domingo, agosto 31, 2008

Máquinas pensarão melhor que o homem em 2030


John Tierney
Na versão de Vernor Vinge sobre a Califórnia em 2025, existe uma escola de segundo grau chamada Fairmont High, cujo lema é "tentando ao máximo não se tornar obsoleta". Não parece muito inspirador, mas, para os muitos fãs de Vinge, se trata de um objetivo muito ambicioso, e possivelmente inatingível, para os membros da nossa espécie.
Vinge é um matemático e cientista da computação em San Diego cujos trabalhos de ficção científica conquistaram cinco prêmios Hugo e críticas positivas dos engenheiros que analisam sua plausibilidade técnica. O escritor é capaz de devaneios líricos, mas também suspeita que suas sagas intergalácticas em breve venham a se tornar tão obsoletas quanto os heróis humanos que as protagonizam.
O problema é um conceito delineado por ele em um ensaio de 1993, no qual prevê que em 2030 os computadores se terão tornado tão poderosos que uma nova forma de superinteligência poderia emergir. Vinge comparou esse momento da história à singularidade que cerca um buraco negro: uma fronteira para além da qual as velhas regras deixam de valer e cuja tecnologia seria tão impossível de compreender pela nossa civilização quanto a nossa o é para um peixinho dourado.

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