terça-feira, maio 20, 2008

A CIDADE

São Luís acolhe todas as bênçãos,
mas não renuncia às próprias maldições.

Aguardo o anúncio
da dessacralização:

a cidade -
a minha cidade,
que tanto amo
e que tanto maltrato

(com reluzente ódio,
com riachos envenenados),

deve esperar de mim
ou de qualquer um de seus filhos
gotas de orvalho
como lágrimas
ou a danação de negros olhares.

A cidade está sozinha.

Sente que está frio
aqui do lado de fora.

Ofereço a São Luís um pouco
de murmúrio de chuva.
Um pouco do que repousa além
das incertas luzes do céu.

São bálsamos? Não sei direito.
E nessa indecisão a cidade valsa.
Como rainha desenganada
num chão coberto de desilusões.

2 comentários:

Renata Ribeiro disse...

que bonito, ney.
tá vendoo. Nossa turma é uma nova escola literária em potencial.. hsauhsaushausahusahusa
gostei mtoo ^^
continua escrevendoo !
esse trecho q vc colocou da Cecília parece com um romance dela, Olhinhos de Gato... = ]
bjinhoo

Renata Ribeiro disse...

ney ney, vc faltou hojeee ne..
xo te falaar.. resolvi postar o poeminha do livroo ^^" só pra constar...

nun da pra entender mt sem tê-lo lidoo, mas enfim ^^"

bjiin