segunda-feira, dezembro 03, 2007

PELA PAZ

Hoje, fiquei sabendo que Israel libertou 429 prisioneiros palestinos. Embora me encontre a anos-luz de distãncia da realidade do Oriente Médio, sei muito bem - pelo que sempre chegou até nós pelos noticiários - que a paz nessa região nunca deixou de ser possível. O que a impossiblitava era o crônico estado de de beligerãncia demonstrado por ambos os povos.
Certa vez, ouvi de um evangélico da Assembléia de Deus que todos esses conflitos jamais chegariam ao fim porque têm não apenas um pano de fundo histórico, como também é justificado pelas Sagradas Escrituras. Concordo quando dizem que política, futebol, religião e mulheres não podem ser discutidos: cada um tem seu gosto e acredita no que quiser - desde que não tente impor sua crença. Mas não posso admitir que a Palavra (ou o Verbo, como no princípio do mundo) seja deturpada a fim de que sirva para permitir assassinatos em massa ou genocídio.
Em "A soma de todos os medos", de Tom Clancy, os palestinos haviam encontrado um meio de "destruir" Israel - através de um protesto passivo. Um grupo de manifestantes atraiu uma das forças policiais israelenses e, na frente de equipes de televisão locais, começou a vociferar palavras de ordem. Quando os policiais chegaram, os manifestantes simplesmente nada fizeram. Apenas esperaram que os israelenses tomassem alguma atitude. O que aconteceu da maneira mais trágica. O comandante da força estourou com um tiro a cabeça do líder rebelde. Foi o ponto de partida para que atiradores de elite começassem a eliminar os palestinos. Esse acontecimento passou a imagem de que os israelenses eram carniceiros. Conseqüentemente, houve a necessidade de se desafazer essa impressão, e iso levou a que todos os países envolvidos no conflito manifestassem o interesse de acenar com a bandeira branca.
Hoje, o evento da libertação de prisioneiros palestinos pode ter esse mesmo significado, na "vida real". Chega de guerra. Neste novo século, o mundo clama por paz.

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