sexta-feira, janeiro 13, 2012

REALITIES

Ainda escreverei mais a respeito. Digamos que estas anotações serão apenas um aperitivo.
Acho que muito já se escreveu e foi comentado a respeito dos reality shows. Uns o aprovam como um sopro de renovação no setor do entretenimento, outros o tratam como uma das tantas porcarias que esse mesmo setor não para de despejar em cima de seus telespectadores.
Para mim, nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Não gosto dos realities não porque sejam "porcarias" completas. Eu o desaprovo pela falta de conteúdo e por ser uma atração (não se pode negar que a audiência em torno deles é considerável, vide o Big Brother) altamente superficial.
E é assim porque os participantes não agem com a espontaneidade que tentam passar para o público. Existe todo um roteiro por trás de cada palavra, de cada comportamento. No caso do Big Brother, uma das participantes já se declarou bissexual, a fim de assegurar a simpatia das pessoas que pertencem a esse grupo social. Daqui a pouco, um dos homens presentes na "casa mais vigiada do Brasil" vai se declarar homossexual. Vi ainda há pouco em um site uma foto de um casal (hétero, porque vai demorar muito até a televisão aceitar numa boa relações entre pessoas do mesmo sexo) "trocando carícias". Como assim? Eles já estão na casa há tempo suficiente para criarem esse nível de afetividade e intimidade?
Tudo está dentro do que as cabeças pensantes atrás das paredes imaginam.
E como a televisão americana está cheia de realities, a brasileira acha-se no direito de ter o seu quinhão de programas nesse estilo.
Na TV por assinatura você vê isso mais claramente. Vai estrear, por exemplo, um comandado pela linda Juliana Paes, que tem a ver com o universo dos cabeleireiros. No History Channel, há um "Caçador de Múmias" que é uma farsa completa.
Não se pode dizer que os realities "vieram para ficar". Porque não são unamidades.
De jeito nenhum.

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