terça-feira, julho 02, 2013

TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO

Sabem qual é a minha favorita? A da rápida proliferação das TVs por assinatura. É mais ou menos assim: porcarias como Fausto Silva, Xuxa et caterva são propositalmente alimentadas pela indústria do entretenimento para forçar o cidadão com algum poder aquisitivo a comprar, por exemplo, uma antena da Sky.
            No site ahduvido.com.br/50-teorias-da-conspiração, há uma definição interessante: “Toda história tem várias versões e cada versão depende do ponto de vista de quem a conta. Geralmente, para evitar discussão e mais confusão, o coletivo adota o que chamamos de ‘versão oficial’, quase sempre emitida por um órgão que seja de confiança do povo. Não obstante, muitos acontecimentos no decorrer da História mostram que aquilo que é apresentado como versão oficial nem sempre é a realidade do acontecido. E nesse ponto é onde surgem as Teorias da Conspiração. Teoria da Conspiração nada mais é do que uma versão alternativa à versão adotada pela maioria para explicar determinado evento”.
            Outra pesquisa rápida coloca na lista das conspirações o assassinato do presidente John Kennedy, a suposta morte de Elvis Presley (no filme “Homens de Preto”, um dos personagens principais diz que ele só “voltou para casa”, aludindo a uma hipotética origem extraterrestre do Rei do Rock); o Triângulo das Bermudas; os Illuminati e a Cientologia.
            No futebol, essas teorias são corriqueiras. Aqui no terrinha, elas pipocam em todo fim de Campeonato Brasileiro desde a mudança da era dos mata-matas (emocionante para quem se acostumou com as grandes decisões) para a dos pontos corridos (sistema bem mais justo, no qual o vencedor foi realmente o melhor ou então o “mais regular”). Toda vez, na derradeira rodada, surge a história da tal da “mala branca”. Ou seja, a acusação de que o Time A, a fim de evitar o rebaixamento, decide pagar uma pequena fortuna para o Time B garantir o resultado exato capaz de evitar a queda da equipe A. Com uma vitória ou uma derrota com sabor de marmelada.
            São especulações que pipocam de acordo com as conveniências, prontamente desmentidas por dirigentes das agremiações envolvidas... ainda que todos aqueles que conhecem bem os esportes de massa não ignorem a existência dos crimes de manipulação de resultados. Em razão desse crime, na terça-feira, 25 de junho, noticiou-se que a Uefa impediu o vice-campeão turco da temporada 2012-13, o Fenerbahce, de disputar a Liga Europa e a Liga dos Campeões da Europa 2013-14.
            Essa história toda de teorias conspiratórias nos remete de imediato à Copa da França, em 1998. Para muitos, a Seleção teria facilitado a vitória francesa na final para que a Europa apoiasse a candidatura do Brasil a sede do Mundial de 2006. O que se provou um rematado absurdo, porque a Alemanha ficou com o certame e esse privilégio só tivemos longos oito anos mais tarde.
            Este ano, nem bem terminou a Copa das Confederações, os teóricos da conspiração estão a deitar a rolar.
            Antes, é preciso que se declare o que todo mundo viu na decisão: a Seleção Brasileira sobrou durante a partida. Em nenhum momento lembrou a equipe apática, sem nenhuma confiança, que passou um bom tempo sem derrotar um time de ponta do futebol mundial e sem conquistar um título de expressão – limitando-se aos obtidos contra a Argentina. No dia 30 de junho, pelo menos por 90 minutos, voltamos a ser os melhores do planeta bola, com uma inapelável vitória por 3 x 0.
            Mas um grupo de filisteus tem afirmado que o massacre brasileiro – com direito a olé verde e amarelo – se deveu ao fato de que o Brasil precisava com urgência dessa conquista para escapar da séria crise política e social que então enfrentava e, por meio da necessária injeção monetária (como se sabe, a Espanha como nação vê o fantasma do desemprego agigantar-se um dia após o outro), entrou em acordo com os representantes da Fúria. “Uma derrota por um prato de comida”, segundo alguns desses patifes.

            Em suma: torcedores espanhóis, vão chorar na cama, que é lugar quentinho.

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