quarta-feira, janeiro 04, 2012

RECORDAR É VIVER

O repórter Wilson Lima e eu temos algo em comum: simplesmente adoramos o automobilismo.
Ontem, ele me perguntou se este ano eu teria saco para acompanhar a Fórmula 1.
Respondi que sim. Em primeiro lugar, não faço parte do time de quem parou de a assistir às corridas apenas porque "Ayrton Senna morreu". Mas entendo. Após o acidente em San Marino no qual o tricampeão perdeu a vida, apareceram pilotos talentosos, vencedores em outras categorias... e que infelizmente chegaram à F-1 na qualidade de coadjuvantes.
Com os sete títulos de Schumacher, então, ficou praticamente impossível.
O máximo a que se chegou foi com Felipe Massa - que levou um Mundial de Pilotos para a última corrida, em Interlagos, venceu a prova e acabou perdendo o título para Lewis Hamilton nos metros finais. O queridinho de Ron Dennis saiu de São Paulo com seu primeiro título na bagagem.
A grande verdade é que muitas corridas do calendário da F-1 são chatas. Os carros seguem em uma procissão de 60 voltas. E convenhamos: passar duas horas na frente da telinha vendo uma disputa ser decidida pela estratégia dos boxes e não na pista, no mano a mano - como aconteceu nos bons e velhos embates Senna e Mansell e Senna e Prost - demostra um apreço muito grande a esse esporte de elite, que ainda captura a imaginação de jovens pilotos, que sonham com a oportunidade de alcançar esse Olimpo do automobilismo.
E como recordar é viver, capturou a minha, também, desde os tempos em que eu era criança -pequena lá no Bairro de Fátima. Tinha uma boa coleção de carrinhos - não só de Fórmula 1, mas de vários tipos - e os colocava enfileirados no meio da sala na noite de sábado, até a manhã seguinte, quando me sentava na frente da tevê e imitava com os brinquedos a transmissão da Rede Globo, com o insofismável Galvão Bueno e o grande Reginaldo Leme - que só não é imbatível porque existe um senhor chamado Lito Cavalcanti, que é O Cara. Só isso.

Nenhum comentário: