domingo, janeiro 08, 2012

ENQUANTO HOUVER VIDA....

Lembro agora de um daqueles livros voltados para o público adolescente, cujo título era "Enquanto houver vida, viverei".
Nele, eram contadas as desventuras de um jovem que acaba infectado pelo HIV. A obra procura passar a mensagem segundo a qual, muito embora não haja cura para a doença, o cotidiano do doente não pode ser afetado por ela. Ou seja, deve-se viver - por mais que a situação esteja difícil, por motivos financeiros ou de saúde debilitada.
Todo esse preâmbulo vem a propósito do 70º aniversário de um homem que, sofrendo de uma doença neurodegenerativa, tornou-se fisicamente incapaz de caminhar ou mover um músculo que seja. Seus médicos lhe deram uma sobrevida de poucos anos, mas, valendo-se de tecnologia avançada capaz de auxiliar pessoas em condições análogas, Stephen Hawking não se cansa de tentar desvendar os segredos do Universo.
"As pessoas são fascinadas pelo contraste entre minhas capacidades físicas extremamente limitadas e a imensidade do universo com o qual trato", ele diz.
Acabo de baixar "Uma breve história do tempo", do cientista em questão, no qual ele declara: "À exceção de ter tido o azar de contrair a doença de Gehring ou neuropatia motora, tenho sido afortunado em quase todos os outros aspectos. A ajuda e o apoio da minha mulher Jane e dos meus filhos Robert, Lucy e Timmy, fizeram com que me fosse possível levar uma vida razoavelmente normal e ter uma carreira bem-sucedida. Também tive a sorte de escolher física teórica, porque tudo é feito normalmente. Por isso, a minha incapacidade não tem constituído um verdadeiro obstáculo".
Para Hawking, a palavra-chave é "superação. Fica o ensinamento para os que passam o tempo inteiro a reclamar de barriga cheia.

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