quinta-feira, maio 12, 2011

Maior feira de arte do Brasil busca ampliar público com obras mais baratas

MARIO GIOIA
Colaboração para o UOL


Fotografias de série recente da sérvia Marina Abramovic, uma das principais artistas contemporâneas, em duas galerias diferentes -- a paulistana Luciana Brito e a prestigiada espanhola La Fabrica --, indicam que a 7ª edição da feira SP Arte, que é aberta nesta quinta-feira (12) para o público no Pavilhão da Bienal, está com um tom mais internacional.

“Hoje são 14 [galerias] do exterior, só três a mais que no ano passado, mas que atestam o interesse sobre a arte brasileira”, afirma Fernanda Feitosa, a diretora do evento, que se espalha por 13 mil m² do edifício projetado por Oscar Niemeyer no parque Ibirapuera. “Vejo de duas formas essa presença estrangeira. Uma é exibir para o público brasileiro trabalhos de artistas que não são vistos facilmente aqui no país. A outra diz respeito ao crescente prestígio da feira paulistana.”

Além da La Fabrica, que conta com Abramovic, podem ser destacadas a britânica Stephen Friedman e as norte-americanas Hasted Kraeutler e Leon Tovar. No total, são 89 galerias. O público do ano passado foi de 16 mil visitantes nos quatro dias de feira.

Nesta edição, a feira tem também obras mais baratas e pode ser um bom lugar para a compra de trabalhos de qualidade e de relativo preço baixo -- ao menos nas cifras desse mercado -- e obras que podem ser parceladas, dependendo da galeria. Espaços como o da Motor e da dConcept abrigam uma variedade de peças interessantes para colecionadores em começo de aquisições ou para quem procura boas ofertas. Na Motor, objetos de Bruno Mendonça custam R$ 700 e produções fotográficas apuradas de artistas já em circulação no mercado, como Mariana Tassinari podem ser adquiridas por uma faixa de R$ 2 mil a R$ 4 mil. Já na dConcept, um livro de artista de Ana Paula Lobo custa R$ 800; um desenho de Daniela Liu Herzog, R$ 1.200.

Peças com valor abaixo de R$ 1 mil não são tão fáceis de encontrar, mas o conjunto de estandes que inclui a Motor, a dConcept, a Amarelonegro, a Mezanino e a Emma Thomas, entre outras galerias, possuem oferta de obras em conta. O mais comum é serem ofertadas peças por menos de R$ 10 mil.

Galerias mais consolidadas no circuito, como a Zipper e a Eduardo Fernandes, oferecem também trabalhos com preços mais baixos. Na Eduardo Fernandes, fotografias de Ana Amélia Genioli e Rafael Adorján podem ser compradas por R$ 2.800. Um trabalho que utiliza vídeo de Fernando Velázquez, um dos principais nomes da arte e tecnologia no Brasil, é ofertado por R$ 8 mil.

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