quinta-feira, agosto 29, 2013

Abertura da Bienal do Livro tem polêmica sobre direitos autorais

http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2013/08/29/abertura-da-bienal-do-livro-tem-polemica-sobre-direitos-autorais.htm

Fabíola Ortiz
Do UOL, no Rio de Janeiro

16ª edição da Bienal Internacional do Livro Rio (agosto 2013)10 fotos

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29.ago.2013 - A ministra da Cultura, Marta Suplicy, faz abertura da 16ª Bienal do Livro do Rio de Janeiro que acontece no Riocentro, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. O evento acontece até o dia 8 de setembro Leia mais ERBS JR./FRAME/ESTADÃO CONTEÚDO
A Bienal do Livro começou nesta quinta-feira (29) no Rio com a polêmica sobre direitos autorais logo na cerimônia de abertura. O SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros) cobrou do governo federal que a lei sobre o tema trate de forma diferenciada as demandas dos autores de livros e de compositores de música.
Enquanto a ministra da Cultura, Marta Suplicy, mencionou em seu discurso a nova lei de direitos autorais que está sendo gestada na Casa Civil, a presidente do SNEL, Sônia Jardim, foi enfática ao defender uma abordagem mais específica para regular o direito autoral na internet.
"Temos que pensar com pé no século 21. É preciso que o autor seja remunerado. O autor tem que poder viver do que ele cria. Não podemos esquecer da internet. Esse projeto vai mostrar como vamos proteger os criadores", pronunciou Suplicy sem dar muitos detalhes. A ministra saiu sem falar com a imprensa.
Para Jardim, a preocupação do setor é evitar que seja flexibilizada a cópia integral de livros ou que os downloads sejam disseminados sem a devida cobrança autoral.
"O problema do músico é completamente diferente do livro, são duas coisas distintas. O nosso pleito é que a lei não permita a questão da cópia integral de livro ou de grandes trechos", destacou.
A presidente do sindicato receia que, caso a lei seja flexibilizada, os livros digitais sofram o mesmo que ocorreu com as músicas online: a disseminação de músicas baixadas sem nenhum controle.
"Num momento em que vivemos de mudança tecnológica no mundo do livro digital, vai acontecer o mesmo com a música, os livros vão acabar sendo copiados sem pagar nada. Esse é um grande desafio e a gente espera que a lei proteja o autor, garanta que ele seja remunerado pelo seu trabalho", argumentou Jardim.
O SNEL, que organiza a Bienal, defende que a lei seja clara."Outra questão é o marco civil da internet. Quando a gente percebe que há um material ilegal na internet, é possível fazer uma notificação extra judicial e a gente quer que a nova lei contemple isso. A justiça é lentíssima, se for pedir uma autorização para o juiz para notificar alguém, em pouco tempo já vão ser baixados milhares de cópias", criticou.
O SNEL envia para a Justiça mais de 20 mil notificações por mês para a retirada de conteúdo ilegal. "Na maior parte das vezes nós conseguimos, só quando o hospedeiro é fora do Brasil que dificulta", salientou.
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Principais lançamentos na 16ª Bienal do Livro do Rio de Janeiro 10 fotos

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"O MENINO QUE VEIO DE VÊNUS", de ZIRALDO: Grande homenageado da 16ª Bienal do Livro do Rio, Ziraldo lança o sexto livro da coleção "Os Meninos dos Planetas". Nele, o protagonista é Vevê, um menino de Vênus que tem como missão alvejar homens e mulheres com suas flechas e provocar neles o encontro dos olhares, o acelerar do coração e a união das mãos e das almas pelo amor. Ziraldo, nessa recriação do mito do Cupido, também reconta a história de Romeu e Julieta. O escritor, cartunista e ilustrador autografa esse e mais cinco lançamentos nos dois finais de semana da Bienal do Livro do Rio, sempre às 15h30 Divulgação

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