é inclusivamente Deus em pessoa: foi ele que por amor “entregou” Jesus por todos nós (cf. Rm 8, 32). No seu misterioso projecto salvífico, Deus assume o gesto imperdoável de Judas como ocasião da doação total do Filho para a redenção do mundo.

Em conclusão, queremos recordar também aquele que depois da Páscoa foi eleito no lugar do traidor. Na Igreja de Jerusalém a comunidade propôs dois para serem sorteados: “José, de apelido Barsabas, chamado justo, e Matias” (Act 1, 23). Foi precisamente este o pré-escolhido, de modo que “foi associado aos onze Apóstolos” (Act 1, 26). Dele nada mais sabemos, a não ser que também tinha sido testemunha de toda a vicissitude terrena de Jesus (cf. Act 1, 21-22), permanecendo-lhe fiel até ao fim. À grandeza desta sua fidelidade acrescenta-se depois a chamada divina a ocupar o lugar de Judas, como para compensar a sua traição. Tiramos disto mais uma lição: mesmo se na Igreja não faltam cristãos indignos e traidores, compete a cada um de nós equilibrar o mal que eles praticam com o nosso testemunho transparente a Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.

terça-feira, abril 14, 2009

Empate sensacional dá vaga ao Chelsea

Alex marcou um dos gols do Chelsea, que está na semifinal da Liga dos Campeões (Crédito: EFE)


LANCEPRESS!

Em jogo emocionante, Chelsea e Liverpool ficaram no empate em 4 a 4, no Estádio Stamford Brigde. Com o resultado, a equipe de Londres, que venceu a partida de ida por 3 a 1, segue adiante na Liga dos Campeões da Europa e enfrenta o Barcelona na semifinal da competição.

O primeiro tempo foi todo do Liverpool. A primeira chance veio aos 12 minutos. Em descida rápida, Benayoun deu lindo passe de letra para Torres, que tirou a defesa da jogada e chutou por cima do gol, com muito perigo. O Chelsea respondeu no minuto seguinte, em cobrança de falta de Lampard que assustou Reina.

Os vermelhos abriram o placar justamente em bola parada, aos 18 minutos. Fábio Aurélio se preparou para cobrança do lado direito e, em vez de cruzar, mandou diretamente para o gol. O goleiro Cech, surpreso e mal posicionado, tentou voltar, mas não teve tempo de evitar o primeiro gol dos visitantes.

Nove minutos depois, outra falta na direita para o Liverpool. Fábio Aurélio cruzou desta vez e o árbitro Luis Medina Cantalejo marcou pênalti de Ivanovic em Xabi Alonso. O próprio volante espanhol cobrou e fez o segundo da equipe vermelha.

O terceiro gol quase veio ainda no primeiro tempo, novamente em jogada do lateral brasileiro. Aos 44, ele cruzou e Kuyt cabeceou para linda defesa de Cech. O rebote ficou com o próprio Fábio Aurélio, que mandou para a área. Após confusão na área, Alex afastou quase em cima da linha.

Na volta do intervalo, as equipes mudaram de postura. O Chelsea saiu da retranca e passou a atacar com velocidade. O Liverpool, que fazia excelente partida, recuou. Logo aos cinco minutos, Anelka avançou pela direita e cruzou rasteiro. Drogba chegou antes de Skrtel e desviou para o gol, dimuindo o placar.

Três minutos depois, o centroavante quase marcou de novo, em cobrança de falta que saiu por muito pouco. Aos dez, nova falta para o Chelsea. O brasileiro Alex ajeitou e mandou uma bomba, indefensável para Reina. Com o empate, os londrinos tinham vantagem de dois gols, mas seguiram pressionando. A virada aconteceu aos 30 minutos, em bela jogada de Drogba. O africano passou por Skrtel e tocou para Lampard, que chutou por baixo de Reina.

Quando a vaga parecia certa nas mãos do Chelsea, o Liverpool reagiu. Aos 35, Lucas arriscou de fora da área, a bola desviou na defesa e enganou Cech. Novo empate: 3 a 3. Mais dois minutos se passaram e Riera fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Kuyt, sozinho, colocar os vermelhos em vantagem.

Desesperado, o Liverpool continuava pressionando para chegar ao gol da classificação. Porém descuidou da defesa. Novamente após jogada de Drogba, Lampard chutou. A bola bateu nas duas traves antes de entrar. Finalmente, o Chelsea estava na semifinal.

Com a pulga atrás da orelha


"Autorretrato com a Orelha Enfaixada", célebre quadro do pintor holandês Vincent Van Gogh, 1889
Estudiosos alemães contestam automutilação de Van Gogh e defendem tese de que Gauguin teria cortado a orelha do pintor
EDUARDO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL
No dia 30 de dezembro de 1888, o jornal "Forum Républicain", de Arles, na França, noticiava que, no domingo anterior, o pintor holandês Vincent van Gogh (1853-1890) havia ido a uma "casa de tolerância" da cidade e procurado por uma prostituta de nome Rachel, a quem teria entregue sua orelha esquerda, dizendo: "Guarde este objeto com cuidado".
Van Gogh teria cortado a parte inferior do lóbulo esquerdo, com uma lâmina de barbear, após brigar com o colega francês Paul Gauguin (1848-1903), que ameaçava partir depois de dois meses de parceria artística e convivência conflituosas.
Relatada por Gauguin em inquérito iniciado na manhã seguinte, e em suas memórias "Antes e Depois", a versão de automutilação foi recentemente rebatida pelos estudiosos alemães Hans Kaufmann e Rita Wildegans no livro "Van Goghs Ohr: Paul Gauguin und der Pakt des Schweigens" (a orelha de Van Gogh: Paul Gauguin e o pacto do silêncio), ainda sem previsão de edição brasileira.
Kaufmann e Wildegans sustentam que Gauguin, "espadachim extraordinário", teria cortado com uma espada a orelha de Van Gogh quando esse, num acesso, partira para cima dele. O ataque não seria consequência da "loucura" ou epilepsia atribuídas ao pintor, mas sim da porfíria, que tem transtornos mentais entre os sintomas.
Os autores começaram sua pesquisa em 1996, após verem o quadro "Girassóis sobre uma Poltrona" (1901). "O tema da obra, em especial o girassol "morto" ao fundo, com um olho, nos pareceu conter uma mensagem secreta. Concluímos que, com ele, Gauguin representa o amigo morto [Van Gogh], que o observa do além. E o olho simboliza o peso na consciência de Gauguin", diz Kaufmann à Folha.
Outra "pista" teria sido uma carta de Van Gogh ao irmão Theo, de 17 de janeiro de 1889. Nela, o pintor fala do "impulso animal" de Gauguin e diz que enviaria logo a máscara e luvas de esgrima que o ex-parceiro pedira de volta, com a esperança de que ele "nunca venha a usar armas mais sérias".
Para Louis van Tilborgh, pesquisador do Museu Van Gogh de Amsterdã, com quem Kaufmann debateu há uma semana na Holanda, o livro é honesto, mas especulativo. "Os autores não têm provas suficientes para confirmar o que acham que Gauguin fez a Van Gogh", diz Van Tilborgh. "Mergulham em todo o tipo de detalhes que consideram importantes para sua teoria. Mas, na maior parte do tempo, a interpretação poderia ser a já conhecida."
A hipótese do "código Gauguin" no quadro também é criticada: "Pintar girassóis, retratando-os com olhos, é algo que Gauguin já fazia antes mesmo de eles brigarem. Não se pode provar nada com esse quadro".
Pacto
Para Kaufmann, o "crime" cometido por Gauguin não teria vindo à tona por conta de um pacto de silêncio, evidenciado em declaração de Van Gogh, contida em relato de Gauguin: "Você está silente, e assim eu também ficarei".
Gauguin, diz Kaufmann, teria se calado para evitar a prisão. E Van Gogh, sentindo-se cúmplice, não queria que o amigo fosse preso e esperava retomar a parceria. "Por trás disso estaria ainda, possivelmente, a admiração homoerótica de Van Gogh por Gauguin."
Para Van Tilborgh, qualquer que seja a explicação para a orelha cortada de Van Gogh, o incidente reforçou um mito negativo. "Tornou-se um problema para ele, alguém com novas propostas estéticas, cujo trabalho poderia ser apresentado, especialmente após o incidente, como a arte de um lunático. E mais: isso encobria seus verdadeiros problemas de saúde."
Kaufmann defende que Van Gogh passou a ser visto como um "perigo potencial para a sociedade" depois da "propaganda" negativa de Gauguin. "Ele foi internado num hospital a pedido de vizinhos. E sua posterior entrada, mais ou menos voluntária, num asilo, já foi um sinal de sua resignação. E um sinal para o suicídio que ele cometeria 19 meses depois."

segunda-feira, abril 13, 2009

Adolescente retirou 327 livros em 2008

DO "AGORA"

Toda quinta-feira, depois que sai da escola, a estudante Ana Beatriz Batista de Faria, 13, faz uma parada obrigatória no ônibus da prefeitura cheio de livros e revistas que fica estacionado perto de sua casa, no Capão Redondo (zona sul). Fanática por leitura, a garota lê cerca de um livro por dia -quase 400 por ano-, atividade que se tornou ainda mais completa após a chegada do ônibus biblioteca ao bairro, em novembro passado.

Em 2008, ela pegou emprestado 327 exemplares na biblioteca da escola particular onde estuda, o que a fez ganhar o prêmio de aluna que mais leu no período -tanto que enjoou do acervo. "Já li todos os livros da escola. O ônibus é legal porque sempre tem algo diferente."

A descoberta do ônibus biblioteca foi mérito de sua mãe, a professora de música Vera Lúcia Batista, 49, que a levou à inauguração do serviço e, desde então, a acompanha ao local toda quinta. Um dos seus preferidos é "Persépolis", quadrinhos da iraniana Marjane Satrapi. Ana também já leu "Hamlet" e "Romeu e Julieta", de William Shakespeare (1564-1616) e "Os Miseráveis", de Victor Hugo (1802-1885) -esse a pedido da escola.

quarta-feira, abril 08, 2009

Seis bandidos morrem em assalto


ARAME - Por volta das 11h30, desta quarta-feira, 8, nove bandidos tentaram assaltar a agência dos Correios do município de Arame (400Km de São Luís). Com a ação da polícia, seis bandidos morreram, um foi preso, após ser baleado, e dois estão foragidos.
As informações foram confirmadas pelo Superintendente de Polícia do Interior, Joviano Furtado, que informou ainda a apreensão duas escopetas, um revólver e fuzis.
Segundo Ademar Magalhães, presidente da Associação Comercial do município, a população de Arame está em pânico e bastante revoltada. Mais de três mil pessoas estariam no local do assalto. Um helicóptero do Grupo Tático Aéreo já foi enviado para Arame.
Foto: Raimundo Paiva

Zagueiro brilha, Chelsea bate Liverpool e fica perto de vaga


Quem esperava por Drogba ou Fernando Torres no duelo inglês na Copa dos Campeões, acabou vendo o zagueiro sérvio Ivanovic desequilibrar na vitória do Chelsea sobre o Liverpool, por 3 a 1, em pleno Anfield Road.
O defensor do Chelsea marcou dois gols na partida e colocou a equipe de Guus Hiddink bem próximo de uma vaga às semifinais do torneio.
Na partida de volta, jogando na sua casa, o Chelsea pode perder por um gol de diferença ou por 2 a 0 que avançará na competição de clubes mais importante da Europa.
Apoiado por sua fanática torcida, o Liverpool abriu o placar aos 6min de jogo. Em uma troca de passes que incluiu Kuyt, Arbeloa e Fernando Torres, a bola sobrou para o espanhol tocar para o fundo das redes, dentro da grande área.
Porém, o Chelsea não desanimou na partida e foi em busca do empate. Os visitantes igualaram o marcador aos 38min do primeiro tempo. Ivanovic apareceu de surpresa na área e cabeceou para o fundo das redes.
A equipe de Guus Hiddink voltou melhor para o segundo tempo e após Drogba perder um gol feito, o time inglês conseguiu virar o marcador aos 17min, com novo tento marcado por Ivanovic de cabeça, depois de cruzamento na área.
O Chelsea sacramentou a vitória e a boa vantagem para o segundo jogo aos 22min. Malouda acertou belo cruzamento para Drogba, que só teve o trabalho de tocar a bola para o fundo das redes na saída do goleiro.

