sexta-feira, outubro 21, 2011

Zulu diz que "BBB" virou sobrenome e promete parar com MMA até Londres-2012

21/10/2011 - 07h00
Gustavo Franceschini
Em Guadalajara (MEX)

O lutador Marcelo Gomes já não é chamado pelo nome de batismo normalmente, já que no esporte só é lembrado por colegas e imprensa como “Zulu”. Desde 2004, no entanto, ele virou Zulu BBB, por sua participação no reality show homônimo da Globo. De olho nas Olimpíadas de Londres, em 2012, o brasileiro fala sobre a relação que tem com a atração de TV e promete se manter longe do MMA até saber se vai ou não para a principal competição multi-esportiva do mundo.

Zulu apareceu no Big Brother Brasil em 2004, na quarta edição do programa. Antes disso, já era lutador profissional e campeão brasileiro na modalidade greco-romana, que disputa até hoje. Mesmo assim, sofreu no início por ser lembrado do reality a todo momento durante as competições.

“No início me incomodava um pouco, eu até tentei me desvincular. Porque isso tira um pouco o seu crédito. Parece que você virou atleta depois que saiu do BBB, o que não é verdade. Depois do Pan de 2007, isso mudou um pouco. Hoje eu nem ligo mais. Virou sobrenome mesmo”, disse Zulu.

O lutador, que nasceu em Niterói, no Rio de Janeiro, vive uma rotina intensa de treinamentos desde o começo deste ano, acredita ter futuro no MMA. O vale-tudo está muito mais desenvolvido no país e oferece a possibilidade de uma carreira mais sólida, inclusive financeiramente. Zulu soma oito lutas e sete vitórias na modalidade, mas já a descartou até acabar com todas as suas chances de ir a Londres.

“Eu estou com 30 anos. Não vou conseguir chegar bem no Rio de Janeiro, em 2016. Então vou focar a Olimpíada do ano que vem, que é o meu sonho. Até lá não vou ter tempo para o MMA. Vou seguir nessa rotina louca de emendar Rio de Janeiro e outros países fazendo clínica, sem ter nem casa para morar”, disse aos risos o lutador, que fixou residência em Curitiba, no Paraná.

A briga por uma vaga olímpica começa no ano que vem. Após duas seletivas mundiais, que começam em março, os brasileiros ainda poderão buscar sua última chance na seletiva americana, que vai escolher dois, e não um atleta, como faz normalmente.

“Vai ser o dobro de chance. Depois disso eu vou reavaliar a carreira”, disse Zulu.

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