O Grande Prêmio da Malásia de
Fórmula 1, disputado neste domingo das 5 até as sete da manhã, teve vários
momentos dignos de nota.
Coloco
em primeiro lugar na lista de excepcionalidades da prova o erro na largada que
custou a Felipe Massa um lugar no pódio.
Como
se sabe, na Ferrari a questão do “primeiro” e do “segundo” pilotos é
rigorosamente definida e não está aberta a discussões. Em sua passagem pela
escuderia de Maranello, por exemplo, Rubens Barrichello poucas vezes brilhou ao
volante do tradicional bólido vermelho porque o grande astro mesmo era Michael
Schumacher.
Em
Sepang, hoje, logo após o apagar das luzes vermelhas Massa preocupou-se demais
em servir de “fiel guarda-costas” para Fernando Alonso. Tinha muito mais carro
que o príncipe das Astúrias, poderia tê-lo ultrapassado com facilidade e sem
dúvida alguma, pelo acerto na estratégia dos pneus que o fez no fim da corrida
sair de oitavo para receber a bandeirada em quinto, poderia ter colocado água
no chope das Red Bulls e Mercedes - que dominaram amplamente as 56 voltas da
prova.
Aliás,
as equipes recém-mencionadas protagonizaram o segundo e o terceiro bom momento
da jornada na Malásia.
A
exemplo de Barrichello, o australiano Mark Webber é um ótimo piloto. Mas também
assim como o brasileiro não conseguiu (ainda, posto que continua em atividade
na Fórmula 1) a condição de campeão mundial. Seu companheiro de equipe,
Sebastian Vettel já tem três títulos, todos conquistados com méritos, e
aparentemente por causa disso Webber cansou-se de ficar à sombra do alemão mais
bem-sucedido. Ora, Vettel quer fazer história na categoria. Quer levar para
casa o quarto caneco. Daí o combate emocionante dos “colegas” pela vitória, que
acabou ficando com Vettel por ele ter colocado a famosa “faca nos dentes” e ter
visto o muro da reta dos boxes bem próximo, em um lance muito parecido com a
arriscada ultrapassagem de Barrichello sobre Schumacher na Hungria em 2010.
Enquanto
os dois pilotos da Red Bull “se pegavam” pelo lugar mais alto do pódio, o mesmo
acontecia com os da Mercedes pelo terceiro posto. Quem assistiu achou
engraçado, mas se estivesse no lugar de Ross Brawn (e no de Christian Horner,
da Bull), também entraria em desespero com a enorme possibilidade de seus comandados
na pista baterem um no outro e atirarem no lixo uma corrida perfeita. Por isso
Brawn, via rádio, precisou de um tanto de grosseria para impedir Rosberg de
ultrapassar Lewis Hamilton – que chegou a sua nova equipe com o objetivo de ser
o tal do “primeirão”. Não sairia da McLaren se tivesse em mente algo que não
fosse essa possibilidade.
E
por falar em Hamilton, chegou a vez de deixar registrado o grande lance da
corrida em Sepang. Estrelado justamente pelo excelente piloto inglês na ocasião
de seu primeiro pit stop. Talvez porque a prova estivesse ainda no princípio, o
desconcentrado Hamilton, em vez de estacionar no box da Mercedes, parou no da
McLaren. Sua namorada, a linda Nicole Scherzinger, riu demais da cena. Não mais
do que os mecânicos do time anterior do “artista”. A equipe acabou publicando
uma mensagem galhofeira a respeito da lambança: “Pode aparecer para nos visitar
quando quiser”.
Agora,
caso fosse dado ao romantismo, o pessoal da McLaren poderia ter lembrado de
“Espumas ao vento”: “E de uma coisa fique certa, amor/ A porta vai estar sempre
aberta, amor/ O meu olhar vai dar uma festa, amor/ Na hora que você chegar”.
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