Saem os indicados ao Eisner Awards - Gabriel Bá recebe três indicações


Brasileiro é o único na lista; Dark Horse é a editora campeã de indicações
Um brasileiro tem chance de trazer mais troféus do Eisner Awards - o maior prêmio dos quadrinhos dos EUA - para o país. Gabriel Bá, que ano passado saiu com dois troféus (um dividido com a trupe de 5 e um solo), foi indicado a três categorias na listagem deste ano, que a organização do Eisner divulgou hoje: melhor capista (de Casanova e The Umbrella Academy), melhor desenhista (The Umbrella Academy) e melhor álbum gráfico - republicação (The Umbrella Academy: Apocalypse Suite).
É o único brasileiro indicado, porém. E The Umbrella Academy: Apocalypse Suite é um dos nomes mais citados na lista - além das três categorias acima, o álbum concorre de novo em melhor capista (pelo outro responsável pelas capas da série, James Jean) e por colorista (Dave Stewart).
Como no ano passado, é crescente a inclusão de nomes estrangeiros na lista e de quadrinhos publicados originalmente no Japão ou na França. Alan's War, do francês Emmanuel Guibert, por exemplo, tem quatro indicações, e o mangá Monster, de Naoki Urasawa, tem duas.

terça-feira, abril 07, 2009

Morre o compositor Antônio Vieira


O cantor e compositor Antônio Vieira morreu nesta manhã, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), no UDI hospital. Antônio Vieira estava internado desde o último dia 2, quando passou mal em sua casa. O corpo será velado na Pax União, da Rua Grande. O enterro vai acontecer às 10h, no Cemitério do Gavião.
Histórico
Antonio Vieira nasceu em 9 de maio de 1920, na rua de São João, em São Luís do Maranhão. O filho de dona Maria cresceu próximo ao Mercado Central, local de efervescências sociais e culturais, com seus muitos personagens. Era a gente do povo. Naquela época, quando nem se sonhava com supermercados, a cidade borbulhava de vendedores típicos ambulantes, os chamados pregoeiros, que vendiam (ou compravam) de tudo de porta em porta, anunciando-se com seus pregões cantados e bem-humorados, que tanto fascinavam o menino. Tudo isso, e a paz de uma cidade ainda civilizada,ficou para sempre gravado na memória de Seu Vieira.
Começou a se interessar por música e a compor muito jovem. Ainda menino, prometeu à sua segunda mãe:"minha madrinha, quando eu souber escrever, eu vou fazer o poema para o azul, a cor que eu mais gosto". Aos 16 anos fez sua primeira música, com o entusiástico título de "Mulata Bonita", um samba cadenciado e bem moderno para a época. Mais tarde compôs o "Poema Para o Azul", cumprindo a promessa de menino. Para compor, Vieira usa sua marca registrada, a simplicidade. Ao longo de sua extensa carreira, a sua principal fonte de inspiração tem sido a vida do homem comum, da gente das ruas, o amor e o sofrimento das pessoas simples.
O Samba é Bom
O CD "O Samba é Bom" do cantor e compositor Antônio Vieira é o primeiro disco solo de sua carreira. Aos 89 anos, Mestre Vieira foi representante de uma geração de músicos maranhenses da qual se tem pouco registro. Gravado ao vivo nos dias 19 e 20 de janeiro de 2001 no Teatro Arthur Azevedo em São Luís, o disco tem participações de Elza Soares, Sivuca e Rita Ribeiro, além de seu produtor e idealizador Zeca Baleiro. A canção "Cocada", também gravada no cd "Rita Ribeiro" de 97, valeu ao autor uma indicação ao Prêmio Sharp na categoria "Melhor Canção".
Com um acervo de mais de trezentas composições - entre sambas, valsas, boleros e ritmos regionais, como baralho e carimbó maranhense - seu trabalho permaneceu praticamente desconhecido do grande público, a exemplo de outros grandes artistas brasileiros, como Cartola, Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento, Clementina de Jesus e Batatinha, que só tiveram suas obras reconhecidas tardiamente, e hoje fazem parte da história musical do país.

