Sabem qual é a minha
favorita? A da rápida proliferação das TVs por assinatura. É mais ou menos
assim: porcarias como Fausto Silva, Xuxa et
caterva são propositalmente alimentadas pela indústria do entretenimento
para forçar o cidadão com algum poder aquisitivo a comprar, por exemplo, uma
antena da Sky.
No site
ahduvido.com.br/50-teorias-da-conspiração, há uma definição interessante: “Toda
história tem várias versões e cada versão depende do ponto de vista de quem a
conta. Geralmente, para evitar discussão e mais confusão, o coletivo
adota o que chamamos de ‘versão oficial’, quase sempre emitida por um órgão que
seja de confiança do povo. Não obstante, muitos acontecimentos no decorrer da
História mostram que aquilo que é apresentado como versão oficial nem sempre é
a realidade do acontecido. E nesse ponto é onde surgem as Teorias da
Conspiração. Teoria da Conspiração nada mais é do que uma versão alternativa à
versão adotada pela maioria para explicar determinado evento”.
Outra pesquisa rápida coloca na
lista das conspirações o assassinato do presidente John Kennedy, a suposta
morte de Elvis Presley (no filme “Homens de Preto”, um dos personagens
principais diz que ele só “voltou para casa”, aludindo a uma hipotética origem
extraterrestre do Rei do Rock); o Triângulo das Bermudas; os Illuminati e a
Cientologia.
No futebol, essas teorias são
corriqueiras. Aqui no terrinha, elas pipocam em todo fim de Campeonato
Brasileiro desde a mudança da era dos mata-matas (emocionante para quem se
acostumou com as grandes decisões) para a dos pontos corridos (sistema bem mais
justo, no qual o vencedor foi realmente o melhor ou então o “mais regular”).
Toda vez, na derradeira rodada, surge a história da tal da “mala branca”. Ou
seja, a acusação de que o Time A, a fim de evitar o rebaixamento, decide pagar
uma pequena fortuna para o Time B garantir o resultado exato capaz de evitar a
queda da equipe A. Com uma vitória ou uma derrota com sabor de marmelada.
São especulações que pipocam de
acordo com as conveniências, prontamente desmentidas por dirigentes das
agremiações envolvidas... ainda que todos aqueles que conhecem bem os esportes
de massa não ignorem a existência dos crimes de manipulação de resultados. Em
razão desse crime, na terça-feira, 25 de junho, noticiou-se que a Uefa impediu
o vice-campeão turco da temporada 2012-13, o Fenerbahce, de disputar a Liga
Europa e a Liga dos Campeões da Europa 2013-14.
Essa história toda de teorias
conspiratórias nos remete de imediato à Copa da França, em 1998. Para muitos, a
Seleção teria facilitado a vitória francesa na final para que a Europa apoiasse
a candidatura do Brasil a sede do Mundial de 2006. O que se provou um rematado
absurdo, porque a Alemanha ficou com o certame e esse privilégio só tivemos longos
oito anos mais tarde.
Este ano, nem bem terminou a Copa
das Confederações, os teóricos da conspiração estão a deitar a rolar.
Antes, é preciso que se declare o
que todo mundo viu na decisão: a Seleção Brasileira sobrou durante a partida.
Em nenhum momento lembrou a equipe apática, sem nenhuma confiança, que passou
um bom tempo sem derrotar um time de ponta do futebol mundial e sem conquistar
um título de expressão – limitando-se aos obtidos contra a Argentina. No dia 30
de junho, pelo menos por 90 minutos, voltamos a ser os melhores do planeta
bola, com uma inapelável vitória por 3 x 0.
Mas um grupo de filisteus tem
afirmado que o massacre brasileiro – com direito a olé verde e amarelo – se
deveu ao fato de que o Brasil precisava com urgência dessa conquista para
escapar da séria crise política e social que então enfrentava e, por meio da
necessária injeção monetária (como se sabe, a Espanha como nação vê o fantasma
do desemprego agigantar-se um dia após o outro), entrou em acordo com os
representantes da Fúria. “Uma derrota por um prato de comida”, segundo alguns
desses patifes.
Em suma: torcedores espanhóis, vão
chorar na cama, que é lugar quentinho.
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