sábado, julho 26, 2008

ELIO GASPARI

As bibliotecas dos mortos ilustres

Apareceu mais um passatempo na internet. É um catálogo das bibliotecas de 46 personalidades da História.
A rainha Maria Antonieta (736 títulos) tinha dois exemplares dos “Lusíadas”, três obras sobre revoluções e mais cinco livros de Rétif de la Bretonne, autor de mais de 200 volumes, alguns deles chegados à pornografia. Ele foi um dos primeiros autores a usar a palavra “comunismo”.
James Joyce (124 volumes catalogados) tinha um livro sobre “Erros no Uso do Inglês”.
Ernest Hemingway (7.411 volumes) tinha quatro livros sobre a Amazônia, um exemplar do “Dom Casmurro” e uma antologia da poesia brasileira.
Thomas Jefferson (4.891 livros) tinha uma história da reconquista de Salvador em 1625, quando uma frota espanhola expulsou os holandeses da cidade.
Estão na lista o poeta Ezra Pound (712 livros), Charles Darwin (79) e Adam Smith (58, por enquanto).
A biblioteca dos mortos está no sítio LibraryThing, que mantém um serviço de catalogação automática de livros, com quase 500 mil clientes e 3,5 milhões de volumes fichados. Infelizmente nenhuma biblioteca brasileira associou seu catálogo ao projeto.
Chega-se ao acervo passando-se “I see dead people’s books” no Google.
(Às vezes a página de Thomas Jefferson encrenca.)

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