Porto repete 2004 e arranca empate do Manchester na Inglaterra


Carrasco do Manchester United na edição de 2004 da Copa dos Campeões, o Porto voltou a ser um problema na vida do time inglês em busca de mais um título do principal torneio de clubes da Europa. Cinco anos depois de arrancar um empate por 1 a 1 no Old Trafford e eliminar o time de Alex Ferguson na semifinal, os portugueses voltaram ao estádio na tarde desta terça-feira e repetiram a igualdade, desta vez por 2 a 2, em jogo que abriu o duelo válido pelas quartas-de-final.
Diante dos atuais campeões ingleses, europeus e mundiais, e com a difícil missão de parar o também português Cristiano Ronaldo, eleito pela Fifa como o melhor jogador do mundo, o Porto superou seu péssimo retrospecto na Inglattera e confirmou a condição de carrasco da equipe vermelha. Em 12 partidas disputadas no país, a equipe tricampeã nacional foi derrotada em dez ocasiões e só empatou dois duelos, justamente contra o Manchester, no Old Trafford.

segunda-feira, abril 06, 2009

Pesquisador descobre na Austrália cópia da 'lista de Schindler'


Foto divulgada pela biblioteca estadual de New South Wales nesta segunda-feira (6) mostra o escritor Thomas Keneally com a 'lista de Schindler', com nomes de 801 judeus salvos do Holocausto pelo industrial alemão Oskar Schindler. A lista foi descoberta quando o pesquisador Olwen Pryke vasculhava seis caixas de documentos adquiridas pela livraria em 1996. A lista, de 13 páginas, é uma cópia da original em papel carbono. Ela foi achada entre notas de pesquisa e recortes de jornais alemães em uma das caixas, segundo o pesquisador. A história virou um longa-metragem do diretor americano Steven Spielberg em 1993. (Foto: AFP)

Confira os sete erros capitais de Celso Roth no Grêmio

O domingo fechou mais um ciclo de Celso Roth no Grêmio. A derrota no Gre-Nal encerrou a terceira passagem do treinador pelo clube. O técnico assumiu o time em fevereiro de 2008, no lugar do invicto Vagner Mancini.

Desde o início o nome de Roth seu nome não era unanimidade entre os torcedores. Após grandes tropeços no começo do trabalho, o comandante conseguiu se equilibrar e seguir seu caminho. Em um ano e dois meses de Olímpico, foram diversos deslizes que fizeram o técnico perder o seu cargo.

1 - Eliminações precoces
Os primeiros vacilos ocorreram quando não podiam acontecer ainda em 2008. Em uma semana, o time comandado por Roth foi eliminado no Estádio Olímpico pelo Juventude, no Campeonato Gaúcho, e pelo Atlético Goianiense, na Copa do Brasil. Com pouco tempo no clube, o treinador balançava pela primeira vez.

O time tricolor ficou um mês sem jogar devido às eliminações precoces. Nesse período foi aprimorada a preparação física dos jogadores e realizados amistosos. Nas partidas amistosas, o desempenho foi fraco, a demissão era questão de tempo, ou melhor, esperava-se somente a derrota na estréia do Campeonato Brasileiro. Mesmo fora de casa, o Grêmio bateu o São Paulo, salvando o pescoço do treinador.

2 - Perda do Campeonato Brasileiro
A campanha do Brasileiro surpreendeu. Cotado para brigar para não ser rebaixado, o Grêmio se tornou um forte candidato ao título após as primeiras rodadas. Com metade da competição concluída, o time tricolor tinha o melhor desempenho no primeiro turno na era dos pontos corridos.

