1 – Fórmula 1 só no Dia das Mães, 12 de
maio, no Grande Prêmio da Espanha. Até aqui, ótimas corridas. Muitas
ultrapassagens, polêmicas dentro e fora das pistas e a grande possibilidade de,
no fim da temporada, Sebastian Vettel se tornar o mais novo tetracampeão da
categoria. O primeiro depois de Alain Prost. Quanta honra, não?
2 – Abril está terminando. Maio está
vindo aí, e com ele as duas principais provas do automobilismo mundial: o
Grande Prêmio de Mônaco e as 500 Milhas de Indianápolis. E antes delas a corrida de São Paulo da Fórmula Indy. O que
nos leva a olhar para um espelho e refletir: será que algum brasileiro tem
chance de se dar bem nessas provas?
3 – Vejam o caso de Felipe Massa. Não.
Não se trata de “complexo de vira-latas”, de que fui acusado pelo único
botafoguense da redação faz algum tempo. Quero ver como ele vai se sair quando
(se) o time dele for campeão e precisar fazer carreata. Mas vá lá: cada um com
suas ilusões.
4 – O caso é que Felipe, no momento, faz
parte da seção “Ouro de Tolo”, na qual grandes personalidades tentam conseguir
algo mais na área em que atuam, têm um fracasso retumbante e, pior, levam
profissionais sérios a acreditarem que, como naquele brega, “daqui pra frente
tudo vai ser diferente”.
5 – Mirem-se na frase incrivelmente
lúcida de Muricy Ramalho: “A bola pune, mano”. A Fórmula 1 também não. Nela, se
o piloto tiver a chance, por menor que seja, de ser campeão, ele deve
aproveitar. Caso contrário, outro vai aproveitar melhor a oportunidade. E, tranquilamente,
caminhará pela estrada dos tijolos amarelos. Enquanto o que vacilou passará a
andar pelo vale das sombras da mediocridade.
6 – Conversei com meu amigo Tiago
“Bólos” Bastos sobre isso. Na última corrida, o piloto brazuca ficou lá atrás.
Como se diz, não saiu nem na fotografia. Tiago disse, naquele tom de crítica de
quem não perdoa os fracassados: “E Felipe Massa, hein? Que coisa”. Falei para
ele olhar além dos maus resultados. Para enxergar a floresta, em vez de se
preocupar com apenas uma árvore. Afinal, nem todas as maçãs do cesto são ruins.
7 – Não estou bancando o “vira-latas”.
Analiso aquilo que estou vendo. Por exemplo: sem qualquer demagogia, acredito
que, na Libertadores, o Atlético-MG passará pelo São Paulo, o Corinthians
avançará para as quartas, o mesmo ocorrerá com o Fluminense, o Palmeiras
tropeçará no Tijuana. Creio também que, com a dificuldade habitual, o Grêmio se
livra do Santa Fé.
8 – “O Mundial está no começo”, escreveu
Fábio Seixas em seu blog. “Massa é o sexto colocado. Em 2012, após as mesmas
quatro provas, era o 17º”.
9 – E continua: “Não dá para delirar em vê-lo
lutando pelo título, mas, sim, é possível esperar um ano mais digno. Até por
sua sobrevivência na categoria”.
10 – Felipe Massa pode até
“sobreviver” no Circo da Velocidade. Pode ser que o vejamos no grid em 2013. O
ouro do tolo pode ter seus momentos de brilho. Por que não?
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