sábado, março 20, 2010

"Superclásico" pode marcar recorde de Palermo e despedida de Riquelme

Do UOL Esporte
Em São Paulo


Neste domingo, a Argentina voltará suas atenções para La Bombonera. O estádio será o palco de mais um Superclásico entre Boca Juniors e River Plate, com início às 15h (horário de Brasília). A partida, que pode se tornar especial para Martín Palermo e Juan Román Riquelme, tem um significado um pouco diferente desta vez para as torcidas das duas equipes.

O clima para este encontro está marcado pelo momento ruim vivido pelos dois times. Tanto para Boca Juniors como para River Plate, uma vitória sobre o maior rival servirá como consolo para apagar um desempenho de pouco destaque no torneio Clausura.

Antes do início da 10ª rodada, o River Plate ocupa um modesto 11º lugar, com apenas 12 pontos ganhos – oito a menos do que o líder Independiente. O Boca Juniors está em situação ainda pior: o clube aparece na 17ª colocação com oito pontos, somente três acima do lanterna Atlético Tucumán.

As duas equipes, que nem estão na Libertadores deste ano por conta de seu desempenho ruim nos últimos campeonatos nacionais, entram em campo pressionadas. Após a derrota para o Tigre por 3 a 0, na rodada passada, torcedores do Boca Juniors intimidaram os jogadores da equipe. O River Plate busca uma vitória na casa do adversário para tentar embalar e motivar uma possível reação.

Levando-se em consideração todos os Superclásicos realizados (incluindo amistosos e jogos na época do amadorismo), o Boca Juniors leva vantagem sobre o rival. Os xeneizes ganharam 119 partidas; o River Plate comemorou 104 triunfos e houve 102 empates. Apesar da fase ruim, Leonardo Astrada, treinador do River, discorda de quem acha o clássico desvalorizado. "Vive-se este jogo com uma grande intensidade", analisou.

A torcida do Boca Juniors pode ver Riquelme disputar seu último duelo contra o River Plate. O meia, de 31 anos, não definiu se continuará na equipe quando terminar seu contrato, em 30 de junho. “O clássico de domingo pode ser o meu último com a camisa do Boca. Veremos o que acontecerá depois. Só sei que ainda tenho muitos anos no futebol”, afirmou.

Para outro jogador do Boca Juniors, o clássico também pode ser marcante. Se for às redes, o atacante Martín Palermo se tornará o maior artilheiro da história do clube. Hoje, o jogador, de 36 anos, tem 218 gols marcados com a camisa xeneize, ao lado de Roberto Cherro.

A possibilidade de levar o “gol do recorde” preocupa Daniel Veja, goleiro do River Plate. “Não quero entrar para a história dele. Tomara que não marque. Se Palermo fizer, gostaria que marcássemos dois. Se vencermos e ele marcar, ninguém se lembrará”, disse, em entrevista ao diário esportivo Olé.

Os torcedores do River Plate também demonstram grande expectativa para o clássico. Em apenas 1min45, as quatro mil entradas disponíveis para os visitantes e colocadas à venda pela internet se esgotaram. Esta é a certeza de que, seja qual for a fase vivida pelos dois times, nunca um Superclásico deixará de mexer com os ânimos das torcidas dos dois maiores clubes da Argentina.

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