Eram 11 pontos de vantagem para o São Paulo, mas rodada a rodada a diferença foi diminuindo. Em partidas decisivas, como contra o Cruzeiro, por exemplo, o time não se portava bem. O resultado foi a perda do Brasileiro. Se a classificação para a Libertadores foi além das expectativas antes do início da competição, o Grêmio perdeu um título que esteve em suas mãos.

3 - O esquema 3-6-1
Com um 3-5-2 consolidado, a pré-temporada teve como objetivo criar variações táticas para o time no decorrer da temporada. Em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, Roth enfatizou trabalhos com o esquema 3-6-1. O 4-4-2 estava em segundo plano e o 3-5-2 ficou relegado a ser a última opção. A justificativa era que a equipe já estava adaptada a este modo de jogo.

O sistema com somente um atacante agradou a Roth. Em alguns jogos valendo pontos, ele foi utilizado. Inclusive em um dos Gre-Nais, causando a ira da diretoria, que nunca foi com a cara do esquema.

"Houve uma mudança, que acabou fazendo a equipe perder muito da qualidade demonstrada. E sempre se corre o risco de mudar algo que está dando certo", criticou o assessor de futebol, André Krieger, após a derrota em um dos clássicos. Depois de perder o primeiro turno do Gaúcho com essa tática, o 3-6-1 foi tardiamente abandonado.

4 - Desprezo pelo Gaúcho
Celso Roth nunca escondeu que a Libertadores era a prioridade gremista em 2009, mas o treinador pecou ao desprezar o Estadual. Pior: desdenhou do Gre-Nal, que é um torneio à parte, disputado em um jogo só, que vale tanto quanto um título.

Depois de vencer o Veranópolis, com time reserva, em uma sexta-feira, o Grêmio garantiu o seu lugar na decisão da Taça Fernando Carvalho. Após a vitória sobre o VEC, Roth se preocupou apenas em diminuir a importância do clássico que decidiria o segundo turno e a qualidade do maior rival.

"Quem organiza o campeonato atingiu o seu objetivo. Para nós é um absurdo, porque não se privilegia o mais importante. O jogo não serve de preparação para a Libertadores, porque o Inter não está nela", comentou após o jogo contra o Veranópolis.

No domingo, o time tricolor foi derrotado por 2 a 1. Depois de perder novamente para o maior rival, seguiu-se uma série de maus resultados, empate com o Ypiranga e derrota para o Santa Cruz. O treinador ficava balançando outra vez.

A salvação estava na Libertadores. Com uma atuação superior ao adversário, o Grêmio bateu o Boyacá Chicó por 1 a 0, na Colômbia. Roth conseguia se equilibrar na corda que cada vez estava mais fina e bamba.

5 - Douglas Costa
Quando tudo parecia ter voltado à tranquilidade no Olímpico, Roth conseguiu sozinho destruir o clima interno. Apesar de ter quase 20 anos de profissão, ele cometeu um erro de principiante e fez seu conceito - que era baixíssimo com a torcida e razoável com a direção - cair a patamares mínimos.

Com as atenções da imprensa gaúcha voltadas para a partida da Seleção Brasileira diante do Peru, Roth parece ter sentido vontade de aparecer nas manchetes. Em um treino, aparentemente normal, ele disparou contra o meia Douglas Costa.

"Velocidade é a única coisa que você tem. Você está fisicamente aqui, mas parece que não está interessado. A cabeça não está aqui. Você acha que sabe tudo, mas não sabe merda nenhuma", esbravejou contra o garoto.

Desde que voltou da Seleção Sub-20, o jovem Douglas Costa era preterido pelo treinador - inclusive, quando os reservas atuavam. O meia de 18 anos é considerado uma jóia no Olímpico. Um diamante avaliado em R$ 80 milhões. A atitude do comandante da equipe não agradou aos dirigentes.

