terça-feira, julho 07, 2009

Funk comemora 40 anos com cinco dias de batidão no Rio

Festa terá oficinas, filmes, fotos, shows e batalhas de DJs.
Evento terá nomes como Gerson King Combo e Sany Pitbull.

Alícia Uchôa
Do G1, no Rio

De batidão em batidão, o funk comemora 40 anos em grande estilo no Rio. Entre esta terça-feira (7) e o próximo sábado (11), sessões de cinema, oficinas de DJs, exposição de fotos, mesas redondas e, claro, muitos shows, prometem marcar a data com a participação de nomes que fizeram e estudaram a fundo a história do ritmo. A festa termina com uma batalha de MPC, com os DJs ‘brincando’ com suas baterias eletrônicas.

As atrações da noite, conta o DJ e idealizador do evento Sany Pitbull, vão contar a cronologia do funk. “Começamos com vídeo contando a história de James Brown, passamos pelo Miami Bass, aí entra MC Batata, de músicas como 'Feira de Acari' e 'Melô do Bêbado', Funk Brasil, depois um set list de Voltmix, que são aquelas batidas eletrônicas, antes do tamborzão, com músicas dos MCs Junior e Leonardo, e Mc Amaro; Na sequência, um vídeo da Furacão 2000, que tem um programa de TV há quase 15 anos e o DJ Tubarão, com o funk tamborzão”, detalha Sany.

Entre as homenagens estão nomes que marcaram essa trajetória como DJ Marlboro e Rômulo Costa. Outros nomes que ficaram de fora, como Tati Quebra-Barraco e Deise Tigrona, diz Sany, não foram esquecidos. “Tivemos problemas de agenda e o Marlboro e o Rômulo achamos que, pela importância no funk, era melhor que fossem homenageados do que entrassem como produtor ou DJ”, explica ele.

Nas caixas de som e nos palcos, desde nomes consagrados nas comunidades nos anos 90, como os Mcs Junior e Leonardo, Buchecha, Bob Run, Duda do Borel, Sabrina, Gorila e Preto e Mr. Catra, até Gerson King Combo, que nos anos 70 misturou o suingue americano com a batida brasileira no que chamou de Brazilian Soul, que acabou na fundação do movimento Black Rio.

"O ritmo foi mudando, mas o nome ficou. Dos que eram estrelas do funk em outras épocas, hoje alguns são taxistas, outros têm comércio informal e tem quem tenha comprado um bar ou padaria com o dinheiro. Hoje dá para se viver exclusivamente de funk", conta Sany, que roda o mundo em nome do ritmo.

Nenhum comentário: