sexta-feira, novembro 30, 2007

EUA: suicídio inspira lei

NY Times

Christopher Maag

Megan Meier morreu acreditando que, em algum lugar do mundo, existia um menino chamado Josh Evans que a odiava. Evans tinha 16 anos, uma cobra de estimação, e ela o considerava como o namorado mais bonito que já teve.

Josh contatou Megan por meio de sua página no site de redes sociais MySpace, segundo Tina Meier, a mãe da menina. Eles flertaram durante semanas, mas apenas online - Josh disse que sua família não tinha telefone. Em 15 de outubro de 2006, o rapaz subitamente se tornou malvado. Começou a insultar Megan; mais tarde, os dois passaram uma hora trocando xingamentos.
No dia seguinte, em sua mensagem final, diz Ron Meier, o pai de Megan, Josh escreveu que "o mundo seria melhor se você não existisse".
Soluçando, Megan correu para o closet de seu quarto. Foi lá que a mãe a encontrou. Ela havia se suicidado, usando um cinto para se enforcar. Megan tinha 13 anos.
Seis semanas depois da morte de Megan, os pais dela descobriram que Josh Evans jamais havia existido. Tratava-se de um personagem criado para a Internet por Lori Drew, 47, que vive a quatro casas de distância da família, a cerca de 55 quilômetros a noroeste do Missouri.
O fato de um adulto ter pregado uma peça tão cruel contra uma menina de 13 anos atraiu telefonemas, mensagens de e-mail e posts indignados em blogs de todo o mundo. Muita gente expressou ira porque as autoridades do condado de St. Charles decidiram não apresentar uma acusação criminal contra Drew.
Um porta-voz do departamento de polícia do condado, tenente Craig McGuire, afirmou que aquilo que Drew fez "pode ter sido rude, e pode ter sido imaturo. Mas não foi ilegal".

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