"Às vezes, um técnico assume o papel de pai com os jogadores. Mas isso não justifica os termos que foram usados", advertiu Krieger.

6 - Planejamento
Desde o primeiro dia do ano, o treinador falava em "planejamento" - expressão mais utilizada durante as entrevistas de Celso Roth nos quatro meses de 2009. Contudo, foi exatamente um erro desse tipo que começou a fazê-lo perder o cargo.

Após xingar Douglas Costa, o Grêmio partiu para Caxias do Sul para enfrentar o Caxias, pela última rodada da fase de grupos da Taça Fábio Koff. Visando à Libertadores, Roth poupou seus titulares, que voltariam a jogar somente na terça-feira diante do Aurora. O planejamento custou caro.

Os reservas gremistas deram vexame. Não foram vistos em campo. Podendo perder até por dois gols de diferença para evitar um Gre-Nal, os tricolores foram goleados por 4 a 0. Sem um plano B, a direção anunciou que os titulares entrariam em campo. Coube a Roth acatar.

"A direção se pronunciou e temos que acatar. Nós conversamos e isso tem que ficar claro. A direção sabe exatamente as circunstâncias de colocar uma equipe titular no domingo", explicou o contrariado treinador ao falar do "pedido" da diretoria para escalar os titulares no clássico diante do Inter.

7 - Não vencer Gre-Nais
Celso Roth planejava conquistar a América, mas se esqueceu do seu incômodo vizinho. E o Inter tirou o sono do comandante. São sete partidas sem vitórias tricolores. Sendo que os últimos quatro confrontos terminaram em festa colorada.

No Brasileiro, a goleada vermelha por 4 a 1 custou ao Grêmio a liderança da competição. Em 2009, apesar de atuar melhor no primeiro clássico do ano, o time tricolor saiu de cabeça baixa, após levar 2 a 1.

Na decisão do primeiro turno do Campeonato Gaúcho, o treinador arriscou o 3-6-1. O time não viu a bola. Enquanto perdia por 1 a 0, Roth modificou a equipe, colocando-a no 4-4-2. A mudança surtiu efeito e o empate chegou.

Mas o comandante tricolor parecia ter medo de vencer. Assim que igualou o placar, modificou de novo, retraiu seu time com o 3-5-2, levou o segundo gol e viu a festa vermelha no Beira-Rio.

domingo, abril 05, 2009

García Márquez nega que esteja pensando em abandonar a literatura


Bogotá, Colômbia - O Nobel colombiano Gabriel García Márquez negou que tenha abandonado a literatura ou que esteja pensando em fazê-lo, como disseram duas pessoas próximas ao escritor, e garantiu que a única coisa que faz é escrever, em declarações ao jornal El Tiempo publicadas neste domingo.
"Não só isso não é verdade, como a única coisa certa é que não faço outra coisa senão escrever", disse em conversa por telefone, de seu apartamento na Cidade do México.
García Márquez, de 81 anos, e que só respondeu a duas perguntas, também negou que deixará de publicar livros, e deu a entender que está trabalhando em novas obras. "Meu ofício não é publicar, mas escrever", disse.
Em entrevista ao jornal La Tercera do Chile, o britânico Gerald Martin, biógrafo de García Márquez, disse que o criador do realismo mágico deixará a pena e "não escreverá mais livros".
Gabriel García Márquez é autor, entre outras obras, de "Cem Anos de Solidão" e "O Amor Nos Tempos do Cólera".

quarta-feira, abril 01, 2009

'Playboy' divulga capa do sexto ensaio de Scheila Carvalho


Scheila Carvalho, 35 anos, volta a estampar a capa da revista Playboy no mês de abril, oito anos depois de seu último ensaio.
A dançarina já foi estrela da revista em 1998, 1999, 2000 e 2001. Em março de 2003, ela participou do primeiro DVD da Playboy, vendido junto com uma edição especial. Na época, ela disse que este seria o seu último trabalho nu.
O ensaio de abril, fotografado por J.R. Duran, tem como tema a estrada. Atualmente, Scheila está casada com o cantor Tony Sales.