Hipérbole fatal de nossos dias,
Arremedo de um quê, que não é nada
Bagatela do tom, moço pomada
Eterno prosa das confeitarias;
Ceando na Raveaux comifas frias;
Vestindo ao Raunier roupa fiada;
Pince-nez de uma cor sempre azulada;
Entre dentes charutos - Regalias;
Francês notado em trato e pedantismo,
E secas em francês sempre que amola;
Não é um homem, não, é um galicismo.
Eis o tipo fiel d'alta bitola!
Que se sustenta com o mior cinismo
Da Rua do Ouvidor - leão Pachola.
Poema de Aluísio Azevedo, de 15 de janeiro de 1817, publicado pela revista da Academia Brasileira de Letras em 1931.
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